Após duas viradas, herói improvável dá título ao Barcelona e aproxima Ancelotti da Seleção
Barça supera rival Real Madrid por 3 a 2 em jogaço e é campeão da Copa do Rei

Após 120 minutos, duas viradas e cinco gols, a caótica final da Copa do Rei terminou com título do Barcelona neste sábado (26). Frente ao maior rival Real Madrid, os Culés saíram vencendo no Estádio de La Cartuja, sofreram uma remontada e conseguiram outra, para finalizar o 3 a 2 na prorrogação. A 32ª taça da competição ao Barça, também podendo representar o fim da era Carlo Ancelotti no Santiago Bernabéu.
A emissora “Sky Sports” publicou na última semana que o italiano pode sair logo após a decisão em caso de derrota, exatamente como aconteceu hoje, provavelmente com rumo ao comando da seleção brasileira. Ao menos ao treinador, ele tentou e fez a diferença para os Merengues.
Após tomar o 1 a 0 em golaço de Pedri, o Real se transformou no segundo tempo com mudanças de Carletto e virou pelos pés de Mbappé, em inédito gol de falta na carreira, e Tchouaméni, de cabeça após escanteio de Arda Güler. O Barça parecia vencido, mas encontrou ânimo para empatar com Ferran Torres após outra assistência de Lamine Yamal.
Em uma prorrogação com tudo mundo cansado, Modric e Brahim Díaz se desentenderam em uma saída de bola, o lateral-direito Jules Koundé roubou a bola e marcou um belo gol de fora área. Confirmou a terceira vitória dos Culés sobre o rival na temporada (4 a 0 por LaLiga e 5 a 2 na final da Supercopa da Espanha), chegando a 12 a 4 no agregado.
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— FC Barcelona (@FCBarcelona) April 26, 2025
O último El Clásico da temporada acontece em 11 de maio, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, decisivo para confirmar o título catalão ou colocar o Real mais próximo da briga, já que está quatro pontos atrás do Barça.
Barcelona poderia ter feito mais no 1º tempo
O gol aos 27 minutos deu justiça na primeira parte do jogo, já que apenas um lado tinha jogado até ali. Antes de marcar, o Barça rondava a área rival, buscava espaço pelos lados do campo e encontrava dificuldades por dentro. Tanto que, a melhor grande chance, tinha sido uma cabeçada de Koundé que exigiu defesa de Courtois. Além disso, o time tinha levado perigo com um chute rasteiro de Yamal e cruzamentos que atravessaram a área sem ninguém para tocar.
Após marcar, o lado azul e grená viu sua posse de bola diminuir, mas continuou a criar. Raphinha chutou cruzado e Courtois teve que ir ao chão defender. Dani Olmo, em escanteio, conseguiu superar o goleiro em batida cruzada que ninguém tocou, mas a bola bateu na outra trave e a defesa tirou.
O Madrid, até o 1 a 0, só tinha atacado uma vez. Em jogada de Vinicius Júnior, Fran García chutou em cima da marcação aos 22 minutos. Em desvantagem, o time de Ancelotti saiu mais e até assustou. Teve um gol bem anulado de Bellingham por impedimento e um pênalti de Vini pelo mesmo motivo.

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Real Madrid melhora e vira, mas Yamal muda rumo da etapa final
As mudanças de Ancelotti, primeiro no intervalo com a entrada de Mbappé (na vaga de Rodrygo) e depois com Modric e Güler, transformaram o jogo. O Real passou a ser vertical e extremamente perigoso no ataque. Bellingham era o melhor e conduzia o time. Em oito minutos, colocou Vinicius Júnior na cara do gol, onde o brasileiro chutou duas vezes e Szczesney salvou ambas. O arqueiro polonês também parou o centroavante dos Merengues, outro acionado pelo meia inglês.
Vini ainda teve outra oportunidade, quando limpou Koundé e Gerard e chutou fraquinho, para zaga tirar. Essas finalizações construíram o caminho para virada sensacional do Madrid, iniciada aos 25 e consumada aos 31.
O Barça, nas cordas com a pressão rival, viu Raphinha desperdiçar vários ataques com chutes sem direção. A equipe parecia sem forças, mas conseguiu o gol com um passe mágico de Yamal. Antes, o jovem espanhol quase tinha ele mesmo empatado com um chute colocado, defendido por Courtois com perfeição. Os minutos finais foram quentes, com pênalti de Asencio em cima de Raphinha anulado com ajuda do VAR.
Queda física marca prorrogação
Os 30 minutos finais de jogo ficaram marcados pelos jogadores quase que com a língua de fora de tanto cansaço, tamanha a intensidade do jogo. Até por isso, foram poucas as chances na prorrogação. O Real só chegou em um chute torto de Brahim Díaz.
Antes de marcar, o Barça se aproximou com Ferran Torres, tendo até um gol anulado por impedimento. Aos 10 da segunda parte do tempo extra, apareceu Koundé para confirmar o título.