Brasil

Sem fator Neymar, Caixinha não coloca teoria em prática e é demitido do Santos

Português não resistiu ao mau início do Peixe no Campeonato Brasileiro

Pedro Caixinha não é mais técnico do Santos. O português não resistiu aos maus resultados do Peixe neste início de Campeonato Brasileiro e foi desligado do clube após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, neste domingo (13), no Maracanã.

Anunciado como técnico do Santos em 23 de dezembro, o treinador deixa o Alvinegro após quatro meses de trabalho e 17 jogos disputados. Ao todo, Caixinha, que levou a equipe até as semifinais do Campeonato Paulista, conquistou seis vitórias, quatro empates e oito derrotas.

O treinador deixa o clube sem ter conseguido usufruir plenamente do “fator Neymar”. Esperava-se que a chegada do craque no início do ano aumentasse a qualidade técnica e coletiva da equipe, mas o atacante ainda não conseguiu engatar uma grande sequência de jogos devido a problemas físicos.

Caixinha não pôde contar com Neymar nem na eliminação para o Corinthians no estadual e nem nos dois primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. O atacante voltou aos gramados apenas no segundo tempo do revés diante do Fluminense, neste domingo.

Mais quatro profissionais deixam o Santos

Profissional de discurso bonito, o português não conseguiu colocar em prática o conhecimento que acumulou ao longo da carreira e que o faz ser visto em Portugal como um técnico de grande currículo acadêmico.

Além do treinador, os auxiliares Pedro Malta e José Pratas, o preparador físico Guilherme Gomes e o preparador de goleiros José Belman também deixam o clube.

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Insistência nas convicções e jogadores

Caixinha olhando as horas enquanto técnico do Santos
Pedro Caixinha, em treinamento no CT do Santos (Foto: Gazeta Press)

De volta à Série A do Brasileirão, o Santos foi ao mercado e efetuou a contratação de 11 jogadores. Em razão do alto investimento, a diretoria do Peixe esperava, além de melhores resultados, um futebol mais vistoso da equipe.

Mas, treinador de convicções muito bem definidas, Caixinha não soube ser flexível com as suas ideias e algumas escalações, e isso, gradativamente, foi desgastando a relação com a diretoria e a torcida do Santos.

Após a derrota, de virada, para o Vasco, na estreia do Campeonato Brasileiro, o presidente Marcelo Teixeira deixou clara a sua insatisfação com a postura da equipe.

— O  time se apresentou relativamente bem, mas perdemos três pontos. Aqui era inadmissível o Santos iniciar uma campanha, em que quer ser protagonista e quer ficar na primeira página do campeonato, com todo o respeito ao Vasco, mas era um jogo para três pontos. O time jogou, fez o primeiro gol, não tivemos tantos problemas em termos defensivos, perdemos algumas oportunidades, mesmo quando estava 1 a 1. Um time que quer chegar na decisão do campeonato entre os primeiros colocados não pode tomar os gols que a gente toma. Infantis! São coisas impressionantes para um time que treina, treina e treina e toma tantos gols de cabeça. Sempre temos dificuldade com bola aérea. Também ofensivamente, quando você pode matar o jogo, tem que matar, Campeonato Brasileiro é isso. É um nível de competitividade muito alto, nós temos que ter essa consciência. Tomará que façamos essa reflexão. O jogo contra o Bahia é para a gente alcançar os três pontos — declarou o mandatário.

Na semana seguinte, os três pontos contra o Bahia não vieram e Caixinha ouviu uma vaia da torcida na Vila Belmiro.

A partir de agora, o Santos analisa o mercado em busca de um substituto para o português.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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