Aberdeen faz maior viagem da história das copas europeias, mas seria fichinha na Libertadores

Os times do Cazaquistão vêm ganhando relevância nas competições europeias. Apenas uma pequena porção do território do país faz parte da Europa, motivo suficiente para a federação nacional ser filiada à Uefa. E os asiáticos “infiltrados” conquistam o seu espaço principalmente na Liga Europa. Em 2013, o Shakhter Karaganda tornou-se o participante mais asiático das fases principais. Já desta vez, nas preliminares da LE, o Aberdeen quebrou o recorde de maior viagem da história dos torneios europeus.
Os escoceses precisaram atravessar quase 5,5 mil km para enfrentar o Kairat na cidade de Almaty, extremo leste do Cazaquistão – na fronteira com o Quirguistão e a somente 300 km da China. Para ir até lá, o Aberdeen pegou um voo que durou 10 horas, atravessando cinco fusos horários diferentes. E os jogadores ainda tiveram a companhia de 70 torcedores fanáticos, já que o clube preferiu fretar o seu próprio avião. Tudo para perder do Kairat por 2 a 1 e resolver a classificação na Escócia, quando será a vez dos cazaques ganharem os ares.
Seria mais perto ao Aberdeen, por exemplo, atravessar o Oceano Atlântico e jogar em Nova York. Ou ir para grandes cidades de outros continentes, como Cairo e Teerã. Mas o que parece um absurdo para os europeus já é um costume para os sul-americanos. Uma viagem de Montevidéu a Barranquilla, até corriqueira nos torneios da Conmebol, atravessa 5,43 mil km – só 70 km a menos em relação à travessia de Aberdeen. Para disputar a final contra o Tigres, o River Plate viajou 7,9 mil km até Monterrey. Já a maior distância da história da Libertadores foi vivida por Corinthians, Palmeiras e Tijuana: 9,7 mil km, uma quilometragem 75% maior do que a dos escoceses. Ao menos neste quesito, os europeus não podem reclamar.