Lucas Paquetá foge de assuntos mais importantes em coletiva
De volta à Seleção para ser referência na equipe de Dorival Júnior, Paquetá evita falar sobre assuntos polêmicos em sua coletiva
Ausente de todas as convocações de Fernando Diniz, Lucas Paquetá está de volta à seleção brasileira sob o comando de Dorival Júnior. O meia, aliás, retorna para ser uma das referências da equipe e falou muito sobre o seu papel na equipe durante a entrevista coletiva desta quarta-feira (20), às vésperas do amistoso contra a Inglaterra no próximo sábado (23), às 16h (horário de Brasília), em Wembley. Mas o brasileiro fugiu de todos os assuntos mais polêmicos (e interessantes): a investigação sobre seu suposto envolvimento em apostas que corre na Federação Inglesa e o interesse do Manchester City em sua contratação.
Questionado sobre esses dois temas, Paquetá adotou tom evasivo em ambas as respostas. A primeira delas foi sobre o desejo da equipe de Pep Guardiola. O meio-campista disse que seu foco está no West Ham e que seguirá assim por respeito à camisa que veste na Premier League.
– Eu tenho muito respeito pelo meu clube, o West Ham. Tenho feito uma temporada muito boa na Premier League. Em respeito a eles, tenho que seguir focado e ajudando meu clube – disse o jogador.
Em seguida, veio a pergunta sobre a investigação que corre na Inglaterra sobre seu suposto envolvimento em apostas esportivas. O caso, inclusive, fez o City desistir de sua contratação, que estava encaminhada. A violação teria sido cometida por um familiar do atleta em uma partida em que ele atuou pelo West Ham na Premier League.
O meia disse que foi instruído a não comentar o assunto, mas deixou escapar que vem “colaborando ao máximo” com as investigações da Federação Inglesa. Em outra resposta, ele afirmou que o West Ham fez a coisa “certa” ao utilizá-lo enquanto não há um parecer definitivo. Uma postura bem diferente da adotada por Diniz, que preferiu não convocá-lo. Ele inclusive estava na primeira lista do treinador, mas foi cortado na última hora.
– Eu fui instruído a não comentar sobre esse assunto. São sete meses que isso está acontecendo, eu estou cooperando e fazendo de tudo para que seja solucionado – disse o jogador, antes de completar – O West Ham me deu todo apoio, não tinha o que fazer de diferente, colocar seu jogador para jogar futebol.
Estreia em Wembley será pela Seleção
Paquetá também evitou responder se será o camisa 10 da Seleção na ausência de Neymar – algo que já ocorreu em outras oportunidades e deve se repetir contra a Inglaterra. Mas a partir daí, ele passou a dar as respostas esperadas sobre o seu retorno. A começar, pela chance de atuar em Wembley pela primeira vez na carreira. Logo na estreia, ele será a referência do meio-campo do Brasil.
– São grandes palcos do futebol que temos que desfrutar. É a primeira vez que isso vai acontecer. Que a gente posa vencer. Por tudo o que já falei, por todo o tempo que tenho na Seleção, por estar tanto tempo na Seleção, não me escondo dessa responsabilidade. Eu tenho que colocar para fora o meu melhor, porque são muitos jogadores jovens. É uma responsabilidade de todos. Não só do Paquetá. Mesmo o novo que chega tem que entender que todo mundo chega e tem que dar seu melhor – afirmou o meia.
Paquetá revelou ainda que Bowen, seu companheiro de West Ham que foi convocado pela Inglaterra, está ansioso para enfrentar a seleção brasileira. Uma amostra do tamanho e do peso de defender o Brasil – o favorito na partida deste sábado, na opinião de Paquetá.
“A seleção brasileira sempre vai ser favorita pelos jogadores que a gente tem. O professor Dorival não fez uma lista só com 26. Todos vão fazer sua parte para que o Brasil vença”. (Lucas Paquetá)
– A gente conversa, sim. A seleção brasileira é muito respeitada em todo o lugar que você vai. Aqui na Inglaterra não é diferente. Conversei com o Bowen, e ele estava ansioso para jogar contra a gente porque ele sabe o peso de jogar contra o Brasil. Vai ser um jogo grande, independente de ser um jogo grande. A nossa mentalidade é fazer o melhor e vencer. Quando você entra em campo, tem que fazer o melhor – ressaltou.