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Técnico de Gales promete considerar Paul Mullin, se destaque do Wrexham continuar arrebentando na quarta divisão

Mullin foi o grande destaque do clube galês nos últimos dois anos, com 74 gols em 90 partidas

Após 15 anos, o Wrexham, famoso pela associação com dois atores de Hollywood, retornou à Football League, com uma grande ajuda do atacante Paul Mullin, autor de 74 gols em 90 partidas. Essa eficiência chamou a atenção da torcida da seleção galesa, longe de ser a maior potência ofensiva do futebol internacional. O técnico Rob Page ainda não o convocou, mas prometeu que considerará fazê-lo caso o jogador de 28 anos continue colocando as bolas na rede na quarta divisão.

Nascido em Liverpool, Mullin é elegível para Gales por meio da avó. Ele brilhou tanto na quinta divisão que ficou um pouco claro que estava enfrentando adversários abaixo do seu nível. E o salto para a League Two não lhe é estranho. É a liga em que passou a maior parte da sua carreira, com média próxima a um gol a cada quatro rodadas por Morecambe e Swindon Town nos primeiros anos, e uma excelente campanha pelo Cambridge United – 32 tentos em 46 partidas – antes de apertar as mãos de Ryan Reynolds.

O que também anima é sua participação na última Copa da Inglaterra. Marcou oito vezes em cinco partidas, incluindo três gols contra Coventry City e Sheffield United, ambos da segunda divisão. “Esqueça o que ele fez até agora. Se ele estiver jogando na League Two e marcando gols, então vamos observá-lo e considerá-lo. Mas há uma grande diferença da onde estava para a League Two. Vamos continuar monitorando-o e, se continuar marcando gols contra um nível cada vez maior, ele se provará”, disse Page.

Mas não são os números que mais impressionaram o treinador que levou Gales de volta à Copa do Mundo pela primeira vez desde 1958. “Eu o vi jogar contra o Sheffield United e fiquei muito impressionado com ele, do ponto de vista do esforço. Eu não gostaria de jogar contra ele, ele é uma dor nas costas. Esqueça seu faro artilheiro, eu gosto dele porque é difícil enfrentá-lo. Ele é como um rato e eu quero isso”, acrescentou.

Se Gales é uma seleção que sabe se fechar e compete com intensidade, o poder de fogo é um problema sério, principalmente após a queda de rendimento e aposentadoria de Gareth Bale. Tem alguns jogadores ofensivos relativamente talentosos, como Harry Wilson, Brennan Johnson e David Brooks, mas os centroavantes não são da melhor qualidade. Kiefer Moore, por exemplo, não se destacou na Premier League pelo Bournemouth e a maior parte dos seus gols ainda foram marcados entre a terceira e a segunda divisão.

Hal Robson-Kanu, que fez alguns gols importantes para Gales, tinha um perfil parecido antes de se aposentar. Aliás, ele disse em abril que toparia voltar à ativa para defender o Wrexham, doando seu salário para uma instituição de caridade. Quem sabe não faz uma dupla com Mullin e passa um pouco da sua experiência de 46 jogos pela seleção?

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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