Um destaque de cada uma das 16 seleções que disputam o recheado Campeonato Europeu Sub-21
Com o início do Campeonato Europeu Sub-21 nesta semana, aproveitamos para trazer os destaques dos elencos que já possuem carreiras de relevo por clubes ou mesmo pela seleção adulta
O Campeonato Europeu Sub-21 é a competição de base mais importante da Uefa. O torneio bienal reúne jogadores de até 23 anos de idade, com o sub-21 valendo apenas para os primeiros meses das fases qualificatórias – dois anos antes da fase decisiva. Por conta disso, a etapa final da competição reúne vários futebolistas já conhecidos nas grandes ligas europeias ou mesmo acostumados a defender suas seleções adultas. É um salto bem menor para que esses futuros astros se consagrem dentro de alguns anos. Não à toa, é comum ver boas campanhas na Euro Sub-21 se refletindo na Eurocopa ou mesmo na Copa do Mundo. A Itália campeã sub-21 em 1994/1996/2000/2004 e a Alemanha campeã sub-21 em 2009 são ótimos exemplos de times que deram passos maiores nos anos seguintes.
A nova edição do Europeu Sub-21, realizada na Romênia e na Geórgia, ainda tem uma valia mais importante: também garante vagas nos Jogos Olímpicos de 2024. Os três representantes do continente saem do torneio, enquanto a França já está garantida como país-sede. Até por isso, várias seleções levam figurinhas carimbadas à Euro Sub-21. Nem todos os elencos estão com o melhor à disposição, especialmente dos países mais tradicionais. Contudo, nada menos que 61 atletas convocados já fizeram suas estreias pelas seleções adultas e recheiam mais os elencos do sub-21. O calendário também auxilia, com um respiro maior em relação à temporada de clubes.
As primeiras partidas da Euro Sub-21 já aconteceram nesta quarta-feira. A Geórgia fez as honras da casa e derrotou Portugal por 2 a 0, num Grupo A que também teve Bélgica 0x0 Holanda. Já no Grupo B, enquanto a Espanha atropelou a anfitriã Romênia por 3 a 0, a Ucrânia empolgou com os 2 a 0 sobre a Croácia. Abaixo, aproveitamos para destacar um nome por equipe, embora os comentários sejam mais gerais em relação aos elencos – assim como aos possíveis convocáveis ausentes. Confira:
Grupo A
Giorgi Mamardashvili (Geórgia)
Khvicha Kvaratskhelia estava convocado ao Europeu Sub-21, mas pediu para ser dispensado por causa do desgaste entre uma temporada e outra com o Napoli. Ainda assim, os anfitriões contam com dez jogadores que já foram convocados para a seleção principal. O grande nome, sem dúvidas, é o goleiro Giorgi Mamardashvili. O arqueiro do Valencia é um dos mais promissores de La Liga e já assumiu a titularidade da seleção adulta. Muito explosivo sob as traves e capaz de milagres, é candidato inclusive à Luva de Ouro na Euro Sub-21. Dentre os demais, olho também no ponta Zuriko Davitashvili, que disputou a Ligue 2 com o Bordeaux e soma 26 partidas com a seleção principal. O detalhe é que, mesmo sendo os mais badalados, ambos ficaram no banco durante a estreia da competição – por causa de seus compromissos recentes com a seleção principal. E nem isso atrapalhou a vitória por 2 a 0 sobre Portugal. Dentre os que atuaram, vale mencionar a dupla Luka Gagnidze e Saba Sazonov, ambos do Dynamo Moscou, além do capitão Anzor Mekvabishvili, do Dinamo Tbilisi.
Loïs Openda (Bélgica)
A Bélgica não tem uma geração de encher os olhos, pensando na transição de seu time principal. Porém, a equipe do sub-21 se sugere competitiva. Alguns dos principais jovens dos Diabos Vermelhos estão convocados. O protagonista é Loïs Openda, reserva dos belgas na Copa do Mundo. O centroavante vem de uma temporada excelente pelo Lens, com 21 gols na Ligue 1, e tende a sair para outro clube nas próximas semanas – o RB Leipzig é o provável destino. Possui faro de gol e muita explosão. Quem também esteve no Mundial e tenta recobrar o moral é o meia Charles De Ketelaere, que decepcionou no Milan. Já na defesa, Zeno Debast é outro presente no Catar, ainda em ascensão com a camisa do Anderlecht. Figuras como Aster Vranckx (Milan) e Ameen Al-Dakhil (Burnley) igualmente defenderam a seleção adulta. Dos jogadores da liga local, Maarten Vandevoordt foi o titular na meta do Genk vice-campeão, enquanto Mandela Keita e Michel-Ange Balikwisha participaram do louco título do Royal Antuérpia. Jérémy Doku, Johan Bakayoko, Amadou Onana e Arthur Theate eram outros convocáveis que ficaram de fora, enquanto Roméo Lavia acabou cortado por lesão.
Ryan Gravenberch (Holanda)
A seleção sub-21 soa até como retrocesso para Ryan Gravenberch. O meio-campista era reserva da Holanda na Euro 2020 e perdeu espaço depois disso, sem ser convocado para a Copa de 2022. Além do mais, também viu sua troca do Ajax para o Bayern de Munique naufragar. O torneio continental serve para o jovem tentar recobrar seu prestígio. Qualidade ele tem, assim como a Oranje no restante do grupo. Seu parceiro no meio, Kenneth Taylor, o sucedeu no Ajax e disputou o Mundial. A faixa central é o setor mais bem servido, com Quinten Timber ainda campeão com o Feyenoord nesta temporada, o que também conseguiu Jürgen Ekkelenkamp no Royal Antuérpia. Bryan Brobbey (Ajax) é a referência no ataque, com a alternativa de Joshua Zirkzee (Bologna). Já na defesa, enquanto o goleiro Bart Verbruggen já pintou na seleção principal por seu trabalho no Anderlecht, Micky van de Ven (Wolfsburg) e Devyne Rensch (Ajax) são outros com rodagem. Da seleção adulta, Xavi Simons, Sven Botman, Lutsharel Geertruida, Jeremie Frimpong e Jurriën Timber ainda tinham idade para o torneio.
Pedro Neto (Portugal)
Portugal não tem seu melhor elenco na Euro Sub-21. Por idade, o time poderia trazer destaques como António Silva, Nuno Mendes, Vitinha e Gonçalo Ramos, mas não foram chamados por fazerem parte da seleção principal. Fábio Vieira ainda estava na lista do sub-21, mas foi cortado por lesão. De todos os convocados para o Europeu, o único a passar pelo time adulto da Seleção das Quinas foi Pedro Neto. O ponta já teve bons momentos no Wolverhampton, mas tenta se recuperar das frequentes lesões que o atrapalharam nos últimos tempos. Por isso, o sub-21 serve de oportunidade. Porém, mesmo sem ter o máximo à disposição, os Tugas reúnem bons nomes. Nuno Tavares teve grande temporada emprestado pelo Arsenal ao Olympique de Marseille e, na lateral esquerda, é o destaque da defesa. Pelo meio, André Almeida foi titular do Valencia e João Neves surge como aposta no Benfica. Já no ataque, muitos buscam afirmação. Vitinha explodiu no Braga e não ofereceu o mesmo no Olympique de Marseille. Algo parecido ocorre com Francisco Conceição (Ajax), Fábio Silva (PSV) e Henrique Araújo (Watford). O técnico Rui Jorge, além de lenda do Sporting, dirige o sub-21 desde 2010.
Grupo B
Martin Baturina (Croácia)
A seleção da Croácia tinha um compromisso mais urgente na Liga das Nações. Por isso, é fácil entender ausências como Josip Stanisic e Josip Sutalo. Por idade, os lesionados Josko Gvardiol e Luka Sucic também seriam alternativas aos croatas. No entanto, sem estes nomes, os axadrezados chegam relativamente enfraquecidos para o torneio sub-21. O talento que mais chama atenção é Martin Baturina, camisa 10 do Dinamo Zagreb. O armador teve ótimos números no Campeonato Croata e, aos 20 anos, está bem abaixo da idade limite da competição. Desponta com uma responsabilidade grande. Outro nome de ascensão recente é o centroavante Dion Drena Beljo, reserva da seleção na Nations e ganhando espaço no Augsburg. Já o ponta Gabriel Vidovic pertence ao Bayern, embora tenha passado a temporada emprestado ao Vitesse. Entre os mais tarimbados, o goleiro Dominik Kotarski é o titular do PAOK no Campeonato Grego e o atacante Marija Frigan foi artilheiro do Rijeka pelo Campeonato Croata. Vale destacar ainda o técnico Dragan Skocic, que classificou o Irã à Copa do Mundo e foi demitido às vésperas do torneio.
Octavian Popescu (Romênia)
Outra anfitriã do Europeu Sub-21, a Romênia possui seu elenco quase todo em atividade na liga nacional. Octavian Popescu aparece entre os destaques do FCSB (o antigo Steaua Bucareste) há algumas temporadas. O atacante não viveu um ano tão bom com o clube, mas segue cotado como um dos jovens mais promissores do país e continua convocado à seleção adulta. Stefan Tarnovanu (FCSB), Alexandru Pantea (FCSB), Claudiu Petrila (Cluj), Jovan Markovic (Universitatea Craiova) e Vladimir Screciu (Universitatea Craiova) são outros que já estrearam pela seleção principal da Romênia. Uma ausência importante é a de Valentin Mihaila, destaque dos romenos nesta Data Fifa, que deveria vestir a 10 no sub-21 e se tornou desfalque de última hora por lesão. Também vale prestar atenção em alguns prodígios do Farul Constanta, atual campeão nacional: Louis Munteanu e Andrei Borza são titulares da seleção, com Adrian Mazilu no banco. Alexi Pitu deixou o clube rumo ao Bordeaux e também apareceu no 11 inicial romeno.
Oihan Sancet (Espanha)
A Espanha também vive uma transição no sub-21, após Luis de la Fuente subir ao time principal. Nomes como Pedri, Gavi, Yeremy Pino, Nico Williams, Eric García e Ferrán Torres ainda seriam convocáveis, mas ficam de fora. Mesmo assim, o técnico Santi Denia conta com algumas figuras que passaram pela seleção adulta: o volante Hugo Guillamón (Valencia) e o atacante Abel Ruiz (Braga). Já o nome de maior relevo em La Liga é o meia Oihan Sancet, um dos principais jogadores do Athletic Bilbao. O camisa 8 vem de grande temporada com os bascos e surge como uma liderança da Roja no Europeu Sub-21. É um jogador de qualidade técnica para a ligação. Álex Baena é outro que se sobressai no meio, importante no Villarreal. A defesa se vale de Juan Miranda, lateral esquerdo que converteu o pênalti do título do Betis na Copa do Rei, enquanto Arnau Martínez foi bem na lateral direita do Girona. Reserva do Manchester City na Tríplice Coroa, Sergi Gómez até estreou aproveitado como ponta na seleção. Ainda vale ficar de olho em revelações de La Liga em clubes de menor projeção: Aimar Oroz (Osasuna), Sergio Camello (Rayo Vallecano) e Gabri Veiga (Celta) – este visto como um futuro fenômeno em Vigo.
Mykhailo Mudryk (Ucrânia)
A seleção da Ucrânia passa por uma renovação atualmente, algo que até reflete a promoção forçada de talentos na liga nacional por causa da guerra, em consequência da debandada de jogadores estrangeiros. E a boa geração formada pelos ucranianos não só dá conta do recado na equipe principal, como também garante potencial ao time sub-21. O elenco da Euro Sub-21 conta com vários convocáveis do time de cima, entre eles Mykhailo Mudryk. O ponta ficou devendo em seus primeiros meses no Chelsea, mas seu talento tinha se evidenciado no Shakhtar Donetsk e de novo se sobressaiu nesta Data Fifa. Será candidato a estrela no torneio de base, até por sua qualidade individual. A lista de figuras cedidas pela equipe adulta ainda inclui Danylo Sikan (Shakhtar), Anatoliy Trubin (Shakhtar), Heorhiy Sudakov (Shakhtar), Vladyslav Vanat (Dynamo Kiev) e Oleksandr Syrota (Dynamo Kiev). São poucos os bons jogadores elegíveis que acabam de fora desta lista final da Ucrânia, com menção honrosa a Illya Zabarnyi (Bournemouth). É um adversário a se respeitar, até por estrear com vitória sem Mudryk. O técnico é Ruslan Rotan, referência na seleção por muitos anos e presente na Copa de 2006.
Grupo C
Martin Vitik (República Tcheca)
Faz um tempo que a República Tcheca não conta com um elenco tão chamativo no Leste Europeu. Os destaques geralmente são operários, numa seleção que valeu de seu coletivo na boa Eurocopa que fez em 2021. Mesmo sem os principais elegíveis, não é que os tchecos perdem tanto assim na Euro Sub-21, apesar de não convocarem talentos como Adam Hlozek e David Zima. O elenco praticamente inteiro atua no Campeonato Tcheco. Um dos jogadores de maior potencial é Martin Vitik. O zagueiro foi nome importante no Sparta Praga campeão nacional. Mesmo aos 20 anos, já foi convocado à seleção principal, mas sem entrar em campo. O Sparta campeão também projeta figuras como Adam Karabec e Krystof Danek no meio-campo. O ponta Matej Jurasek, do Slavia Praga, é outro com convocação à seleção adulta no currículo. Já entre os que atuam fora, o goleiro Vitezslav Jaros chama atenção por pertencer ao Liverpool, mas passou a temporada emprestado ao Stockport, da quarta divisão inglesa.
Morgan Gibbs-White (Inglaterra)
A Inglaterra poderia ser uma candidata mais forte ao título do Europeu Sub-21 se convocasse Bukayo Saka, Phil Foden, Jude Bellingham, Marc Guéhi e Conor Gallagher. Entretanto, mesmo com tantas ausências de peso, os Three Lions ainda constam entre os favoritos. O único convocado que já estreou pela seleção principal é Emile Smith Rowe, esquecido no Arsenal. Por outro lado, há muita gente boa, especialmente de figurantes da Premier League. É o caso de Morgan Gibbs-White. O meia foi uma aposta cara do Nottingham Forest, mas arrebentou na reta final da temporada e auxiliou a permanência de sua equipe na elite. Vem em alta para o torneio continental, sobretudo pelos gols e assistências frequentes. Jacob Ramsey é outro que se valorizou demais, decisivo para que o Aston Villa se classificasse à Conference League e ótimo nos meses recentes. O Liverpool cede a dupla Harvey Elliott e Curtis Jones, enquanto Noni Madueke e Levi Colwill ganharam sequência pelo Chelsea na reta final da temporada. O time inglês ainda reúne nomes como Anthony Gordon (Newcastle), Oliver Skipp (Tottenham), Ángel Gomes (Lille) e Cole Palmer (Manchester City). Já o treinador é Lee Carsley, meio-campista limitado, mas de bons momentos no Everton de David Moyes.
Youssoufa Moukoko (Alemanha)
A Alemanha já contou com fases bem mais animadoras, não só na seleção principal, como também na formação de talentos. E o time da Euro Sub-21 abriu mão dos principais destaques do time de cima – nada de Jamal Musiala, Florian Wirtz ou Karim Adeyemi. Entretanto, há algumas concessões. Youssoufa Moukoko está com o time de base e jogará o Campeonato Europeu. O atacante teve um semestre atribulado por conta das lesões e atuou menos pelo Borussia Dortmund. Tenta sublinhar sua recuperação e seu talento com a seleção, depois de experimentar a Copa do Mundo. Mesmo cinco anos abaixo da idade limite do torneio, não se duvida que o centroavante pode virar um dos destaques individuais. Outro jovem com passagem pelo time adulto do Nationalelf é Kevin Schade, que defendeu o Brentford neste semestre e foi comprado em definitivo. Já o ala Josha Vagnoman foi herói da permanência do Stuttgart e vale a atenção. Luca Netz (Borussia Mönchengladbach), Tom Krauss (Schalke), Denis Huseinbasic (Colônia) e Jessic Ngankam (Hertha) são outros para ficar de olho – mas, no geral, é um sub-21 abaixo da média alemã, sempre favoritos nas edições mais recentes.
Oscar Gloukh (Israel)
Israel vem num momento muito especial nas categorias de base. A seleção sub-20 eliminou o Brasil do Mundial da categoria e alcançou uma histórica semifinal, terminando na terceira colocação. Agora, a equipe sub-21 tenta fazer um barulho parecido no Campeonato Europeu. A grande esperança do time é Oscar Gloukh. O meia foi um dos melhores jogadores do Europeu Sub-19, mas não disputou o Mundial Sub-20, após trocar o Maccabi Tel Aviv pelo Red Bull Salzburg. O meia já começou a apresentar seu talento no Campeonato Austríaco e fez o salto à seleção principal, até com gol olímpico por Israel nesta Data Fifa. Mesmo aos 19 anos, tem bola para se sobressair. O goleiro Daniel Peretz (Maccabi Tel Aviv) e o volante Eden Karzev (Istambul Basaksehir) são outros frequentes na seleção adulta – com a ausência principal do atacante Liel Abada, do Celtic, entre os potenciais convocáveis. Cinco jogadores presentes no Mundial Sub-20 também foram chamados, entre eles os atacantes Dor Turgeman (Maccabi Tel Aviv) e Ana Khalaily (Maccabi Haifa), carrascos do Brasil.
Grupo D
Képhren Thuram (França)
Inegavelmente, a França possui hoje em dia o melhor trabalho de formação de jogadores na Europa. Dá para prescindir sem tantos problemas daqueles que integram a seleção principal, como Eduardo Camavinga, Wesley Fofana, Benoît Badiashile, William Saliba e Aurélien Tchouaméni. O único jogador do time sub-21 com história entre os adultos é Képhren Thuram. O meio-campista vem de uma senhora temporada com o Nice, o que valeu o chamado de Didier Deschamps. A tendência é que domine a faixa central na Euro Sub-21, entre sua capacidade para construir o jogo e para se unir ao ataque. No geral, todos os setores da França têm nomes experimentados em alto nível. O gol pode escolher entre Illan Meslier (Leeds) e Lucas Chevalier (Lille). A defesa reúne Pierre Kalulu (Milan), Mohamed Simakan (RB Leipzig), Castello Lukeba (Lyon) e Loïc Badé (Sevilla). No meio estão ainda Manu Koné (Gladbach), Maxence Caqueret (Lyon), Enzo Le Fée (Lorient) e Rayan Cherki (Lyon). Já o ataque tem o luxo de elencar Amine Gouiri (Rennes), Arnaud Kalimuendo (Rennes), Elye Wahi (Montpellier), Bradley Barcola (Lyon), Michael Olise (Crystal Palace) e Amine Adli (Leverkusen). É uma potência no Europeu e também um concorrente forte desde já às Olimpíadas.
Sandro Tonali (Itália)
Roberto Mancini aproveitou a ausência da Itália na Copa do Mundo para dar cancha a muitos garotos. Não à toa, boa parte da seleção sub-21 possui convocações ao time principal nas costas: Marco Carnesecchi (Cremonese), Giorgio Scalvini (Atalanta), Samuele Ricci (Torino), Salvatore Esposito (Spezia), Pietro Pellegri (Torino), Wilfried Gnonto (Leeds), Matteo Cancellieri (Lazio), Fabio Miretti (Juventus). Seria um time até mais renomado caso estivessem Nicolò Fagioli ou Giacomo Raspadori. Porém, a convocação final inclui Sandro Tonali, que desembarca como astro à Euro Sub-21. O volante não disputou a Euro 2020, mas foi titular em várias partidas com Mancini depois disso. Além do mais, carrega a importância que tem no Milan, que o torna cotado inclusive a uma grande transferência na atual janela – o Newcastle cresce o olho. É um jogador muito acima da média para o que se imagina na categoria. Mesmo entre aqueles sem convocações à seleção há gente boa. Destiny Udogie (Udinese), Edoardo Bove (Roma) e Nicolò Rovella (Monza) são exemplos. No papel, a Azzurra é das mais fortes.
Erik Botheim (Noruega)
Ainda vão falar muito da “promissora geração norueguesa”. Entretanto, a seleção sub-21 não chamou ninguém tão relevante do nível principal – Erling Braut Haaland merecia férias depois da temporada que viveu. O único jogador do elenco sub-21 a defender a seleção adulta é o volante Hakon Evjen, mais uma aposta que um destaque no Brondby. A figura mais conhecida, por sua vez, é o centroavante Erik Botheim, que surgiu como sensação no Bodo/Glimt, mas não mostrou muito serviço na Salernitana em sua primeira temporada fora do país. É um jogador com presença de área e também usará a braçadeira de capitão na Euro Sub-21. De resto, o elenco norueguês é no geral muito jovem. Nomes como Antonio Nusa (Club Brugge) e Oscar Bobb (base do Manchester City) não passam de 19 anos. Entre aqueles que se destacaram um pouco mais na temporada aparecem Sivert Mannsverk (Molde), Jesper Daland (Cercle Brugge) e Joshua Kitolano (Sparta Roterdã).
Zeki Amdouni (Suíça)
A seleção da Suíça deu oportunidades aos seus garotos nas últimas competições internacionais. Três jogadores da Euro Sub-21 estiveram em torneios com a seleção adulta: Bacir Omeragic (Zurique) participou da Euro 2020, enquanto Ardon Jashari (Luzern) e Fabian Rieder (Young Boys) disputaram a Copa de 2022. Há outros que já estrearam pelo time principal, como Kastriot Imeri (Young Boys) e Simon Sohm (Parma). Já o ataque se vale de dois grandes talentos do Basel: Dan Ndoye e Zeki Amdouni, também já ativos no time adulto. Amdouni merece um olhar especial pela temporada que fez. O atacante foi bem no Campeonato Suíço, mas deu show mesmo na Conference League, protagonista na caminhada do Basel até a semifinal. Já pela seleção principal, são cinco gols em quatro partidas pelas eliminatórias da Euro 2024, três deles nesta Data Fifa. Ainda assim topou jogar no sub-21. Tal fase até eclipsa Rieder, titular contra o Brasil na Copa e importante no título recente do Young Boys. Olho ainda em Darian Males, mais um que potencializou o Basel na Conference.