Jogadores acreditam? Houve tristeza? Como estava o vestiário do Palmeiras pós-derrota
Clima no vestiário era de revolta contra a arbitragem e vontade de virar a página após revés diante do Botafogo em casa
Não é só no discurso de Abel Ferreira que o Palmeiras trata o Campeonato Brasileiro como ainda aberto, mesmo com a derrota por 1 a 3 para o Botafogo, na noite de terça-feira (26).
A Trivela apurou com fontes do clube que, no vestiário, a sensação era muito mais de revolta com a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio e com as atitudes do VAR do que de tristeza pelo resultado. Os jogadores não entregaram os pontos.
Ainda no campo, o capitão Gustavo Gómez disparou contra a arbitragem que expulsou Marcos Rocha e assinalou dois escanteios errados no lance que originou o primeiro gol botafoguense:
— Começamos o jogo muito bem, criamos a chance para fazer o gol, não fomos eficazes. Eles fizeram o gol de um escanteio que achamos que não foi. Mas o árbitro é Fifa. Achávamos que era o melhor, mas há muito tempo que ele sempre erra contra nós — disse o paraguaio.
— Eu não gosto de reclamar, mas ele como árbitro Fifa tem que treinar, melhorar. Os últimos jogos dele (foram) muito fracos, mas ele tem que evoluir, trabalhar. Todos erramos, mas o (Wilton Pereira) Sampaio está cada vez pior — completou.
Não houve atitude de “velório”
Ainda segundo as fontes ouvidas pela reportagem, o cenário era bastante diferente do que se viu depois da derrota para o Corinthians, em Itaquera, no Dérbi do último dia 4.
Naquele dia, além do latente nervosismo do técnico Abel Ferreira na entrevista coletiva, o abatimento dos jogadores era muito visível. No trajeto entre o vestiário e o ônibus da delegação, os atletas mal levantavam a cabeça.
Desta vez, a tônica na postura dos atletas era a necessidade de virar logo a página. Se pudessem, eles entravam hoje mesmo em campo contra o Cruzeiro.
Nem parece que perdeu: Abel reconhece mau jogo do Palmeiras, mas reclama do juiz https://t.co/RjsOB1y5xd via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) November 27, 2024
Postura de Abel foi bem avaliada, e Weverton reconheceu atuação ruim
A avaliação é que a postura de Abel Ferreira, na entrevista coletiva, foi também muito boa. O treinador não perdeu a calma com os questionamentos e pontuou os erros do juiz sem tirar dos ombros da equipe parcela da responsabilidade, devido às chances desperdiçadas.
Na zona mista do Allianz Parque, o goleiro Weverton reforçou a ideia de que ainda é possível vencer o campeonato. E reconheceu que o Palmeiras não fez uma boa apresentação.
— A gente não não teve uma boa atuação, a gente sabe que pode melhorar e a gente vai fazer vai melhorar vai pensar agora para a frente porque desse não tem mais o que fazer já foi e vamos seguir em frente acho que não dá mas para ficar se lamentando. Vamos pensar nessas duas finais que tem pra gente contra o Cruzeiro (no dia 4, em Belo Horizonte) e Fluminense (no Allianz, em 8 de dezembro) e ver o que acontece — disse.
O que o Palmeiras precisa para ser campeão?
Com dois jogos pela frente, o Palmeiras está três pontos atrás do Botafogo — 73 a 70. O Alviverde ainda pode ser campeão em mais de um cenário. Nos quais pode até perder um dos seus jogos, se o Botafogo não ganhar mais nenhum, para ficar com a taça.
Como tem o mesmo número de vitórias do clube carioca (21), fica com o título se igualar a pontuação. O Alvinegro, que já embarcou para a Argentina, onde pega o Atlético-MG, na final da Copa Libertadores, no sábado (30), tem o Internacional, em Porto Alegre, no dia 4, e o São Paulo, no Engenhão, no dia 8.
O Botafogo levanta o Brasileirão pela primeira vez depois de 19 anos com um empate e uma vitória, para não ter de se preocupar com os resultados do Palmeiras.