Palmeiras está longe da crise, mas a defesa merece uma bronca

A situação do Palmeiras está longe da crise alardeada pelo presidente Paulo Nobre, após a eliminação para o Atlético Paranaense na Copa do Brasil. Os alviverdes dão passos largos rumo ao acesso na Série B e, se caíram no torneio nacional, precisam também ter consciência da ótima fase vivida pelos rubro-negros. O sonho de disputar a Libertadores no ano do centenário agora é impossível, mas não é uma culpa que recai apenas sobre o elenco palmeirense – também méritos do outro lado.
No entanto, também não dá para dizer que o Palmeiras está funcionando perfeitamente. Embora mantenha a liderança na Série B, o time de Gilson Kleina tem deixado a desejar nos últimos tempos, em especial na defesa. Ao menos na segunda divisão, as vitórias continuam vindo, mas longe da tranquilidade esperada.
O Palmeiras sofreu 13 gols em suas últimas 12 partidas. Um número que pode não parecer tão alto, mas que possui sua relevância aumentada quando se nota que os alviverdes venceram nove desses jogos. Os triunfos continuam aparecendo, mas é difícil a equipe manter sua meta sem ser vazada ao longo dos 90 minutos.
Neste intervalo, foram somente três jogos sem tomar um tento: 4×0 Icasa, 1×0 Joinville e 1×0 Atlético Paranaense. Desde a virada de junho para julho o Palmeiras não acumula dois jogos com a meta invicta – 2×0 América-RN e 4×0 Oeste. Se o Palmeiras conta com a melhor defesa da Série B, deve muito ao bom desempenho da defesa na larga da competição.
Mesmo contando com Henrique, zagueiro da Seleção, a falta de proteção à zaga alviverde parece crônica. Paulo Nobre não tem motivos para esbravejar e tentar instaurar uma crise no Palestra. Mas, se quiser dar um puxão de orelha em seus defensores pela queda de rendimento, o problema está exposto.