Agora é o Bayern quem dá aulas de futebol na Europa
Ninguém joga na Allianz Arena em partidas decisivas e volta para casa contando vitória. Tem sido a tendência nos jogos do Bayern Munique. E nesta terça-feira, a máxima foi mantida mesmo diante do Barcelona, pela Liga dos Campeões. É verdade que o principal destaque dos catalães estava longe do seu ápice físico, retornando de lesão. Impondo seu estilo e unindo a força com a eficiência, os donos da casa castigaram com um placar de 4 a 0.
A dependência do talento de Messi fica evidente quando mesmo o argentino tem apenas condição de caminhar em campo. Foi assim contra o Paris Saint-Germain na semana retrasada e o filme se repetiu em Munique.
Antes de mais nada, antes de qualquer análise sobre os setores que se destacaram no Bayern, é preciso salientar a louvável atuação da dupla de volantes formada por Javi Martínez e Schweinsteiger. Partindo daí, os germânicos conseguiam estabelecer seu domínio como na maioria dos seus compromissos como mandante.
O Barça poderia ao menos ter se apresentado para o confronto, mas ficou escondido atrás da forte marcação bávara e de uma vocação ofensiva por parte de Robben e Ribéry pelas pontas. Por ali, o Bayern trouxe muitos problemas para a defensiva blaugrana, composta por Piqué e um ainda inexperiente Bartra, que encarou uma baita fogueira contra o ataque oponente.
Martínez fez o trabalho sujo e cometeu aquelas faltas essenciais para matar as iniciativas do Barça. Nas poucas vezes em que os visitantes encostaram na área alemã, Dante e Boateng se viraram para afastar as chances. Dominando o oponente e merecendo o placar obtido, o Bayern dá um largo passo para a decisão.
É um time entrosado, fortíssimo e acima de tudo, que aproveita as chances para matar o jogo. Se alguém conseguiu executar a tarefa de aniquilar o Barcelona numa tarde só, essa equipe foi o Bayern.
Formações iniciais
Destaque do jogo
A mexida de Jupp Heynckes no segundo tempo para fechar o seu meio campo e trabalhar no contra ataque foi essencial para construir as jogadas dos dois últimos gols do Bayern. Quando muitos pensavam que a entrada de Luiz Gustavo iria implicar numa postura mais defensiva dos alemães, a vida deles ficou ainda mais fácil para organizar as saídas para o ataque. Isso ficou claro no lance de Robben, no terceiro gol.
Momento-chave
Poderia ser mais um resultado igual o do Milan nas oitavas de final. Mas desta vez não foi tão ao acaso, em poucas oportunidades. O Bayern fez por merecer a vantagem adquirida e no lance que culminou no terceiro gol, um recado foi dado. Robben dominou e disparou na lateral direita e em alguns milésimos de segundo fez o inesperado: cortou para a sua direita, buscou a linha de fundo e chutou no canto. O mundo esperava um corte para a esquerda e viu um golaço.
Os gols
25/1T – GOL DO BAYERN MUNIQUE!
Cruzamento na área do Barça, Müller sobe e cabeceia para vencer Valdés!
4/2T – GOL DO BAYERN MUNIQUE!
Pizarro recebe passe de cabeça de Müller e em posição duvidosa completa para as redes!
28/2T – GOL DO BAYERN MUNIQUE!
Robben desce pela lateral em velocidade e surpreende todos com um corte para a direita. Não satisfeito, o camisa 10 botou a bola no cantinho da meta de Valdés!
37/2T – GOL DO BAYERN MUNIQUE!
Alaba encontra espaço na esquerda e faz um passe para Müller, que completa e fecha a conta na Allianz Arena.