Liga das Nações

França x Israel tem alto risco, mas presidente francês garante presença por ‘missão’

Macron promete enviar mensagem de fraternidade e solidariedade após atos de antissemitismo em Amsterdã, em Ajax x Maccabi Tel Aviv

Nesta quinta-feira (14), a partir das 16h45 (horário de Brasília), França e Israel se enfrentam no Stade de France, em jogo válido pela quinta rodada do Grupo 2 da Liga das Nações (Liga A). A partida é considerada de alto risco pelas autoridades parisienses e liga o alerta na cidade.

Lembra-se que na última semana, após a goleada do Ajax por 5 a 0 sobre o Maccabi Tel Aviv, 62 pessoas foram presas e cinco ficaram feridas em Amsterdã. O motivo? Pancadaria generalizada nas ruas, com o conflito entre israelenses e palestinos no Oriente Médio como grande incentivador.

Apesar do temor em relação ao jogo dos Bleus, o presidente francês Emmanuel Macron confirmou presença no Stade de France.

Segundo o governo, a ideia é que o mandatário possa “enviar uma mensagem de fraternidade e solidariedade após os atos intoleráveis ​​de antissemitismo que se seguiram à partida em Amsterdã”.

Cerca de quatro mil policiais estarão de serviço ao redor e no interior do estádio, além de 1600 agentes de segurança. A unidade de elite da polícia nacional francesa (Raid) é a responsável pela segurança da seleção israelense, desde a chegada da delegação no território francês até sua saída.

Policiais presentes no treino da seleção francesa, no Stade de France
Policiais presentes no treino da seleção francesa, no Stade de France (Foto: Icon Sport)

Estádio vazio para o duelo entre França e Israel

O Stade de France tem capacidade para mais de 80 mil pessoas. Mas o público da partida entre França x Israel deve ficar bem longe disso. Pouco mais de 20 mil torcedores são esperados nesta quinta-feira (14).

Ainda que a seleção francesa venha decepcionando nas últimas partidas, não é esse o fator determinante para a baixa procura por ingressos.

Há um grande temor dos parisienses em relação ao jogo. A confusão nas ruas de Amsterdã assustou torcedores espalhados por toda a Europa — e na França não foi diferente. O confronto é considerado de “alto risco” pela polícia da cidade. Isso certamente afugentou boa parte do público.

Questionado sobre o tema, Dayot Upamecano, zagueiro da seleção francesa, disse entender os motivos por trás desse baixo comparecimento ao estádio para a partida em questão.

— Posso entender por que as pessoas não querem vir. A escolha é deles. Seguiremos em frente, lutaremos em campo — afirmou o zagueiro.

Stade de France, em Paris
Stade de France, em Paris (Foto: Icon Sport)

Onde os israelenses mandam seus jogos na Liga das Nações?

O último duelo entre Israel e França, em outubro deste ano, não foi disputado em território israelense, assim como as outras partidas da seleção azul e branca como mandante nesta edição da Liga das Nações.

Em virtude da sangrenta guerra contra o Hamas, Israel vem mandando os jogos em Budapeste, capital da Hungria.

Diferente da Bélgica, que optou por não jogar contra Israel em Bruxelas — disputou a partida em Debrecen, na Hungria — a Itália não abriu mão de atuar em seus domínios. A Azzurra recebeu a seleção israelense na cidade de Udine.

Assim como os italianos, a França também decidiu não modificar seu mando de campo.

Foto de Guilherme Calvano

Guilherme CalvanoRedator

Jornalista pela UNESA, nascido e criado no Rio de Janeiro. Cobriu o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Na Trivela, é redator e escreve sobre futebol brasileiro e internacional.
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