La Liga

LaLiga afirma que pirataria tira cerca de R$ 4 bilhões de clubes espanhóis

Organização do Campeonato Espanhol continua 'cruzada' contra conteúdos piratas

Os famosos “gatos” e sites piratas que liberam canais de TV a cabo e dão total acesso aos serviços de streaming são muito comuns no Brasil como uma forma de driblar os custos das assinaturas.

A prática não acontece somente em solo brasileiro. Na Europa, especialmente na Espanha, tem deixado um legado de prejuízo, segundo LaLiga.

A organização do Campeonato Espanhol afirmou nesta segunda-feira (24) que 59% dos espanhóis admitem que usam pirataria para assistir jogos do campeonato pelo menos uma vez por mês, o que leva a perdas entre 600 e 700 milhões de euros (R$ 3,7 bilhões e R$ 4,3 bilhões) para as equipes espanholas anualmente.

O território espanhol tem 25% a mais de conteúdos piratas em comparação à média dos vizinhos da União Europeia. Entre 2021 e 2023, essas transmissões ilegais aumentaram 36,5%.

LaLiga declarou ‘guerra' contra pirataria

O presidente de La Liga, Javier Tebas
O presidente de La Liga, Javier Tebas (Foto: Imago)

Um dos assuntos mais abordados pelo presidente de LaLiga, Javier Tebas, tem sido o combate à pirataria. A organização da liga espanhola trata o assunto como uma prioridade e está investido nisso. Segundo a agência “EFE”, eles criaram uma série de inovações na área, como “ferramentas de monitoramento automatizadas que permitem o bloqueio dinâmico de endereços IP, a desativação de domínios piratas e a remoção de conteúdo ilegal em redes sociais e plataformas de streaming”.

— A LaLiga não só combate a fraude digital por meio da tecnologia, mas desenvolveu uma estratégia abrangente que aborda o problema a partir de quatro pilares fundamentais: tecnologia, medidas judiciais, ação institucional e conscientização — explicou o campeonato à “EFE”.

A “cruzada” contra os conteúdos ilegais fez Tebas acusar até Vinicius Júnior de pirataria ao publicar uma foto assistindo um jogo do Real Madrid na Champions League em uma transmissão brasileira — que foi negado pelo staff do jogador.

Em outra declaração lamentável, o mandatário chegou a comparar pirataria com sexo infantil.

Se você for ao Google e colocar ‘quero comprar cocaína' ou ‘sexo infantil' não aparece nada. Mas se colocar ‘futebol esporte grátis' aparece sim. Alguns são crimes mais graves, mas com outros [delitos] assim, que é roubo, não estão fazendo o mesmo [para combater] — disse Tebas em abril do ano passado.

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LaLiga também faz ações no Brasil

Em fevereiro deste ano, a liga espanhola anunciou uma parceria com a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) para combater a pirataria na transmissão dos jogos.

— O combate à fraude audiovisual está no DNA de LaLiga. Há anos, desenvolvemos soluções inovadoras para a proteção de nossos conteúdos e colaboramos com organismos internacionais para erradicar a fraude AV. O Brasil é uma prioridade nessa luta, e essa parceria com a ABTA nos permitirá dar mais um passo na proteção dos direitos audiovisuais na região — disse Guillermo López, Diretor de Operações Antifraude Digital e Audiovisual de LaLiga.

— O apoio de uma organização de alcance mundial como a LaLiga é uma importante contribuição à nossa missão de manter um ecossistema audiovisual seguro e sustentável. É também um reconhecimento aos avanços que tornaram o Brasil uma referência internacional no combate à pirataria audiovisual, graças à cooperação público-privada — reforçou o presidente da ABTA, Oscar Simões.

Foto de Carlos Vinicius Amorim

Carlos Vinicius AmorimRedator

Nascido e criado em São Paulo, é jornalista pela Universidade Paulista (UNIP). Já passou por Yahoo!, Premier League Brasil e The Clutch, além de assessorias de imprensa. Escreve sobre futebol nacional e internacional na Trivela desde 2023.
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