Brasil

Com baixo aproveitamento no Santos, Caixinha vê pressão escalar antes de dura sequência

Após derrota para o Vasco, presidente do Peixe fez forte cobranças ao time e, principalmente, ao treinador português

O Santos reestreou na Série A do Campeonato Brasileiro. O retorno, no entanto, com derrota por 2 a 1 para o Vasco, em São Januário, no último domingo (30), foi frustrante. Tão frustrante a ponto de o presidente Marcelo Teixeira, já na primeira rodada da competição, cobrar publicamente jogadores e, principalmente, o técnico Pedro Caixinha.

Anunciado como técnico do Santos no dia 23 de dezembro do ano passado, Caixinha desembarcou na Vila Belmiro com um discurso bonito, ideias modernas, além da promessa de devolver ao Peixe um futebol propositivo. Independentemente de atuar como mandante ou visitante.

Essa teoria toda, porém, quase não foi vista até o momento.

Já considerando a derrota para o Vasco, Caixinha acumula 14 jogos oficiais (sem contabilizar o amistoso com o Coritiba), com seis vitórias, dois empates e seis derrotas. Isso significa um aproveitamento de apenas 47%.

Ao todo, foram 24 gols marcados (média de 1,7 gol marcado por jogo), 18 sofridos (média de 1,2 gol sofrido por partida) e um saldo de seis.

Caixinha e Sampaio conversando no CT
Pedro Caixinha tenta tornar o Santos mais equilibrado ao lado do auxiliar Cesar Sampaio (Foto: Flickr/SantosFC)

Marcelo Teixeira quer muito mais de Pedro Caixinha…

Convencido de que os números e o desempenho não estão correspondendo às expectativas, o presidente do Santos mandou um recado coletivo duro após a partida. Principalmente para Caixinha.

— O time se apresentou relativamente bem, mas perdemos três pontos. Aqui era inadmissível o Santos iniciar uma campanha, em que quer ser protagonista e quer ficar na primeira página do campeonato, com todo o respeito ao Vasco, mas era um jogo para três pontos. O time jogou, fez o primeiro gol, não tivemos tantos problemas em termos defensivos, perdemos algumas oportunidades, mesmo quando estava 1 a 1. Um time que quer chegar na decisão do campeonato entre os primeiros colocados não pode tomar os gols que a gente toma. Infantis! São coisas impressionantes para um time que treina, treina e treina e toma tantos gols de cabeça. Sempre temos dificuldade com bola aérea. Também ofensivamente, quando você pode matar o jogo, tem que matar, Campeonato Brasileiro é isso. É um nível de competitividade muito alto, nós temos que ter essa consciência. Tomará que façamos essa reflexão. O jogo contra o Bahia é para a gente alcançar os três pontos — declarou o mandatário.

- - Continua após o recado - -

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Posicionamento pressiona Caixinha

A declaração de Teixeira, que tem um fundo de razão, causa certa surpresa se lembrarmos que no ano passado o presidente enfrentou toda a pressão da torcida, que pedia a demissão de Fábio Carille, e manteve o treinador até a conquista do título da Série B do Brasileiro.

No caso de Caixinha, o posicionamento do presidente coloca uma pressão imediata por resultados em cima do treinador às vésperas do início de uma sequência de partidas que não será simples.

Na próxima rodada, o Peixe recebe o Bahia, na Vila Belmiro, depois visita o Fluminense – que demitiu o técnico Mano Meneses após a estreia no Brasileiro -, no Maracanã. Posteriormente, o Alvinegro irá encarar o Atlético-MG, em casa, e o São Paulo, no Morumbis.

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Para superar esses compromissos e convencer o presidente de que o trabalho está no caminho certo, Caixinha ampliará a sua torcida para que Neymar seja liberado pelo Departamento Médico do clube e volte inspirado ao time.

Do contrário, o tom da pressão vai subir para com o português. E não só nas falas do presidente, que terá forte apoio vindo das arquibancadas.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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