Champions League Feminina

Champions League Feminina terá premiação total quatro vezes maior a partir da próxima temporada

Uefa anunciou novo montante a partir da reformulação da competição e do aumento no dinheiro de transmissão

A Uefa anunciou nesta terça-feira (27) que o novo modelo da Champions League Feminina, que começará a partir da próxima temporada, permitirá uma redistribuição das receitas quatro vezes maior para os clubes, aumentando o montante total para € 24 milhões de euros.

Para efeito de comparação, um clube presente na fase de grupos da próxima edição da Champions League receberá uma verba mínima de € 400 mil, valor pelo menos cinco vezes maior do que aquele que é pago às equipes na fase equivalente da atual edição – no caso, as oitavas de final. O campeão, por sua vez, a depender dos seus resultados ao longo do torneio, poderá arrecadar até € 1,4 milhão em premiações.

O valor, é claro, não vem do nada. Está, na verdade, ligado ao aumento das receitas com direitos de TV e patrocínios, em um movimento de expansão que vem já dos últimos anos e foi acelerado pelo sucesso da Copa do Mundo de 2019. Além disso, a Uefa anunciou que pela primeira vez a competição contará com subsídio cruzado da competição masculina, mas não especificou as cifras em torno disso.

A redistribuição irá afetar não apenas os clubes participantes da Champions League Feminina, mas também aqueles não participantes de cada um dos campeonatos nacionais europeus representados na competição continental, com 23% do valor total repartido em pagamentos de solidariedade. Estes rendimentos aos clubes não participantes serão calculados conforme o desempenho dos clubes que representam suas ligas nacionais na Liga dos Campeões Feminina.

No atual formato, a Champions Feminina tem duas fases eliminatórias, uma fase de 16 avos, oitavas, quartas e semifinais, até chegar à decisão. Já no novo formato, a fase de oitavas de final é substituída por uma fase de grupos com quatro chaves de quatro equipes cada, com as duas melhores de cada grupo avançando às quartas de final.

Outra mudança bem-vinda anunciada pela Uefa nesta terça-feira é a flexibilidade para que os clubes possam alterar suas listas de jogadoras inscritas a qualquer momento da temporada, de forma a substituir temporariamente jogadoras grávidas ou mexer nos elencos conforme atletas saiam ou voltem de licença maternidade. Por fim, a utilização do VAR, até agora prevista apenas para a final da competição, será ampliada para todos os duelos do mata-mata do torneio.

Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, comemorou os anúncios desta terça-feira como “um passo gigantesco para o futebol”, acrescentando que “o novo modelo de distribuição financeira fortalecerá todo o futebol feminino profissional na Europa”.

Em 16 de maio, data da final da atual temporada da Liga dos Campeões Feminina, a Uefa planeja dar o pontapé inicial para esta nova era, com uma renovação da marca da competição que irá incluir o primeiro hino oficial do torneio.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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