Futebol feminino

De chegada aos EUA, Bia Zaneratto é a 13ª brasileira na NWSL em 2024

Podcast Papo de Mina discute a invasão das jogadoras brasileiras à NWSL; Mercado europeu ganha força, mas ainda não é preferência

Que o Brasil exporta jogadoras para o mundo todos já sabem. Porém, as últimas temporadas marcaram um novo patamar para essas atletas além das fronteiras. Muitas delas estão fazendo o caminho rumo à Europa, mas, principalmente, para a América do Norte. Neste ano, a National Women's Soccer League (NWSL), liga feminina dos EUA, chegou a um número recorde e passou a abrigar 13 brasileiras.

O tema foi abordado na reestreia do podcast Papo de Mina, no retorno da parceria com a Trivela. Ouça o episódio completo.

– Desde o comecinho dos anos 2000, o Brasil já estava exportando jogadoras de futsal, né? Muitas jogadoras de futsal saíram do Brasil para ir para Espanha e Itália. Então, isso já acontece há algum tempo. Obviamente que no futebol de campo isso é mais mais recentemente. A gente teve esporadicamente, ali em 2001, depois do surgimento da primeira liga profissional feminina, algumas jogadoras brasileiras que vieram jogar essa primeira liga. A Roseli e a Pretinha foram para o Washington (Spirit) – contou Marcia Tafarel, pioneira da Seleção Brasileira, e atual treinadora da seleção americana de futsal feminino.

Tafa, como é conhecida, já vive nos Estados Unidos há quase duas décadas e, desde então, se tornou uma referência no desenvolvimento de atletas. Ela se mudou para o país norte-americano antes de pensar em trabalhar como treinadora após pendurar as chuteiras. Com o apoio da lenda Sissi, que havia se mudado para lá no fim dos anos 1990, a ex-meio-campista chegou aos EUA para estudar inglês. Desde então, quase 20 anos se passaram.

– É a oportunidade de trabalhar com futebol feminino aqui (nos EUA) depois que você para de jogar que motiva as atletas. Foi isso que fez com que a gente viesse para cá (Tafa e Sissi). Talvez, seja um ponto também que as jogadoras levem em conta, né? Principalmente as que estão numa faixa etária já pensando em uma transição de carreira.

Vale ressaltar que das 13 brasileiras que estão na NWSL, sete foram convocadas por Arthur Elias, na última quinta-feira (1), para disputar a Copa Ouro Concacaf, que terá início no dia 20 deste mês, exatamente na terra do Tio Sam. Na visão de Tafa, esse ponto pode beneficiar o desempenho da equipe canarinho.

– O benefício de (as atletas) jogarem junto é grande. Eu estava vendo, por exemplo, Orlando (Pride), que está com cinco jogadoras com passagem pela Seleção Brasileira dentro da equipe, Ou seja, elas treinam praticamente todo dia juntas, elas vão jogar juntas e, se elas forem convocadas para a seleção, já têm esse conhecimento entre elas. Essa essa química, essa harmonia de jogar junto.

Quem são as jogadoras brasileiras na NWSL?

  • Orlando Pride (5): Marta, Adriana, Angelina, Rafaelle e Luana
  • KC Current (3): Debinha, Lauren e Bia Zaneratto
  • Chicago Red Stars (1): Julia Bianchi
  • North Carolina Courage (1): Kerolin
  • Houston Dash (1): Andressa Alves
  • Gotham FC (1): Bruninha
  • Racins Louisville (1): Ary Borges

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Europa atrai os olhares e ganha força como potência de mercado

Diferentemente do fenômeno cultural que acontece no futebol masculino, em que todos os meninos que chutam uma bola têm o desejo de jogar na Europa, a modalidade feminina ainda está encontrando o caminho para o Velho Continente. Não que o mercado europeu não seja uma potência e extremamente competitivo, mas a verdade é que os EUA ainda são o mercado mais atrativo.

– Nesse momento do mercado, a Europa também está crescendo muito. Às vezes, eu fico meio que surpresa de ver tantas meninas brasileiras optando pelo mercado americano e não olhando para o mercado europeu. Nos últimos anos, tem muita coisa acontecendo ao redor do mundo e os Estados Unidos também sofrem com relação ao desenvolvimento de atletas. Tanto que hoje tem uma jogadora brasileira na seleção americana, a Catarina Macário, e eles estão de olho em outras jogadoras brasileiras de base. Então, a gente vê que o mercado americano ainda é um mercado forte, mas também está buscando aquela qualidade técnica, já que eles têm a qualidade de força física – afirmou Tafa.

– Em alguns anos ou em um período muito próximo, o mercado europeu vai crescer também a ponto de buscar a jogadora brasileira – concluiu.

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