Com epidemia de lesões, Arsenal mostrou muita raça e foi buscar o empate contra o Wolfsburg
Os Gunners tiveram a terceira lesão de ligamento no joelho nesta semana e estavam sem outras jogadoras importantes para a primeira partida da semifinal da Champions League, fora de casa
O Arsenal exibiu muito espírito de luta neste domingo, no jogo de ida das semifinais da Champions League. Estava muito desfalcado e saiu perdendo por 2 a 0, mas conseguiu buscar o empate e precisa apenas vencer no Estádio Emirates, que provavelmente estará lotado, para chegar à decisão pela segunda vez. Bicampeão europeu, Wolfsburg busca sua sexta final.
O campeão de 2007 recebeu uma péssima notícia esta semana. A zagueira Leah Williamson sofreu a terceira lesão de ligamento cruzado do joelho do Arsenal nesta temporada e perderá a Copa do Mundo, que começa em julho. A mesma coisa aconteceu com a craque Vivianne Miedema e com a atacante Beth Mead, artilheira da última Euro. A capitã dos Gunners, Kim Little, também não jogará mais nesta campanha por problemas no joelho. Caitlin Foord e Lina Hurtig são outros desfalques por lesão para o técnico Jonas Eidevall.
Logo, esta partida sempre seria de superação para o Arsenal e ganhou ainda mais essa característica depois de alguns erros defensivos. A retaguarda, com três zagueiras, ficou aberta demais para o passe de Sveindís Jónsdóttir, que matou o lançamento, colocou no chão e soltou na medida para Ewa Pajor dominar e bater cruzado para o primeiro gol. Empolgada, Pajor fez boa jogada individual pela direita e tentou o gol em vez de passar às companheiras mais bem posicionadas.
Na cobrança do tiro de meta, Jennifer Beattie recebeu da goleira Manuela Zinsberger e abriu com a brasileira Rafaelle. Beattie ficou bastante surpresa quando o passe voltou, e Jónsdóttir ficou bastante feliz ao marcar um dos gols mais fáceis da sua vida. No fim do primeiro tempo, Frida Maanum escapou pela direita e exigiu defesa da goleira Merle Frohms com as pernas. Na cobrança do escanteio, Rafaelle se redimiu e cabeceou com firmeza no canto para descontar.
O Wolfsburg teve uma boa chance de ampliar, com Tabea Wassmuth, que se antecipou à defesa e mandou para fora. E faria falta. Aos 24 minutos, Lotte Wubben-Moy deu um passe maravilhoso para as costas da defesa. Victoria Pelova perseguiu e cruzou rasteiro para a boca do gol, onde Stina Blackstenius completou para as redes. Na reta final, o clube alemão ainda teve a chance de vencer, com uma batida rasteira de Jill Roord que passou muito, muito perto da trave.