Após acesso, Carille reconhece que Santos está com planejamento para 2025 atrasado
Presidente do Peixe, Marcelo Teixeira não concorda com a opinão do treinador sobre a próxima temporada
Ainda sem discutir o seu futuro no Santos com o presidente Marcelo Teixeira, o técnico Fábio Carille admitiu, após a vitória sobre o Coritiba, que garantiu matematicamente o retorno do Peixe à Série A do Campeonato Brasileiro, que o clube está com o planejamento para 2025 atrasado.
O Santos venceu o Coxa por 2 a 0, no Couto Pereira, na noite desta segunda-feira (11), com gols de Wendel Silva e Otero. O resultado fez o time da Vila Belmiro alcançar os 68 pontos e, na primeira colocação da tabela da Série B, abrir cinco de vantagem para o Mirassol, segundo colocado.
Carille vê o Santos com planejamento atrasado
Em entrevista coletiva após a vitória que recolocou o Santos na elite do futebol nacional, Carille afirmou que, agora com o objetivo alcançado, irá conversar com a diretoria sobre o futuro para que o clube, entre outras questões, não perca mais tempo visando a temporada de 2025.
— Vamos pensar. O jogo acabou agora, e só tivemos comemoração até aqui. Não deu para pensar nada ainda. Nos próximos dias vai sair uma definição. Eu penso que o Santos está muito atrasado em relação ao planejamento de 2025. Não podemos perder mais tempo. Se vou continuar ou não, não é o problema. O importante agora é todo mundo pensar no Santos e começar a direcionar muitas coisas para 2025 — disse o treinador do Peixe.
O presidente Marcelo Teixeira, porém, não concordar com tal visão do treinador. E, segundo o mandatário, o Santos está na velocidade adequada para montar um bom elenco em 2025.
— — Não estamos atrasados, estamos numa velocidade boa. O ritmo que nós queremos, nós vamos colocar em prática. Em 2025, com toda a responsabilidade que o Santos possui nessa reconstrução, vamos voltar diferente para a próxima temporada na Série A — disse o dirigente.
Santos sentiu a responsabilidade da Série B
Com o pesadelo da Série B superado, Carille também reconheceu que, diferentemente do Campeonato Paulista, o Santos sentiu a responsabilidade de ter o retorno à Série A como obrigação.
— No Campeonato Paulista, não tínhamos responsabilidade nenhuma. O time jogava mais solto. Tivemos uns 10 jogos em um nível legal. Na Série B, tínhamos obrigação. Muitas vezes esse peso atrapalhou, sim. A responsabilidade de ter que ganhar e de ter que voltar pesou. Claro que é diferente a cobrança. Se tivéssemos chegado às quartas de final do Paulista, ninguém ia falar nada. A cobrança estaria no Brasileiro. Com certeza, não só para mim, mas para os jogadores dentro de campo, tiveram momentos que não soubemos administrar esse peso — falou o técnico.
— Mas, no final, deu tudo certo. O Santos está de volta. Muitas coisas estavam erradas no clube e uma hora a conta chega. Não vamos agora falar que nunca devia ter caído. Eu participei em 2021 e já tinham coisas erradas. Uma hora a conta ia chegar e chegou em 2023. Muito feliz por esse objetivo, mais um na minha carreira — completou o treinador.
De olho no título da Série B
A partir de agora, o Santos passa a se concentrar na conquista do título da Série B.
O próximo compromisso do Peixe na competição será disputado no domingo (17), na Vila, diante do CRB, às 16 horas (horário de Brasília).
Existe a expectativa de que o atacante Neymar aceite o convite da diretoria e assista ao jogo em um dos camarotes do estádio.
