Concacaf

Num festival de seleções pequeninas, São Cristóvão e Neves pintou a zebra para cima de Curaçao nas preliminares da Copa Ouro

Curaçao é uma das seleções de maior crescimento recente na Concacaf, mas não disputará a Copa Ouro ao ser eliminada por São Cristóvão e Neves

A Copa Ouro começa no próximo final de semana, mas nem todos os seus participantes estão confirmados. Ainda restam três vagas, que serão definidas nos próximos dias, através das preliminares. E a chance de surpresas é genuína, especialmente após o primeiro dia de competição. Nesta sexta-feira, São Cristóvão e Neves conseguiu um resultado inesperado em busca de sua inédita participação no torneio da Concacaf. Os Sugar Boyz eliminaram nos pênaltis Curaçao, uma das seleções de ascensão mais marcante no Caribe durante a última década. Com isso, os são-cristovenses estão a um jogo da classificação.

As preliminares da Copa Ouro contam com três mata-matas paralelos. As 12 equipes envolvidas se dividem em três chaves, com semifinais e final organizadas em jogo único. O vencedor de cada mini-torneio estará na fase de grupos da Copa Ouro. Para facilitar, todas as partidas acontecem em campo neutro, na cidade americana de Fort Lauderdale.

A grande surpresa ficou para a eliminação de Curaçao, que reunia em campo nomes importantes como Cuco Martina, Vurnon Anita, Leandro Bacuna, Juninho Bacuna e Jürgen Locadia. São Cristóvão e Neves empatou por 1 a 1 e depois venceu por 3 a 2 nos pênaltis. Os favoritos até abriram o placar com um chute rasteiro de Locadia aos 22 minutos, mas Tyquan Terrell empatou para os são-cristovenses aos 38 do segundo tempo, com uma paulada no ângulo. Destaque do time e jogador do Cardiff City, Romaine Sawyers até perdeu o primeiro pênalti dos Sugar Boyz. Entretanto, todo mundo da equipe fez na sequência e Curaçao desperdiçou três, com o goleiro Julani Archibald se tornando o herói após duas defesas. Leandro Bacuna isolou a última.

São Cristóvão e Neves ocupa o 139° lugar do Ranking da Fifa e disputou a terceira divisão da Liga das Nações da Concacaf em 2022/23. A classificação para a Copa Ouro seria uma façanha para o país de 47 mil habitantes. Na decisão das preliminares, o oponente será Sint Maarten ou Guiana Francesa – a favorita, treinada atualmente pelo ex-atacante Jean-Claude Darcheville.

Em outro duelo das preliminares, Martinica derrotou Santa Lúcia por 3 a 1. Karl Fabien abriu o placar para os martinicanos, enquanto Reeco Hackett-Fairchild empatou. No segundo tempo, Brighton Labeau e Patrick Bruner confirmaram o triunfo dos Matininos. Martinica não faz parte da Fifa, mas sim da Concacaf e já disputou sete vezes a Copa Ouro. Tenta sua quarta participação consecutiva. Seu adversário na decisão das preliminares será Porto Rico ou Suriname – os favoritos, sob as ordens de Aron Winter e reunindo vários jogadores com passagens pelas seleções de base da Holanda, entre eles o atacante Sheraldo Becker, destaque do Union Berlim.

Por fim, Guadalupe não tomou conhecimento dos oponentes e goleou por 5 a 0 Antígua e Barbuda – que não participaria das preliminares, mas entrou no lugar da Nicarágua, após punição pelo uso irregular de jogadores. Steve Solvet, Jordan Tell, Steven Davidas, Luther Archimède e Matthias Phaëton balançaram as redes. Guadalupe também não compõe a Fifa, mas disputou a Copa Ouro quatro vezes, inclusive a última edição. Seu oponente sairá do confronto entre Granada e Guiana – ambas com participações recentes na Copa Ouro.

A Copa Ouro teve sua classificação atrelada à Liga das Nações. O Grupo A terá Estados Unidos, Jamaica e Trinidad & Tobago, além de uma seleção das preliminares. O Grupo B reúne México, Haiti, Honduras e o convidado Catar. O Grupo C conta com Costa Rica, Panamá, El Salvador e mais um time do qualificatório. Por fim, o Grupo D alinha Canadá, Guatemala, Cuba e mais uma repescada.

Foto de Leandro Stein

Leandro Stein

É completamente viciado em futebol, e não só no que acontece no limite das quatro linhas. Sua paixão é justamente sobre como um mero jogo tem tanta capacidade de transformar a sociedade. Formado pela USP, também foi editor do Olheiros e redator da revista Invicto, além de colaborar com diversas revistas. Escreveu na Trivela de abril de 2010 a novembro de 2023.
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