Irlanda do Norte surpreende e vence Dinamarca em rodada final das Eliminatórias da Eurocopa
Mesmo eliminada, a Irlanda do Norte bateu a Dinamarca, que dependeu do confronto direto para não perder liderança do grupo H
A zebra apareceu na última rodada do grupo H das Eliminatórias para a Eurocopa de 2024. Jogando em casa e apoiada por uma animada torcida, a já eliminada Irlanda do Norte bateu a Dinamarca por 2 a 0, na tarde desta segunda-feira (20), no horário de Brasília, no estádio Windsor Park, localizado em Belfast, na Irlanda do Norte, com gols de Isaac e Dion Charles. O resultado não mudou muito a vida dos norte-irlandeses na competição, mas valeu pela festa de seus torcedores.
A Dinamarca chegou para a partida com primeira posição do grupo H garantida. Mesmo com a derrota, que manteve o time dinamarquês com 22 pontos em 10 jogos, os eslovenos não conseguiriam ultrapassar os dinamarqueses, por causa do confronto direto, primeiro critério de desempate, entre as equipes — uma vitória da Dinamarca e um empate.
We sign off with a WIN 👊 #GAWA #NorthernIreland pic.twitter.com/GTVQwuQads
— Northern Ireland (@NorthernIreland) November 20, 2023
Dinamarca com desfalques
Dona da casa, a Irlanda do Norte chegou para a partida já eliminada, sem chances de sair da quinta e penúltima colocação do grupo H. O treinador Michael O’Neill escalou seu time com: Hazard; Hume, Toal, McNair, Brown e Lewis; Price, S. Charles, Saville e Taylor; D. Charles.
Já a Dinamarca foi escalada pelo técnico Kasper Hjulmand com: Schmeichel; Kristensen, Andersen, Christensen e Kristiansen; O’Riley, M. Hjulmand e Jensen; Lindstrom, Daramy e Dolberg.
Nomes conhecidos da equipe dinamarquesa, como o zagueiro Vestergaard (Leicester), o meio-campista Maehle (Wolfsburg), o volante Hojbjerg (Tottenham), e os atacante Wing (Wolfsburg) e Poulsen (RB Leipzig), ficaram no banco de reservas. Estrelas da equipe, o meia Christian Eriksen e o atacante Rasmus Hojlund ficaram de fora por lesão.
Dinamarca controla, mas leva susto
Mesmo jogando fora de casa, a Dinamarca, com um time bem mais forte, como já indicava a classificação do grupo, tomou as rédeas do jogo. Os dinamarqueses tentavam construir jogadas e fazer a bola chegar na antiga promessa Dolberg — que surgiu no Ajax e teve passagens por Nice, Sevilla e Hoffenheim, mas que hoje defende o Anderlecht, da Bélgica —, mas tinham problemas em furar a retranca da Irlanda do Norte.
Apesar da Dinamarca manter a posse de bola, foram os norte-irlandeses que tiveram a melhor chance do jogo. Logo aos sete minutos, o goleiro Hazard deu um chutão para frente, Christensen desviou para trás e a bola sobrou para Dion Charles, na ponta esquerda. Ele invadiu a área e chutou cruzado, no pé da trave de Schmeichel. Os donos da casa seguiram tentando criar chances com base nas ligações diretas, mas sem muito sucesso.
Os minutos se passaram, os dinamarqueses foram chegando mais perto do gol, mas sem muita efetividade na hora do último passe. Com isso, o jogo não teve muitas emoções na maior parte do tempo. Os dinamarqueses só conseguiram assustar depois dos 30 minutos de jogo, primeiro com Dolberg, que completou cruzamento para fora, e depois numa jogada de escanteio, que contou com desvio na área para obrigar o goleiro Hazard, meio que no susto, a trabalhar.
Com uma posse de bola muito maior que a do adversário, a Dinamarca parecia, aos poucos, se aproximar do gol. Aos 44, um chute de muito longe obrigou Hazard a trabalhar novamente. Apesar da bola ter saído baixa e no meio do gol, o goleiro norte-irlandês defendeu de forma estranha, com o joelho, ao cair para seu lado direito.
Irlanda do Norte domina segunda etapa
No segundo tempo, a Dinamarca seguiu marcando em cima e marcando presença em seu campo de ataque, mas assim como na primeira etapa, foi a Irlanda do Norte que assustou primeiro. Após boa troca de passes, Lewis cruzou para Toal, que cabeceou muito perto do gol de Schmeichel.
Precisando do gol para garantir o primeiro lugar do grupo, Kasper Hjulmand fez alteração ofensiva e sacou Lindstrom, que saiu sentindo dores, para a entrada do atacante Poulsen, figurinha carimbada do futebol alemão.
Irlanda do Norte resolve trocar passes e abre o placar
Apesar da mudança, a Irlanda do Norte seguiu gostando do jogo e, aos 13 da segunda etapa, abriu o placar. Lewis deu belo drible na defesa, carregou e tocou para Dion Charles. O camisa 10 percebeu a passagem de Isaac Price, do Standard Liège, da Bélgica, e tocou para o jovem de 20 anos, que bateu forte. A bola passou por debaixo do histórico Kasper Schmeichel, que falhou, deixando os norte-irlandeses abrirem o placar numa das poucas vezes em que tentaram tocar a bola, abdicando dos chutões.
O gol sofrido fez com que Hjulmand decidisse mexer novamente. E foram logo três de uma vez. Saíram Jensen, O’Riley e Daramy para a entrada de Delaney, Hojbjerg e Vestergaard, alguns dos nomes mais conhecidos do elenco dinamarquês.
A equipe dinamarquesa pareceu não ter digerido muito bem o gol sofrido e passou a sofrer ainda mais para criar boas jogadas. Sem ter muito para onde correr, aos 30 minutos, o treinador Hjulmand fez sua última alteração, também ofensiva. Ele sacou seu xará Morten Hjulmand, volante, para colocar o atacante Jonas Wind.
Irlanda do Norte aproveita desconcentração dinamarquesa e amplia
Mesmo com as mudanças de Hjulmand, era a Irlanda do Norte quem jogava melhor. Aos 36 minutos, após lançamento da defesa, Conor McMenamin — que havia entrado em campo junto de Paul Smyth, nos respectivos lugares de Price e Taylor, três minutos antes — fez bela jogada pela esquerda e cruzou na medida para um Dion Charles, livre, apenas completar para o gol, anotando 2 a 0 para os norte-irlandeses.
A Dinamarca ainda tentou atacar nos minutos finais, mas sem conseguir assustar o goleiro Hazard, que fez algumas poucas intervenções que garantiram a muito comemorada vitória norte-irlandesa.