Atlético de Madrid tem na Copa do Rei o rival dos sonhos para sair do pesadelo que entrou em La Liga
O Atlético de Madrid fez ótimo início de temporada, mas decaiu nos últimos jogos e estreia na Copa do Rei para deixar dezembro tenebroso para trás
O Atlético de Madrid tem uma chance e tanto de se recuperar da doída derrota para o Girona, num jogaço que terminou 4 a 3, por La Liga, neste sábado (6). Isso porque a equipe comandada por Diego Simeone terá pela frente seu primeiro desafio na Copa do Rei e o adversário, pelo menos à primeira vista, é bastante tranquilo: os colchoneros jogam contra o Lugo, equipe que atualmente está na terceira divisão da Espanha.
Contra um adversário mais fraco, o Atlético de Madrid pode nem precisar de todos seus titulares para se recuperar do baque sofrido diante do Girona. A derrota para o atual segundo colocado do Campeonato Espanhol jogou o Atleti de Simeone para uma incômoda quinta colocação, que renderia ao time, se o torneio terminasse agora, apenas a vaga na Liga Europa. Então, para retomar o caminho das vitórias e alcançar o resultado positivo pela primeira vez em 2024, nada melhor do que um adversário mais frágil.
O potente ataque do Atlético de Madrid encara um time da terceira divisão — e isso pode ser ótimo para eles
Para encarar o frágil Lugo, o Atlético de Madrid conta com algo que não tem sido seu principal destaque nos últimos anos, mas virou a grande marca da equipe na atual temporada: o seu poderio ofensivo. Acostumado a se destacar pela força de sua defesa, o Atleti de Simeone tem sido um dos ataques mais positivo das grandes ligas da Europa e um dos melhores da fase de grupos da Champions League, o que cria esperanças para o duelo pela Copa do Rei.
O jogo contra o Girona, por mais dolorido que tenha sido, mostrou essa capacidade colchonera de produzir bons números ofensivos. Com os três gols feitos no duelo, todos anotados pelo atacante espanhol Álvaro Morata, o Atlético de Madrid chegou a 39 gols em 19 partidas disputadas em La Liga, uma média de mais de dois gols feitos por jogo. E a maior parte desse poderio ofensivo foi construído diante de adversários mais fracos.
Pela Champions League, por exemplo, os 6 a 0 diante do Celtic foram um recital do atacante francês Antoine Griezmann, um dos melhores jogadores colchoneros na temporada. Talvez tenha sido a melhor partida do time na temporada, mostrando todas as armas do jogo de transição que tem marcado esta nova fase do Atlético de Madrid de Diego Simeone. Em La Liga, o jogo que mais chamou atenção foi o 7 a 0 diante do Rayo Vallecano, bem no começo da temporada, ainda na terceira rodada da competição. Por isso, contra o Lugo, a expectativa é que o poder ofensivo volte a dar mostrar e o Atleti volte a triunfar.
Quem diria, Atlético de Madrid precisa se atentar mais na hora de defender
E nesta inversão da lógica recente do Atlético de Madrid, o que preocupa Diego Simeone e a torcida no momento é justamente a instabilidade defensiva que o time vem demonstrando, muito por sua forma agressiva de jogar no campo ofensivo. Contra o Girona, novamente, fez três gols, mas sofreu quatro, o que não era praxe para o time nos últimos anos. E a média de tentos levados tem chamado a atenção negativamente.
O time comandado pelo treinador argentino fez seis jogos desde o começo de dezembro pelo Campeonato Espanhol e tomou 11 gols, uma média de quase dois levados por partida, altíssima. Destes seis duelos disputados desde o começo do mês passado, o Atlético de Madrid passou em levar gols apenas em um, no dia 23 de dezembro, contra o Sevilla, um dos piores times de La Liga no momento. Um sinal de alerta para um time que, contra o Lugo, hoje, não deve ter dificuldades, mas que precisa achar o equilíbrio se quiser ter chances de triunfos relevantes na metade final da temporada.