Brasil

Santos doa uniformes para crianças do Congo e tem planos de avaliar garotos

Ao todo, o Peixe enviou, na semana passada, 300 peças oficiais entre camisas, shorts e meiões

Mundialmente conhecido, o Santos, em parceria com a ONG Fraternidade sem Fronteiras, fez a alegria de centenas de crianças de uma escolinha de futebol destinada a órfãos no Congo. Numa iniciativa da própria diretoria, o Peixe doou 100 uniformes para os garotos e pretende avaliar os jovens que se destacarem no projeto para trazê-los às suas categorias de base.

Os uniformes oficiais doados foram compostos por camisas, shorts e meiões. As peças – terceiro uniforme da temporada 2022 – foram enviadas ao continente africano na semana passada.

A camisa doada homenageia um dos momentos mais importantes do futebol mundial, quando o Peixe viajou à Nigéria para disputar uma partida amistosa com a seleção do Meio-Oeste do país africano. O local, que estava em meio a um conflito armado, parou para ver Pelé, o Rei do Futebol, o que consagrou o Santos como o único clube que foi capaz de parar uma guerra.

Teixeira quer dar oportunidade aos congoleses

Presidente do Santos, Marcelo Teixeira afirmou que quer o clube olhando com carinho para esse projeto social visando dar chances para os garotos mais talentosos.

— O continente africano ocupa uma parte importante da nossa história, da qual temos muito orgulho. Por isso, além de ajudarmos um projeto fundamental na região, estamos resgatando uma memória muito rica do futebol. Queremos ainda oferecer a oportunidade de uma nova vida a essas crianças por meio do esporte. Quem sabe o nosso próximo craque não é um desses meninos — disse o mandatário alvinegro.

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Peixe pensa em abrir escolinhas na África

O Santos iniciou essa iniciativa no meio do ano passado, quando tomou conhecimento do trabalho realizado pela ONG e decidiu fazer o envio de 30 camisas para as crianças do local, o que passou a ser desenvolvido desde então.

Além da ação no Congo, o clube estuda a abertura de escolas de futebol em outros países do continente, como Moçambique e Botswana.

— O Santos se tornou o primeiro clube do Brasil a colocar uma ação oficial dentro de uma escolinha de refugiados em um país da África Subsaariana. As crianças ficaram emocionadas com as camisas. Contamos a história para eles e foi muito legal. Outros clubes poderiam fazer projetos parecidos. Há um potencial muito grande de parceria para elevarmos o nível do esporte, promovendo essa integração, apoio e suporte com crianças que jamais teriam isso — explica Evaldo José Palatinsky, voluntário da Fraternidade Sem Fronteiras.

Últimas notícias do Santos:

A República Democrática do Congo sofre com conflitos há mais de 30 anos, em sua região leste. Por possuir uma riqueza em minerais, diversos grupos armados competem pelo poder e controle da nação. A instabilidade no local e as disputas resultam na morte de milhares de pessoas ainda atualmente.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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