Na ressaca da Eurocopa, França está na contramão da Itália — e pressão aumenta
De virada, a Itália venceu (com propriedade) a França, que ainda não resolveu os problemas apresentados na Eurocopa
Na rodada de abertura da Nations League, a Itália aprontou para cima da França, que perdeu por 3 a 1, no Parc des Princes, nesta sexta-feira (06). No retorno de Kylian Mbappé ao estádio do PSG, os Bleus de Didier Deschamps apresentaram os mesmos problemas da Eurocopa 2024.
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No primeiro compromisso pós-Euro, os franceses provaram que estão na contramão de Squadra Azzurra de Luciano Spalletti — e isso não é bom. E olha que o início do jogo trouxe falsas esperanças ao torcedor.
Aos 13 segundos de partida — isso mesmo, segundos –, a Itália vacilou na defesa e acabou perdendo a bola para Bradley Barcola. Cara a cara com Donnarumma, o atacante da França não desperdiçou.
Quem pensava que os donos da casa tentaria aumentar a vantagem, acabou se enganando. Na verdade, os Bleus sentaram em cima do resultado parcial e acabaram pagando o preço por seu desinteresse no jogo.
Os Azzurri, que nada têm a ver com isso, aproveitaram o vacilo dos franceses para empatar. Federico Dimarco acertou um lindo sem pulo dentro da grande área. Depois do empate, a França acordou para vida, porém, sem tanto ímpeto assim.
Na etapa final, a Itália conseguiu a vitória com uma roubada de bola no campo adversário, cuja troca de passes acabou com o gol de Davide Frattesi. Depois, em uma rápida transição ofensiva, Giacomo Raspadori deu números finais à partida.
França repete pecados, mas Itália aprende com erros da Eurocopa
Eliminada na semifinal da Eurocopa pela campeã Espanha, a França foi criticada pelo futebol apresentado — que não é nem uma sombra das atuações que renderam o título da Copa do Mundo de 2018 e o vice-Mundial em 2022.
Se os Bleus repetiram seus pecados na estreia da Liga das Nações, o mesmo não pode ser dito da Itália. A Squadra Azzurra deu uma resposta positiva após cair nas oitavas de final da Euro 2024.
O que ajuda a explicar a rápida melhora dos italianos é o retorno de Sandro Tonali. O volante cumpriu 10 meses de suspensão por envolvimento em apostas ilegais e retornou ao meio-campo de Spalletti dando dinamismo.
Agora, resta saber a seleção italiana manterá esse ritmo na sequência da Nations League. Mais do que isso, os Azzurri estão focados em classificar para a Copa do Mundo — cuja última participação no torneio foi em 2014, quando foram eliminados na fase de grupos.
Já em relação aos franceses, não há motivo para pânico. É fato que os Bleus necessitam de alguns acertos. Mesmo assim, a base de Didier Deschamps é sólida, assim como o futuro é empolgante.
Atual vice-campeã dos Jogos Olímpicos, a França tem (mais) uma nova geração de talentos a sua disposição. Aos poucos, essas joias serão integradas à equipe principal — como foi o caso de Michael Olise, que fez sua estreia nesta sexta-feira.