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Alderweireld marcou um golaço nos instantes finais para arrebatar o título ao Royal Antuérpia, em um final insano no Belgão

O título passou do Genk para a Union Saint-Gilloise, de volta para o Genk e, nos últimos segundos, ficou com o Royal Antuérpia

Clube tradicional da Bélgica, o Royal Antuérpia passou 13 anos longe da primeira divisão e, desde o acesso em 2017, corre atrás do título do Campeonato Belga. Um sinal importante de progresso havia sido a conquista da Copa da Bélgica, no começo de maio. Neste domingo, a grande ambição foi alcançada. O empate por 2 a 2 com o Genk, na última rodada do quadrangular final, foi suficiente para conquistar o torneio pela primeira vez desde a década de cinquenta. Mas quem dizer que sabia sob quais circunstâncias o caneco viria estará mentindo: a rodada final do Belgão foi insana.

Depois de 34 rodadas na temporada regular, o Campeonato Belga classifica os quatro primeiros colocados para um quadrangular do título, cortando a pontuação pela metade e arredondando para cima. Logo, A Union Saint-Gilloise e o Genk saíram na frente, com 38 pontos cada. O Royal Antuérpia partiu de 36, e o Clube Brugge, de 30. Treinado por Mark Van Bommel e com medalhões como Toby Alderweireld e Vicent Janssen, o Antuérpia correu atrás do prejuízo ganhando as três primeiras rodadas, mas perdeu para o Club Brugge e apenas empatou com a Union Saint-Gilloise.

A rodada final começou com o Royal Antuérpia na liderança, empatado em 46 pontos com a Union Saint-Gilloise. O Genk aparecia logo atrás, com 45. O primeiro tempo neste domingo foi quieto. Saiu apenas um gol, de Tolu Arokodare, para o Genk, que o levou ao intervalo como o campeão provisório. No entanto, a USG fez 1 a 0 sobre o Club Brugge com Simon Adingra, logo no comecinho da etapa final, e Gyrano Kerk empatou para o Antuérpia. Agora, o título era da Union Saint-Gilloise.

O Genk voltou à frente, aos 30 minutos, mas ainda precisava de um tropeço da Union Saint-Gilloise e não parecia que isso aconteceria. Chegou aos 44 minutos do segundo tempo ainda vencendo por 1 a 0, mas, de repente, o Club Brugge, sem chance de título, empatou, o que já era o bastante, e tirou o doce da boca da USG – ainda marcaria o segundo e o terceiro para ganhar por 3 a 1.

Com aquele resultado, a torcida do Genk preparava-se para gritar campeão. Bastava segurar a vitória em casa contra o Royal Antuérpia, que tentava pressionar. Aos 49 minutos do segundo tempo, o milagre: a bola foi lançada na área, Jelle Bataille recolheu e rolou para Alderweireld.

O zagueiro de 34 anos decidiu retornar ao clube da sua cidade natal, depois de uma importante carreira, principalmente com Ajax e Tottenham. Em 547 partidas, havia marcado apenas 34 gols. A maioria na bola aérea, escanteios, cobranças de falta. Raramente, talvez nunca, acertando o ângulo de fora da área.

Não quis nem saber: soltou a bomba de perna direita e fechou uma tarde mágica do futebol belga.

Foto de Bruno Bonsanti

Bruno Bonsanti

Como todo aluno da Cásper Líbero que se preze, passou por Rádio Gazeta, Gazeta Esportiva e Portal Terra antes de aterrissar no site que sempre gostou de ler (acredite, ele está falando da Trivela). Acredita que o futebol tem uma capacidade única de causar alegria e tristeza nas mesmas proporções, o que sempre sentiu na pele com os times para os quais torce.
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