Passada a euforia da classificação, EUA precisam corrigir defeitos

Não foi o melhor dos resultados possíveis, mas dentro das possibilidades, a derrota dos Estados Unidos para a Alemanha foi satisfatória por causa do objetivo final: os americanos estão na segunda fase da Copa do Mundo. Não foi aquele jogo de compadres que poderia se desenhar, já que Jürgen Klinsmann e Joachim Löw têm histórico de amizade, não só pela passagem na seleção germânica, mas também por terem feito a escola de técnicos juntos.
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Mais uma vez, o grande problema dos norte-americanos foi manter posse de bola, principalmente no campo de ataque. Foram poucos os passes trocados nesta área e Clint Dempsey recebeu pouco a bola em condição de fazer algo contra os zagueiros americanos.
Além disso, a equipe teve outro problema que já é habitual. Os dez primeiros minutos causaram calafrios nos americanos, já que a Alemanha teve praticamente toda a posse de bola e chegava perto da área em diversos momentos. Desta vez, pelo menos não teve o gol, assim como contra Portugal. E olha que Omar Gonzalez rebateu uma bola semelhante ao erro de Geoff Cameron que deu um gol aos lusos, mas a cobertura era melhor desta vez.
Agora é pensar nas oitavas de final, contra a Bélgica. Na última partida entre as duas equipes, um amistoso em 2013, os belgas bateram os americanos por 4 a 2 em Cleveland. O grande problema da seleção comandada por Klinsmann nesta partida foi o fato de que os Red Devils conseguiram impor a velocidade nos lados contra os laterais Cameron e DaMarcus Beasley, mesmo sem contar com Eden Hazard.
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A boa notícia é que Jozy Altidore pode voltar e isso deve ajudar bastante os americanos a segurar mais a posse de bola, já que Dempsey chegaria mais ao meio-campo para buscar o jogo e teria o atacante do Sunderland para fazer o pivô mais a frente.
Será um confronto de duas equipes que não mostraram nem perto de seu máximo na primeira fase, então é complicado fazer um prognóstico, principalmente se for necessário dizer quem tem mais chances de atingir este nível esperado. É claro que os belgas têm mais talento, mas o trabalho dos americanos é mais forte e ambas as qualidades podem fazer diferença.
Espero que mesmo com uma eliminação contra a Bélgica, o papo acerca da seleção americana não seja o fato de que Landon Donovan poderia ter ajudado o time a avançar mais na competição. E sim de como o USMNT bateu os prognósticos e foi à segunda fase, algo que era considerado impossível para muitos devido ao tão falado “Grupo da Morte”.
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