Brasileirão Série B

Desempenho do Santos na Série B arranha semanalmente a imagem de Fábio Carille

Alvinegro é um time previsível que não consegue envolver nenhum dos seus adversários na competição

A Série B do Campeonato Brasileiro entrou na sua reta final. Restam dez rodadas para o término da competição e para o duplo martírio do torcedor do Santos. Duplo, porque o retorno à elite do futebol nacional deve se confirmar, e porque ninguém aguenta mais assistir o arrastado futebol apresentado pelo time do técnico Fábio Carille.

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Único grande clube da Série B e dono da maior folha salarial desta edição, o Santos é um time completamente previsível e que se limita a jogar pelos lados do campo, como se pôde ver, mais uma vez, no empate por 1 a 1 com o Novorizontino.

 
Publicação de @santosfc
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Independentemente do local e da qualidade do adversário.

Neste momento pode não parecer, mas Carille é quem sairá dessa amarga experiência alvinegra com a imagem mais arranhada.

Afinal, o Peixe vai subir. Com ou sem o título. E isso é o que realmente importa para o torcedor e para o clube.

O acesso também é importante para o treinador. Ocorre que a superficialidade do trabalho, a limitação tática e o fardo que é acompanhar as atuações do Santos depõem muito contra Carille.

Improvável permanência no Santos

É explícito que há meses o torcedor do Peixe não aprova a proposta de jogo definida pelo técnico.

Vaias para o treinador antes do início das partidas, na Vila Viva Sorte, já viraram rotineiras. 

E elas se tornam ainda mais fortes após empates ou derrotas com apresentações pífias, como, por exemplo, ocorreram diante de Sport, Avaí, Ponte Preta e Novorizontino.

Diante de tal insatisfação do torcedor, é improvável que o presidente Marcelo Teixeira, ainda que exista uma renovação automática prevista em contrato, em caso de acesso, inicie a temporada 2025 com Carille no comando.

Alguns passos atrás na carreira

Toda a improdutividade e incapacidade demonstradas pelo Santos nesta Série B irão se refletir no mercado de trabalho para o treinador, que recebe aproximadamente R$ 400 mil por mês no Peixe.

Sem entrar no mérito salarial, não há no atual time alvinegro um mísero ponto positivo que possa chamar a atenção e fazer qualquer dirigente de um grande clube brasileiro se interessar na contratação de Carille.

Vale salientar que o treinador diz ter participado e aprovado todas as contratações feitas pela diretoria, além de ter contado com tempo para passar as suas ideias de jogo ao elenco, uma vez que o Santos disputou apenas duas competições em 2024 — Campeonato Paulista e Série B.

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O elenco, aliás, sempre que pode sai em defesa do comandante. Nada disso, porém, fez o Peixe ‘nadar' com naturalidade na maior parte do ano. A postura nas partidas é sempre a mesma: engessada e sonolenta.

Em razão de tudo isso, a tendência é ver Carille dar alguns passos para trás na carreira, e trocar o CT Rei Pelé por algum complexo esportivo menos badalado do futebol brasileiro.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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