França nem precisou de Mbappé e Griezmann para mostrar fragilidade da ‘nova’ geração belga
Ausência de craques não é problema para Bleus, que batem Bélgica por 2 a 0 na Liga das Nações
A França respondeu bem nesta segunda-feira (9) após perder para Itália na abertura do grupo B da Liga das Nações. No Parc Olympique Lyonnais, venceu com tranquilidade a Bélgica, 2 a 0, placar construído sem Mbappé ou Antoine Griezmann em campo — ambos entraram no segundo tempo.
A “nova” geração belga, com média de idade de dois anos a menos em comparação à Eurocopa 2024, mostrou que há bons jogadores jovens, mas ainda há muitas falhas.
Na criação, o esquema de Domenico Tedesco mostrou dificuldades. Só conseguia armar uma boa chance se roubasse a bola no campo de ataque. Se não, tinha pouca criatividade em uma saída de três com o apoio solitário de Onana em frente a um batalhão francês, fechado no 4-1-4-1.
No momento sem bola, ainda pior. Caso a pressão não funcionasse, os espaços apareciam com naturalidade nos lados do campo, justamente de onde saíram os gols franceses.
Mesmo com problemas nos primeiros minutos, os Bleus foram melhores em geral nos 90 minutos. Aos 28 do primeiro tempo, já melhores, se aproveitaram que a defesa adversária afastou mal um cruzamento para marcar com Kolo Muani após rebote de Casteels em chute de Dembélé.
O ponta do PSG, em grande dia, marcou o segundo em uma pintura. Saindo do lado direito para dentro, Ousmane tabelou com Kanté, cortou dois belgas e bateu colocado no ângulo.
No fim, se confirmou uma grande atuação francesa, raríssima nos últimos meses.
A Itália é quem lidera a chave B com 100% de aproveitamento, seguido por França e Bélgica, ambos com 3, e Israel, lanterna, zerado em pontuação.
França é recompensada pela efetividade no 1º tempo
A etapa inicial teve momentos e domínio distintos. No início só deu Bélgica. A equipe visitante pressionava bem e sabia exatamente o que fazer com a bola — a França, pelo contrário, saia jogando mal e não tinha repertório para atacar.
Por isso, o selecionado belga foi acumulando chances. Em falta cobrada por De Bruyne, Lukebakio não teve ângulo para tirar de Maignan e chutou em cima do francês. Depois, o finalizador virou o garçom para tentar alcançar Openda na pequena área, mas o cruzamento rasteiro foi muito forte.
Essas chances tinham acontecido com nem 15 minutos. Aos 17, os Diabos tiveram a última boa oportunidade em jogadaça de Faez, costurando todo mundo por dentro, e finalização de Openda para outra defesa do arqueiro adversário.
A partir daí, as coisas mudaram. A pressão vista antes não tinha a mesma intensidades, e os Bleus encontraram o espaço para começar a atacar. Primeiro, impedido, Thuram exigiu defesaça de Casteels, que voltaria a trabalhar em outra tentativa do atacante, dessa vez em posição legal.
Guendozi também apareceu como uma boa opção de elemento surpresa, seja segurando a passada para receber um passe atrás dos zagueiros ou pisando na área. Aos 28, enfim, Kolo Muani marcou e deu justiça a virada no controle do jogo.
O gol diminuiu o ritmo da partida. Mais com a bola, a Bélgica só tinha Onana para armar o jogo e foi uma péssima estratégia. Só voltou atacar já aos 40, quando De Bruyne cruzou rasteiro e Lukebakio chutou em cima da marcação.
Bélgica segue mal na etapa final
O panorama do jogo não mudou muito para o início dos 45 finais. A Bélgica tinha a bola e muita dificuldade para atacar. A França levava perigo quase toda vez que subia. Assim que Dembélé ampliou aos 11.
Com Mbappé em campo, a situação belga ficou ainda mais difícil. O craque do Real Madrid colocou fogo no jogo e tentou várias finalizações, algumas erradas ou paradas em Casteels.
O Máximo que o lado visitante fez foi com Charles De Ketelaere, arriscando chute cruzado com boa defesa de Maignan.