Saiba quanto a Havaianas pagou ao Corinthians por ação em resposta a ex-presidente
Mais do que a resposta à declaração preconceituosa de Mário Gobbi, Timão embolsou valor com patrocínio pontual

Além da resposta à declaração preconceituosa de Mário Gobbi, a ação de marketing promovida pela “Havaianas” no último domingo (9) rendeu o valor de R$ 400 mil ao Corinthians.
A quantia foi paga pela exposição da marca na barra inferior da camisa corintiana e também nos painéis de LED da Neo Química Arena durante a vitória do clube alvinegro sobre o São Bernardo, no último domingo (9).
Também foram entregues chinelos para todos os jogadores. Eles foram colocados no armário de cada atleta no vestiário para que eles deixassem o estádio com as “Havaianas”.
Contato inicial foi despretensioso e campanha foi considerada corajosa internamente
Embora o desenvolvimento das ações tenha partido da agência contratada pela “Havaianas” para organizar a campanha, o contato inicial partiu do Corinthians.
Superintendente de marketing corintiano, Vinicius Manfredi Azevedo contatou um representante da empresa de calçados através de uma plataforma digital e sugeriu a parceria.
O Corinthians considerou a marca bastante corajosa por abraçar a causa do clube durante todos os momentos em que a campanha era desenvolvida.
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Além de campanha da “Havaianas”, conselheiros também protestaram contra fala de Mario Gobbi
Durante reunião do Conselho de Orientação (Cori), o ex-presidente e conselheiro vitalício Mário Gobbi deu a seguinte declaração.
– Nós vivíamos uma paz aqui. Ele (Augusto Melo) pegou a mensalidade, jogou em uma merreca, está cheio de bandido frequentando o clube. Escuta aqui que eu estou falando: está cheio de bandido frequentando o clube. Presta atenção no que eu estou falando. Vem aqui de final de semana. É chinelo havaiana, um baixo nível. Se você fizer alguma coisa, eles te peitam – disse Gobbi.
Em resposta, no último sábado (8), um grupo de associados e conselheiros participou de uma campanha no Parque São Jorge.
O coletivo foi à sede social do Corinthians calçando chinelos no ato que foi intitulado como “chinelaço”. Presidente corintiano, Augusto Melo esteve presente.
A “Havaianas” não participou da ação no Parque São Jorge, mas aproveitou o acontecimento para dar os primeiros sinais da campanha que aconteceria no dia seguinte na Neo Química Arena.
Através das redes sociais, a marca de calçados fez duas publicações citando o nome Mário, mas sem direcionar a postagem a Gobbi.
Mário Gobbi reconheceu a infelicidade no termo usado, mas afirmou que “por trás do episódio está aquilo que é a maior ameaça da história contra o Corinthians: a entrada do crime organizado no Parque São Jorge”.
– Reconheço que as palavras escolhidas por mim não foram adequadas, pois transmitem a ideia de que o problema estaria no fato de pessoas de baixa renda frequentarem o clube. A diversidade sempre será uma de nossas virtudes – disse Gobbi, através de nota enviada via assessoria.
Mário Gobbi foi presidente do Corinthians entre 2012 e 2015, no período foi campeão da Paulista (2013), da Libertadores (2012), Recopa Sul-Americana (2013) e Mundial (2012).
Atualmente, o conselheiro lidera o Movimento Reconstrução SCCP, responsável por pedir o impeachment de Augusto Melo da presidência corintiana.