Ronaldo quase vira vilão, mas Portugal avança na Euro com o surgimento de novo herói
Após craque português perder pênalti na prorrogação, goleiro Diogo Costa salva dia esquecível de CR7

Uma dose inacreditável de emoção tomou conta de Frankfurt nesta segunda-feira (1), nas oitavas de final da Eurocopa 2024.
Portugal, em dia inacreditável de Cristiano Ronaldo e salvo por Diogo Costa, eliminou Eslovênia nos pênaltis por 3 a 0 após 0 a 0 em 120 minutos.
Até a cobrança de pênaltis, CR7 foi o personagem da partida pelas reviravoltas e toda a história. Por mais de 100 minutos, tentou fazer o gol de todas as formas: de falta, cabeça, chutes. Não conseguiu.
Quando veio na sua especialidade, a marca do pênalti, cobrou à meia altura e Jan Oblak aproveitou para espalmar. A partida nem tinha acabado, mas Cristiano já estava em lágrimas, como se tivesse eliminado.
Quem tirou a seleção portuguesa das cinzas e das lágrimas foi o goleiro do Porto. Experiente como Ronaldo, Pepe também quase virou vilão ao entregar e deixar Benjamin Sesko na cara do gol.
Por sorte, Diogo colocou o pé no meio do caminho para levar a partida para os pênaltis, onde parou, quase que da mesma forma, as três cobranças consecutivas de Josip Ilicic, Jure Balkovec e Benjamin Verbic.
Para avançar, os portugueses marcaram com Cristiano Ronaldo, Bruno Fernandes e Bernardo Silva. Agora, enfrentam a França nesta sexta-feira (5), às 16h (horário de Brasília), no Volksparkstadion.
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Cristiano Ronaldo finalizou de todos os jeitos na etapa inicial de Portugal e Eslovênia
O craque do selecionado luso fez quase tudo para tentar marcar seu primeiro gol na Euro. Só de cabeça foram cinco tentativas diferentes. Em quatro, não alcançou a bola. Quando acertou, foi de ombro, sem perigo.
Via cobranças de falta também arriscou. Na primeira, tentando surpreender Jan Oblak com uma batida no canto dele, mandou por cima do gol. Na outra, à esquerda da área, foi mal e nem chegou perto.
As tentativas de CR7 contam, em parte, o domínio português. De início, era uma pressão sufocante, sempre roubando a bola no campo de ataque, mas com dificuldade para finalizar.
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Mesmo com tantas chances nos pés do camisa sete, a melhor e mais próxima de mudar o placar veio com um volante.
Literalmente no último minuto, Rafael Leão fez grande jogada, tocou para trás e Palhinha mandou rasteiro na trave.
A melhor oportunidade da seleção de Roberto Martínez veio em momento de crescente da Eslovênia. Indo mais ao ataque a partir dos 25, chegou com qualidade na reta final da etapa inicial.
Em contra-ataque, quase que Andraz Sporar marcou após cruzamento de Petar Stojanovic – um toque de Nuno Mendes impediu o atacante de finalizar. Benjamin Sesko tentou de longe, bem encaixada por Diogo Costa.
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2º tempo de pouco futebol e nada de gols
Para os 45 minutos finais, obviamente, nada mudou. Portugal com a bola, Eslovênia se defendendo e nada muito além disso.
Talvez o mais próximo de marcar para os lusitanos no 2º tempo tenha sido logo no primeiro minuto, quando João Cancelo fez grande jogada, cruzou e Bernardo Silva isolou a sobra dentro da área.
Cristiano Ronaldo também voltou a tentar. Começou com duas faltas cobradas. Conseguiu acertar o gol, ao arriscar no canto de Oblak, que espalmou para frente. Em uma mais de longe, isolou.
Nos minutos finais, o Robozão recebeu de Diogo Jota e, de canhota, mandou em cima do goleiro esloveno.
Já o selecionado Matjaz Kek buscou em velocidade seu caminho para tentar algo de diferente.
Sesko deu o melhor momento ao colocar velocidade na última linha e deixar Pepe para trás. Porém, na cara do gol, bateu torto, sem direção.
Foram quatro de acréscimos até se confirmar a prorrogação, vencida pelos portugueses.
Prorrogação maluca e de alta carga emocional para Portugal

Um vacilo de Cancelo logo no início do tempo adicional deu a tônica do que seria para Portugal essa prorrogação. Neste erro do lateral, Verbic quase marcou em batida desviada pela defesa.
Jota deu um ar de criatividade e fugiu dos cruzamentos para conseguir o pênalti perdido por Cristiano no último minuto do 1º tempo.
No segundo, foi a vez de Pepe dar um presentaço para Sesko. Na cara do gol, o atacante bateu rasteiro e Diogo Costa virou o herói com defesa com o pé.
Antes, Oblak também tinha salvo a Eslovênia ao afastar para escanteio uma falta desviada por Palhinha.