São Paulo para de evoluir após título da Supercopa, e Carpini lida com primeira turbulência no cargo

Thiago Carpini fez história pelo São Paulo antes mesmo de completar um mês no clube, com a quebra do tabu contra o Corinthians em Itaquera e o título inédito da Supercopa do Brasil, com vitória sobre o Palmeiras. Mas o que era um início de trabalho irretocável, capaz de encher os são-paulinos de esperanças para o 2024 em que o clube volta à Libertadores… Estagnou – para não dizer que regrediu.

Depois de dois feitos inéditos que o fizeram sonhar acordado, Carpini deparou no último sábado (17) com a realidade da primeira turbulência e das primeiras vaias no cargo. Elas ecoaram no MorumBIS no intervalo do empate em 2 a 2 com o Red Bull Bragantino, pelo Campeonato Paulista. A reação da torcida teve a ver com a atuação do primeiro tempo. O Tricolor viveu seus piores minutos com o treinador e foi para o intervalo com uma derrota parcial por 1 a 0.

Na segunda etapa, veio uma reação que seria heroica, com uma virada construída por Erick e Calleri… Até o Massa Bruta empatar novamente. Tudo isso ocorreu no intervalo de nove minutos, já com acréscimos rolando. O São Paulo, é bem verdade, teve muitos desfalques. Mas o empate contra um Bragantino que foi a campo com time reserva joga luz para os problemas da equipe, além de ameaçar a classificação no Campeonato Paulista (confira a situação no estadual abaixo).

Este São Paulo que sofre com seis jogadores no departamento médico (dos quais, três laterais) vive uma sequência de três jogos sem vitórias, com duas derrotas seguidas antes do empate diante do Bragantino. O Tricolor só venceu uma das últimas cinco partidas – o 3 a 0 sobre o Água Santa. Carpini sabe que está respaldado no cargo e que o momento é de implementar suas ideias e fazer a equipe se adaptar a novas mecânicas de atuação. Mas ele sabe também que é muito mais fácil (e seguro) construir esta evolução em um caminho de resultados positivos.

– A atmosfera é muito contagiada do resultado momentâneo da partida. Apesar de nós, enquanto profissionais, avaliarmos outros aspectos. Tivemos um início ruim. Tivemos chances claras de gol, faltam detalhes. O entrosamento por modificar por necessidade. Depois, a gente erra um detalhe, toma um gol. Não consegue se encontrar, a equipe adversária é melhor no primeiro tempo. É compreensível a chateação do torcedor, é a mesma que a nossa. Sabemos como foi nosso vestiário no intervalo – disse o treinador após o empate com o Bragantino.

Desfalques atrasam trabalho de Carpini

É impossível falar da instabilidade vivida pelo São Paulo sem mencionar os muitos desfalques que se acumulam a cada rodada no clube. Contra o Red Bull Bragantino, Carpini escalou a nona equipe diferente em nove jogos até agora. Totalmente a contragosto. O treinador afirmou na entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Santos que gostaria de manter o mesmo time em campo para acelerar a implementação de suas ideias e o entendimento de movimentos e da mecânica de jogo com uma equipe mais próxima do que ele considera “ideal”.

A realidade, porém, é de um São Paulo que perde jogadores a cada partida. Contra o Bragantino, Arboleda foi expulso, e Diego Costa recebeu o terceiro cartão amarelo. Os dois são desfalques no duelo com a Inter de Limeira. E se juntam a uma longa lista de desfalques no departamento médico. Especialmente, na lateral direita.

Próxima partida: Guarani x São Paulo, no domingo (25), às 18h, no Brinco de Ouro, pelo @Paulistao.#VamosSãoPaulo ?? pic.twitter.com/IuPW8jAmXn

— São Paulo FC (@SaoPauloFC) February 17, 2024

O São Paulo teve baixas por problemas médicos em três dos cinco últimos jogos. Rafinha sentiu lesão na final da Supercopa, Wellington Rato virou baixa na derrota para a Ponte Preta, e Moreira sequer conseguiu entrar em campo na derrota para o Santos. Apenas na vitória sobre o Água Santa e no empate com o Bragantino, o Tricolor passou ileso.

Ao todo, o São Paulo tem hoje seis jogadores no departamento médico. Metade deles, na lateral direita, o setor que mais sofre com baixas. A situação é tão crítica, que o jovem Igor Felisberto, de 16 anos, é o único atleta da posição à disposição. E ele sequer estreou pelo clube. Por isso, Thiago Carpini foi obrigado a improvisar Bobadilla novamente na lateral direita contra o Bragantino. Mas o técnico, ao menos tem esperanças de contar com Igor Vinicius, Lucas Moura e Wellington Rato contra o Guarani.

– O São Paulo teve um início de temporada muito difícil, com uma decisão em 15 dias, e um clássico que nunca tinha vencido. Muita boa coisa acontecendo. O reflexo é isso. Sete jogadores no DM, dos sete, quatro ou cinco com jogadores muito grande. O bom é a gente aproveitar o máximo essa semana. Com possibilidade real de retornos de Lucas, Igor e Wellington Rato – disse o treinador.

Desfalques do São Paulo:

• Rodrigo Nestor (cirurgia no joelho esquerdo);
• Igor Vinicius (edema na coxa direita);
• Lucas Moura (lesão muscular na coxa esquerda);
• Rafinha (lesão na perna esquerda);
• Rodriguinho (entorse no tornozelo direito);
• Wellington Rato (lesão na coxa esquerda)
• Arboleda (suspneso);
• Diego Costa (suspenso).

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São Paulo ameaçado no Grupo D

O São Paulo chega a 14 pontos e dorme na liderança do Grupo D, com 14 pontos e um jogo atrasado da quinta rodada a ser disputado contra a Inter Limeira. Mas o Tricolor pode ser ultrapassado por São Bernardo e Novorizontino e acabar a rodada fora da zona de classificação.

> Os próximos jogos do São Paulo:

• 25/02/2024 – Guarani x São Paulo, às 18h (horário de Brasília), no Brinco de Ouro da Princesa;
• 28/02/2024 – Inter de Limeira x São Paulo, às 21h35 (horário de Brasília), no Mané Garrincha;
• 03/03/2024 – São Paulo x Palmeiras, às 20h (horário de Brasília), no MorumBIS.