São Paulo confirma MorumBis por três temporadas: o “S” mais rentável da história do clube tricolor
Pelo acordo, o clube Tricolor vai receber R$ 75 milhões por três anos, para apenas adicionar uma letra na grafia do nome popular do estádio
O São Paulo e a multinacional norte-americana Mondeléz serão mesmo parceiros a partir de 2024. Por conta da venda dos naming rights do estádio Cícero Pompeu de Toledo, a casa tricolor passará a ser chamado de MorumBis.
A empresa do ramo de alimentos, entre outras, é proprietária da tradicional Lacta, dona da marca de chocolates Bis. E foi por isso que o nome foi escolhido.
Pelo acordo, o clube vai receber R$ 75 milhões por três anos para que o nome seja alterado. Tal montante é superior ao que a seguradora Allianz e Hypera Pharma, dona da Neo Química, pagam, respectivamente, para Palmeiras e Corinthians. Os contratos dos rivais, porém, são de 20 anos e geram R$ 300 milhões cada um.
Inicialmente, o acordo do São Paulo com a Mondeléz será válido por três anos, até o fim do mandato do recém-reeleito presidente Julio Casares.
O “S” mais rentável do mundo do futebol
Ainda sem conhecer detalhes do acordo, é difícil imaginar algo mais rentável e confortável para o clube, pensando em acordos do tipo. Diferentemente de outros contratos de naming rights, o novo nome do estádio muda pouco o nome pelo qual o local já é conhecido.
O Allianz Parque, por exemplo, chamava-se oficialmente Estádio Palestra Itália, e popularmente, “Parque Antarctica”. O “Parque” do nome escolhido pela Allianz até faz certa alusão ao nome popular, mas insere sua marca de maneira ostensiva e direta.
A Neo Química Arena, assim como a Allianz, já começa por anglicizar o nome da casa do Corinthians, ao colocar a palavra “Arena” no fim da denominação oficial, iniciando a denominação pelo nome da marca.
Já no Morumbi, a Mondeléz basicamente manteve o nome com o qual o estádio já é mundialmente conhecido, apenas mudando muito levemente a sonoridade e a grafia do termo.
Outro ponto diz respeito ao fato de o acordo apenas rentabilizar uma propriedade que já existe. Basicamente, o São Paulo só teve o trabalho de dizer “sim” à proposta.
Ativações de marketing
“Estamos muito felizes com a chegada da Mondelēz Brasil à nossa casa, que agora passará a ser o MorumBIS. O São Paulo é uma marca forte e global, assim como a nossa nova parceira. O Morumbi é um estádio vibrante e ao mesmo tempo tradicional, assim como BIS. A junção dessas duas potências é um casamento perfeito”, afirmou Eduardo Toni, diretor executivo de Marketing do São Paulo.
O contrato entre o clube e a companhia dos EUA prevê também a realização de ativações de marketing dentro e fora do Morumbi. Procurado pela Trivela, o Tricolor preferiu não comentar a negociação.
“É uma imensa felicidade fazer esse anúncio que para nós faz todo sentido. Sabe todos os momentos da nossa vida que pedem bis? Aqueles que queremos repetir e deixam um gostinho de quero mais? Então, assim será o MorumBIS. Mais uma música, mais um show, mais um gol, mais da torcida cantando junto.”, celebra Alvaro Garcia, VP de Marketing da Mondelēz Brasil.
Um argentino na parceria
O argentino Maximiliano Cardoso será o CEO da Mondeléz no Brasil a partir de 1º de fevereiro de 2024 e, portanto, parceiro do São Paulo na empreitada.
Maximiliano trabalha na Mondelez há 23 anos e, atualmente, ocupa a presidência da unidade de negócios Wacam (que engloba os mercados da Colômbia, Peru, Equador, Chile, Caribe e América Central).
O executivo já atuou no mercado brasileiro por duas vezes. A primeira foi de 2007 a 2019, quando se dividiu entre São Paulo e Curitiba para liderar a unidade de Club Social/Savory Biscuit e, a segunda passagem local foi de 2015 a 2017, quando liderou o negócio de Chocolate.