Apesar da crise do Santos, Carille entende que trabalho deve seguir ‘a mesma linha’
Com a derrota para o Operário, Peixe viu a sua sequência de jogos sem vitórias subir para quatro

O Santos vive o seu pior momento no ano. A derrota desta sexta-feira (14), em Ponta Grossa, para o Operário, por 1 a 0, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro representou o quarto jogo seguido sem vitórias e tirou o Peixe, pela primeira vez, do G4 da competição. Apesar disso, o técnico Fábio Carille entende que o trabalho tem que seguir na mesma linha.
Em entrevista coletiva após o confronto, o treinador alvinegro tentou justificar o mau momento alvinegro na perda de jogadores importantes, como os casos de Guilherme e Julio César Furch, ambos por lesão. Mas a verdade é que o problema do Santos atualmente vai muito além das ausências desses dois jogadores.
O que Carille falou após a derrota?
Com 15 pontos conquistados, o Santos ocupa a 6ª colocação na tabela e pode ser ultrapassado por alguns concorrentes no complemento da rodada. A situação é tão preocupante, que nem o treinador consegue entender o que está de fato acontecendo com os seus comandados.
— O trabalho segue a mesma linha. Perdemos jogadores importantes do nosso setor ofensivo. Trouxemos jogadores que não eram nem para estar aqui, para falar a verdade, pelo tempo ausente. São os casos do Furch e do Guilherme. Eles vieram pela necessidade do jogo. Tomamos o gol de bola parada. Sabemos que bola parada define. Depois do gol do Operário, não sei o que aconteceu, não consegui ter uma visão muito legal. Nos perdemos um pouco no primeiro tempo. Não sei se bateu nervosismo. Poderíamos trocar passes com mais qualidade e não conseguimos. No segundo tempo fomos para o abafa, a bola passou muito pela área do adversário. Com o Gil, Furch, Serginho chutando, Joaquim na trave. Buscamos a pressão com a característica dos nossos jogadores, mas infelizmente não conseguimos fazer o gol para, pelo menos, sair com um ponto daqui — declarou o treinador.
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Cobranças da torcida vão aumentar
Antes da viagem para Ponta Grossa, o elenco alvinegro viu as primeiras cobranças da torcida por conta dos péssimos resultados aparecerem. Além de um protesto na rodovia Washington Luiz, após a derrota por 3 a 1 para o Novorizontino, na madrugada de sábado passado (8), duas das principais torcidas organizadas do clube foram no CT Rei Pelé conversar com os jogadores.
Sem resultado positivo contra o Operário, Carille sabe que a pressão vai aumentar. Apesar disso, acredita que o apoio e acompanhamento da diretoria serão importantes para superar o momento de turbulência.
— Futebol é resultado. Sabemos disso. Temos uma diretoria que está muito próxima e acompanha tudo que eu faço, meu dia a dia, o que a gente passa e faz. Eles são muito presentes, isso é muito importante. Mas a gente sabe que o futebol é resultado — declarou Carille.