Europa

Bayern de Munique garante que não se juntará à Superliga e reforça apoio a reformas da Champions League

Além dos bávaros, Borussia Dortmund e RB Leipzig também são contrários à nova competição

A inclusão doreforma da competição anunciada pela Uefa na segunda-feira (19).

Em nota publicada em seu site oficial, o Bayern de Munique deu a palavra a dois de seus dirigentes para deixar claro o seu posicionamento diante da crise instalada pelo anúncio da Superliga Europeia por parte de 12 dos maiores clubes do continente na noite de domingo (18). Presidente dos bávaros, Herbert Hainer abriu o comunicado: “Nossos membros e torcedores rejeitam uma Superliga. É o nosso desejo e objetivo que os clubes europeus vivam a maravilhosa e emocionante competição que é a Champions League, desenvolvendo-a em conjunto com a Uefa. O Bayern diz não à Superliga”.

CEO do Bayern, Karl-Heinz Rummenigge já havia declarado na segunda-feira que o clube estava convencido de que a estrutural atual do futebol garantia uma base confiável e que as reformas da Champions League anunciadas pela Uefa seria o passo certo no desenvolvimento do futebol europeu. Nesta terça, reiterou o posicionamento.

“Em nome da diretoria, gostaria de deixar explicitamente claro que o Bayern não participará da Superliga. O clube se solidariza com a Bundesliga. Sempre foi e é um grande prazer para nós poder jogar e representar a Alemanha na Champions League. Todos lembramos com carinho da nossa vitória em 2020 em Lisboa, um momento alegre como esse não se esquece. Para o Bayern, a Champions League é a melhor competição de clubes do mundo”, declarou Rummenigge.

A concepção inicial da Superliga prevê uma competição com 20 clubes, cinco deles convidados anualmente com base em resultados esportivos na temporada e os outros 15 como participantes fixos, os clubes fundadores. A expectativa era de que, às 12 equipes já anunciadas, Bayern de Munique, Borussia Dortmund e PSG também se juntassem ao projeto. Entretanto, além do Bayern, o Dortmund já deixou clara sua oposição aos planos.

“Os membros da diretoria da ECA (Associação de Clubes Europeus) se uniram em uma reunião virtual na noite de domingo, em que ficou concordado que a decisão da última sexta-feira permaneceria. Esta decisão dita que todos os clubes desejam implementar as reformas propostas à Champions League. Os membros da ECA tomaram uma posição clara ao rejeitar os planos para a criação de uma superliga”, afirmou Hans-Joachim Watzke, CEO do Borussia Dortmund, na segunda-feira.

Embora não tenha sido incluído nos planos iniciais da Superliga, o RB Leipzig foi outro clube alemão a condenar a nova competição por meio das palavras de seu CEO, Oliver Mintzlaff: “Somos defensores da concorrência esportiva, e isso quer dizer lutar para conquistar uma posição na tabela da liga doméstica que permita ao time participar de uma competição internacional”.

A reforma da Champions League que o Bayern diz apoiar foi anunciada pela Uefa na segunda-feira e aumenta o número de participantes de 32 para 36, acabando com a tradicional fase de grupos e criando, em seu lugar, uma disputa de liga única com dez partidas para cada clube, no chamado “sistema suíço”, que garantiria mais confrontos entre os grandes clubes e, consequentemente, geraria maior atratividade para a competição. Para os 12 clubes por trás da Superliga, a solução, no entanto, não é suficiente.

Foto de Leo Escudeiro

Leo Escudeiro

Apaixonado pela estética em torno do futebol tanto quanto pelo esporte em si. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, com pós-graduação em futebol pela Universidade Trivela (alerta de piada, não temos curso). Respeita o passado do esporte, mas quer é saber do futuro (“interesse eterno pelo futebol moderno!”).
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