Eurocopa 2024

Rashford sobre confronto contra a Alemanha: “Não faz sentido temer o passado”

A histórica carrasca da seleção inglesa estará mais uma vez no meio do caminho nas oitavas de final da Euro 2020

O futebol é o esporte em que 22 homens correm atrás da bola por 90 minutos e, no fim, a Alemanha vence. E, geralmente, vence a Inglaterra. A adversária responsável por tantas decepções, como as semifinais da Eurocopa de 1996, quando Gareth Southgate perdeu o pênalti decisivo, será o próximo obstáculo da seleção inglesa na Euro 2020, mas Marcus Rashford não vê motivo para ter medo do passado.

O atacante do Manchester United, reserva nos três jogos da fase de grupos que, apesar do desempenho fraco, credenciaram a Inglaterra como primeira colocada. O prêmio: enfrentar a Alemanha, que oscilou em suas partidas contra França, Portugal e Hungria, mas tem um histórico muito favorável no confronto. Em outra declaração que o fazer parecer ter mais do que 23 anos, Rashford foi destemido.

“Estamos sendo colocados em uma posição em que faremos parte da história. Nosso foco principal é vencer o jogo, mas, se fizermos isso, entramos na história. É assim que grandes times são lembrados por muitos e muitos anos. Não faz sentido temer o passado. Você não pode voltar e mudá-lo. O que podemos mudar é o resultado do próximo jogo e nos colocar na melhor posição possível para vencer”, disse. “Sabemos que para ganhar o torneio precisamos vencer os melhores times. Temos que trazer a nossa melhor versão. Queremos vencer com bom futebol, trabalhando duro um pelo outro, marcando e criando gols”.

Rashford admite que não tem estado em sua melhor forma. Um problema no ombro o incomoda. Ainda não tem certeza se precisará passar por cirurgia, mas é possível. De qualquer maneira, terá que esperar o fim da Eurocopa. “O motivo que eu não sei é que, com a temporada em andamento, e antes de eu me juntar à seleção, eu sabia que não tinha chance de ser operado. Eu não sabia quanto tempo a operação me afastaria dos gramados. Eu nem quis perguntar. Quando o torneio acabar, eu pergunto”, disse.

“Não estou jogando o meu melhor. (O problema) tem acontecido desde o começo da temporada. Eu consegui aguentar a temporada com o United. Acho que participei diretamente de 36 gols (isso aí: marcou 21, deu 13 assistências e sofreu dois pênaltis), então não posso olhar para o ano e dizer: ‘hum, acho que eu deveria ter me afastado e feito isso’. Não é como eu olho para as coisas. Quero estar disponível para todos os jogos”, acrescentou.

A Inglaterra é um time jovem. Isso pode ser um problema e, ao mesmo tempo, uma vantagem porque muitos não eram nem nascidos quando Southgate, seu atual comandante, perdeu aquele pênalti contra a Alemanha. “Isso pode ser positivo. Muitos desses garotos apenas vão a campo e jogam, aproveitam o jogo, sem medo. É o que precisaremos fazer novamente”, afirmou Jordan Henderson.

O capitão do Liverpool tem 31 anos e é o mais experiente do elenco, ao lado de Kyle Walker, algumas semanas mais velho. “Será um teste muito difícil. Precisamos jogar concentrados e sem arrependimentos. É especial para os jogadores, para os torcedores. É um grande jogo e é para isso que jogamos esses torneios”, disse. Impressionante contra Portugal, a Alemanha sofreu bastante contra a Hungria, mas Henderson não se ilude. “Ainda são um time muito bom. Têm qualidade em todo o campo. Temos que nos preparar bem e dar de tudo”, afirmou.

A Inglaterra perdeu 15 de 32 jogos contra a Alemanha, com 13 vitórias e quatro empates, mas, desde o triunfo na decisão da Copa do Mundo de 1966, foi derrotada em todas as grandes ocasiões: quartas de final do Mundial de 1970, classificatório da Euro 1972 (efetivamente as quartas de final), semifinal da Copa de 1990, semifinal da Euro 1996 e oitavas de final da Copa de 2010.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
Botão Voltar ao topo