Vaias, ‘sorte’ e armadilha: A noite de Caixinha em Santos x Bahia
Resultado na Vila Belmiro deve ampliar a pressão nos bastidores sobre o técnico português

Em uma partida bastante movimentada, Santos e Bahia empataram por 2 a 2, na Vila Belmiro, na noite deste domingo (6), em confronto válido pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Os gols da partida foram marcados por Thaciano e Diego Pituca para o Peixe, e Erick e Luciano Juba para o Tricolor baiano.
Apesar de ter vibrado com as substituições que levaram o Santos aos dois gols, o pressionado Pedro Caixinha perde, a cada rodada, o apoio do torcedor por conta da sua insistência em jogador que não vive bom momento e incapacidade de tornar a sua equipe bem treinada.
Neymar dá uma passadinha na Vila

Ausente dos gramados desde as quartas de final do Campeonato Paulista por conta de um problema muscular na coxa, o atacante Neymar compareceu ao vestiário do Santos antes do apito inicial, fez uma aparição no gramado durante o aquecimento dos companheiros, mas foi embora antes do início do duelo.
Sem o camisa 10 em campo, a torcida também não se animou a comparecer nas arquibancadas. A partida contou com apenas 8.796 pagantes e isso representou o pior público do Peixe na temporada até o momento.
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Santos cai na armadilha do Bahia
Após as cobranças do presidente Marcelo Teixeira, na semana passada, depois da derrota para o Vasco, o técnico Pedro Caixinha mandou o Santos a campo com uma proposta de iniciar o confronto sufocando o Bahia no campo de defesa.
A ideia, aliás, faz parte de toda a teoria que o treinador português prometeu em sua entrevista de apresentação, mas que raríssimas vezes foram vistas no Peixe em 2025.
Muito mais ajustado, o Bahia, com um time misto, não se afobou com a marcação em linha alta do Santos e, com lucidez, foi suportando a pressão e vendo que era possível aproveitar esse posicionamento alvinegro para explorar os contra-ataques.
E eles foram muito bem aproveitados na primeira etapa. Além do gol de Erick, aos 17 minutos, os comandados de Rogério Ceni quase ampliaram a vantagem com uma finalização que parou no pé da trave.
Desorganizado defensivamente, o Santos olha e reza toda vez que o Bahia parte em velocidade num contra-ataque.
— Bruno Lima (@unollima) April 7, 2025
É basicamente um desespero coletivo
Caixinha mexe na equipe e brilha
Pressionado, Caixinha usou o intervalo para mexer na equipe. Saíram Rollheiser e Barreal para as entradas de Soteldo e Thaciano.
As alterações não agradaram os torcedores presentes na Vila Belmiro, que, ao verem o português voltando para o segundo tempo, o xingaram.
Mas quis o destino que as mexidas de Caixinha surtissem efeito logo nos primeiros minutos da segunda etapa. Depois de um cruzamento de Soteldo, a bola sobrou para Thaciano, que encheu o pé e estufou as redes baianas.
As trocas e o gol animaram o Santos. Sem a desorganização defensiva da primeira etapa, o Peixe se manteve no ataque rondando a área do Bahia.
A equipe até comemorou a marcação de um pênalti, em que a bola bateu claramente no rosto de Luciano Juba, mas o árbitro precisou checar o lance no VAR para anular a infração.

Nova mexida, novo brilho
Satisfeito com o empate e decidido a recorrer apenas aos contra-ataques, o Bahia permaneceu com as suas linhas por toda o segundo tempo e foi castigado.
Ao entender que a virada era viável, Caixinha mexeu mais uma vez no time. Saíram Gabriel Bontempo e Tiquinho Soares, e entraram Diego Pituca e Deivid Washington.
Com escolhas iluminadas durante o jogo, o português viu mais uma alteração funcionar após Diego Pituca, com uma finalização de primeira, da entrada da área, acertar o cantinho esquerdo do goleiro Ronaldo e, aos 36 minutos, virar a partida para o Peixe.
Deivid Washington vacila e Bahia empata
A alegria alvinegra não resistiu até o fim do jogo. Já nos acréscimos, quando o Santos se preparava para comemorar a sua primeira vitória na Série A, o Bahia encontrou o empate.
E a igualdade nasceu num imenso vacilo do atacante Deivid Washington, que, desatento, não dominou uma bola na entrada da área e viu Luciano Juba, na saída de Brazão, empatar mais uma vez o jogo.
Nos acréscimos, o jogo virou uma loucura com as duas equipes tendo boas oportunidades. Mas, o Bahia, sempre chegando ao ataque com organização, enquanto o Peixe recorrendo à correria e individualidade de alguns atletas.
Com o resultado, o Alvinegro termina a rodada na 16ª colocação, com um ponto conquistado, e se prepara para encarar o Fluminense, semana que vem no Maracanã. Já o Bahia, com dois pontos, é o 13º e tem o Nacional, do Uruguai, pela Libertadores, na quarta-feira, como próximo compromisso.