Com Diego Alonso balançando (sim, já), Sevilla começou a procurar novo treinador
Segundo o Marca, o técnico uruguaio terá os próximos dois jogos para tentar salvar o emprego, mas, por via das dúvidas, o Sevilla já começou a explorar o mercado
Diego Alonso balança como treinador do Sevilla. Isso não é exatamente um segredo. Desde que substituiu José Luis Mendilibar, em outubro, não conseguiu vencer uma partida em La Liga, com quatro empates e uma derrota, e perdeu duas vezes para o Arsenal pela Champions Legue. Segundo o jornal espanhol Marca, a próxima semana, com duas partidas em casa, será decisiva para o uruguaio, e, por via das dúvidas, o clube já começou a sondar o mercado.
De acordo com o jornal espanhol, o Sevilla dará a Alonso a chance de sair do buraco nos próximos dois jogos, contra o PSV, pela Champions League, e Villarreal, por La Liga. Mas, por via das dúvidas, já “começou a se mexer no mercado”, procurando pelo menos um treinador, descrito pelo Marca como “estrangeiro, com passado em La Liga e que poucas vezes fica sem time”. A primeira resposta, porém, foi negativa.
Segundo a publicação, atualmente, um projeto como o do Sevilla, “com tantas incertezas”, não é exatamente atraente. Além disso, as condições da proposta são “pouco sedutoras”, com um salário de médio a baixo e contrato apenas até o fim da temporada. Se Alonso for mesmo demitido, e não houver ninguém de calibre disposto a assumir a bronca, o Sevilla deve olhar para “alguém da casa”.
O Sevilla é o 15º colocado do Campeonato Espanhol e está apenas quatro pontos acima da zona de rebaixamento. A classificação às oitavas de final da Champions League é um sonho distante, a três pontos de Lens e PSV, faltando duas rodadas. Precisará superar um deles para pelo menos continuar a trajetória europeia na Liga Europa.
Um projeto à deriva
O projeto do Sevilla, entre os líderes de orçamento e folha salarial de La Liga, é um pequeno caos há aproximadamente um ano. Após três temporadas seguidas terminando em quarto lugar, um começo ruim custou o emprego de Julen Lopetegui. O retorno de Jorge Sampaoli foi um desastre. Mendilibar foi convocado como um especialista em apagar incêndios e precisou de apenas algumas semanas para afastar o risco de rebaixamento.
Mendilibar foi além do esperado e trouxe mais um título da Liga Europa para o Ramón Sánchez Pizjuán. Uma trajetória mágica tanto para sua carreira quanto para o Sevilla, mas também meio que o obrigou a continuar com o treinador, fosse esse o plano ou não. Para piorar, o lendário diretor Monchi, arquiteto da estratégia de mercado que fundamentou os últimos 20 anos do clube, saiu para o Aston Villa. O espanhol Victor Orta, ex-Leeds, foi trazido para o seu lugar.
A janela foi modesta. Mendilibar disse que sabia que não seria possível fazer grandes investimentos, mas queria pelo menos manter o time que havia conquistado a Liga Europa. Nem isso foi possível, com o goleiro Bono vendido ao Al-Hilal, da Arábia Saudita. O lateral esquerdo Marcos Acuña ficou próximo do novo clube de Monchi, mas acabou permanecendo. O Sevilla fez apenas algumas apostas em jogadores baratos ou sem taxa de transferência. E trouxe de volta o experiente Sergio Ramos, quase no fechamento do mercado.
O conto de fadas de Mendilibar chegou ao fim no começo de outubro. Com apenas oito pontos em oito rodadas, o Sevilla queria evitar uma nova briga pelo rebaixamento e decidiu pela mudança. Alonso, ex-treinador da seleção uruguaia, foi uma aposta de Victor Orta que ainda não se pagou. Além dos maus resultados, assustam declarações como a que ele deu após a derrota para a Real Sociedad no fim de semana, dizendo que foi a “sua melhor partida” até agora. E se realmente fracassar, de acordo com o Marca, a posição do diretor ficará “muito danificada”.