Pegue a sua pipoca: na Champions League, Vini Jr e De Bruyne são garantia de espetáculo
Brasileiro foi citado como melhor do mundo por Ancelotti, e belga voltou em alto nível técnico ao City; definição da Champions League deve passar pelos dois craques.
Há jogadores que valem o preço do ingresso, arrastam torcedores para o estádio e mantêm a acesa a chama do futebol. A era de Messi e Cristiano Ronaldo se encerra e deixa o trono do futebol em aberto. Há vários candidatos de qualidade indiscutível, mas dois deles parecem estar no momento certo para encenar uma grande disputa: Vini Jr. e Kevin De Bruyne.
O brasileiro é um raio na hora de decidir partidas. Praticamente imparável no mano a mano, vem amadurecendo rapidamente e se torna a cada rodada mais letal, jogando para definição própria ou servindo os companheiros. O belga é um jogador de técnica apurada, plenamente recuperado de lesão e apto fisicamente a colocar em prática seu futebol de eficiência, passes e chutes indefensáveis.
Pode-se citar outros grandes craques em ótima fase. Impossível não falar de Haaland, Salah, do estilo elegante e eficiente de Bellingham e de um meio-campista que domina o ritmo das partidas, o espanhol Rodri.
Mas Vini Jr. e De Bruyne são jogadores decisivos, letais, capazes de jogadas que determinam não apenas o ritmo das partidas, mas seus resultados.
Perfis diferentes (e decisivos)
O atacante brasileiro assumiu a liderança do time mais importante do futebol mundial como se atuasse com a camisa merengue desde sempre. Não se abala com pancadas, enfrente corajosamente os abjetos xingamentos racistas e proporciona espetáculo. É um ponta com vocação para o gol. Um 11 que gosta de brincar – e bem – de 9. O treinador italiano do Real, Carlo Ancelotti, disse que Vini é hoje o melhor do mundo.
De Bruyne é o protótipo do camisa 8 moderno. Sem comparações, porque cada um tem sua época, é o jogador desta geração que mais lembra o espetacular Zico, um 8 genial que jogava com a camisa 10. O ponta-de-lança por definição, um meia-atacante capaz de organizar, de chegar na área para definir e dar passes decisivos para o gol.
Meu Carnaval teve os desfiles de Vini Jr. e De Bruyne. Podem não ter feito as maiores atuações de suas carreiras diante de Leipzig e Copenhague, respectivamente, mas deixam pistas de que estão encorpando rumo às fases decisivas da Champions League com cacife alto e totais condições de liderarem seus times.
Ambos são garantia de espetáculo. Onde quer que estejam jogando, vale a pena fixar os olhos na tela porque a chance de a algo grandioso acontecer é sempre muito grande.
