Bayern conquista a Europa e coroa temporada espetacular

Quando Jürgen Klopp disse que o Borussia Dortmund não iria adaptar seu jogo para enfrentar o Bayern na final desta Liga dos Campeões, muitos pensaram que seria mais uma cascata para intimidar os bávaros. Mas o que se viu nos primeiros minutos em Wembley foi algo de impetuoso por parte dos aurinegros. A coragem, no entanto, não barrou o poder dos bávaros e a redenção de Arjen Robben, personagem da vitória por 2 a 1 na última passada do relógio.
Acuado, o Bayern parecia assustado diante da disposição do Borussia, que apertou demais pelas pontas e chegou algumas boas vezes com chutes de longe. Neuer, atento, evitou o pior e mostrou boa aptidão para lidar com o bombardeio adversário.
Os bávaros precisaram ter paciência e atenção para não levar o gol que complicaria muito a sua vida na terceira final europeia disputada em quatro anos. E quando o Dortmund cansou, o Bayern se apossou da partida como era esperado. Nesses momentos, Weidenfeller fez boas defesas em duelos com Robben, que tinha a vantagem de poder causar um abalo no emocional aurinegro. Até de cara o capitão do BVB salvou o que seria a abertura do placar.
Bayern precisou esperar sua vez
Quando teve a bola nos pés e o controle do jogo, o Bayern agrediu mais e não à toa saiu na frente com gol de Mandzukic. Aos poucos o duelo ganhou o contorno de uma batalha pela consagração. Ressurgido quase das cinzas, o Dortmund reagiu logo depois ao golpe sofrido e empatou numa penalidade convertida por Gündogan. A partir daí o fantasma de 2010 e 2012 começou a assombrar os bávaros e especialmente Robben, o maior candidato a vilão. Subotic ainda salvou o que seria o terceiro tento desperdiçado pelo carequinha holandês, e em cima da linha, para dar mais emoção.
Vítima de gols cruciais em minutos decisivos, o Bayern soube dar a volta por cima e render o Dortmund na conta do chá. Foi nos pés de quem tentou demais se desvencilhar da imagem de amarelão, seja em Copas ou Ligas dos Campeões. Esperto, ele deu um corte e um toque leve e fatal para vencer Weidenfeller.
Nem havia tempo para mais uma resposta à altura por parte do Borussia, que acompanhou abatido os últimos dois minutos até o apito que coroa o Super Bayern de Jupp Heynckes, que se aposenta com o título que seu time esperava desde 2001.
Formações iniciais
Destaque do jogo
Impossível não marcar Robben como o destaque. Caso a taça ficasse com o Dortmund, também seria o holandês a ganhar a responsabilidade pelo resultado. Perdeu três gols no primeiro tempo e conseguiu se recompor nos 45 minutos finais.
Momento-chave
44 do segundo tempo, a ofensiva do Bayern se encontra no meio da área aurinegra com três defensores rivais. Robben recebe um passe de Ribéry (quase interceptado, verdade), corta Hummels e toca com maestria e frieza para o fundo das redes. O gol do título.
Os gols
15/2T – GOL DO BAYERN!
Robben vai até o fundo da área, evita a saída e cruza baixo para Mandzukic, livre, marcar e abrir o placar.
22/2T – GOL DO DORTMUND!
Pênalti de Dante em Reus e Gündogan cobra com competência para empatar o jogo em Wembley.
44/2T – GOL DO BAYERN!
Ribéry segura a marcação, dá um toque de calcanhar e a bola desvia, caindo nos pés de Robben. O carequinha tira Hummels e bate rasteiro para vencer Weidenfeller. O Bayern exorciza seus fantasmas e é o campeão europeu de 2013.
Curiosidade
Robben está em sua terceira final de LC. Precisou finalizar 25 vezes para marcar o seu primeiro gol. E que hora ele escolheu, hein?