Brasil

Maurício Maruca, candidato à presidência do Santos, afirma ter verba para contratações no início da gestão

Representante da Chapa 4 nas eleições do Santos, Maurício Maruca tem como prioridade recuperar o futebol do Peixe

Nesta quinta-feira (7), a Trivela dá continuidade à série de entrevistas com os cinco candidatos à presidência do Santos. A eleição para comandar o próximo triênio alvinegro ocorrerá no próximo sábado (9), na Vila Belmiro. O quarto entrevistado é o empresário Maurício Maruca, que tem o executivo Eduardo Serrano como vice-presidente, e lidera a Chapa 4 do pleito. Na segunda-feira (4), Ricardo Agostinho revelou suas propostas, na terça-feira (5) foi a vez de Wladimir Mattos, e na quinta-feira (6) Rodrigo Marino. A entrevista com o quinto candidato será publicada no site nesta sexta-feira (8).

O Santos vive um dos piores momentos da sua história com seguidas brigas contra o rebaixamento. Por que o senhor entende que está pronto para administrar o clube nesse momento?
A nossa certeza em aceitar o desafio de administrar o clube na atual situação se deve a experiência de administração de crises adquirida em 45 anos de trabalho em empresas próprias, sem nunca ter recorrido a dinheiro público, como BNDES e ter atravessado grandes crises econômicas do país com dignidade e capacidade de gestão.

Qual é a sua principal prioridade como presidente, caso seja eleito?
Recuperar o futebol do Santos, colocando todos os setores do clube a serviço dessa recuperação, equilibrando finanças, aumentando faturamento com marketing agressivo e de primeiro mundo, qualificando os patrocinadores e parceiros e mudando a imagem do clube no mercado do futebol.

A construção da nova Vila é o sonho do torcedor santista. Como o senhor pensa em agilizar o processo para o início das obras?
Penso em, antes de agilizar, me certificar da qualidade do projeto contido no Memorando de Intenções assinado com a construtora e, se possível, fazer o clube receber uma arena moderna e produtiva para poder jogar o melhor futebol e ter toda a gama de possibilidades de faturamento que uma arena assim trará ao clube. Feito isso, daremos, com certeza, o tiro para iniciar a corrida da construção.

Qual será a postura do Santos no mercado em busca de reforços, caso o senhor seja eleito? O que será feito para que o planejamento visando a temporada 2024 não fique prejudicado em razão da mudança de presidente?
Procuraremos já no dia 10 de dezembro iniciar a transição na gestão e solicitaremos que a atual diretoria facilite a contratação de novos jogadores, pois já estamos com o trabalho de scouting sendo feito e adiantado e já temos verba garantida para o início de nossa gestão para essas contratações.

Se eleito, o senhor irá manter a atual comissão técnica do elenco profissional ou está decidido a contratar um novo treinador? O coordenador de futebol Alexandre Gallo dará continuidade ao trabalho que vem sendo feito?
Tenho dito a todos que não gostaria de falar sobre isso às vésperas da decisão mais difícil da história recente do Santos, que é contra o rebaixamento, e falar sobre técnico neste momento pode gerar insegurança na comissão técnica e nos jogadores, mas até por respeito, pretendo me reunir com o Marcelo Fernandes e o Gallo antes de tomar qualquer decisão sobre os dois. Eles merecem esse respeito e consideração. Só decidirei pela manutenção ou substituição após essas conversas.

A diferença do Santos para os principais rivais de São Paulo em termos de arrecadação com bilheteria é muito grande. O que fazer para melhorar esse cenário?
Logo de início trazer mais jogos para São Paulo e outras praças onde a torcida santista é grande e a possibilidade de arrecadação é muito maior , pois após o início das obras da nova arena, naturalmente o clube jogará em SP e outras praças e a arrecadação é muito maior do que hoje, na Vila.

Qual o futuro do departamento de futebol feminino? O senhor seguirá com Aline Xavier na coordenação do futebol feminino, uma vez que o departamento acumula polêmicas envolvendo até casos de abuso psicológico?
Meu compromisso é o Santos voltar a ter o maior time feminino da América Latina e certamente essa mudança passa pela recuperação técnica e também moral e ética do setor feminino. Não posso afirmar nada agora, mas tenham a certeza que as profissionais que contribuem com o clube serão mantidas e aquelas que não servem serão dispensadas.

Recentemente o Santos apresentou um projeto para a construção de um novo para os Meninos da Vila em Praia Grande. Qual a sua opinião sobre o assunto?
Todo projeto que engrandeça o Santos será tratado com o devido respeito por nós, da chapa, como algo bom para a mudança de patamar que pretendemos para o Santos

Qual a sua avaliação sobre as categorias de base do Santos e o que pretende fazer para melhorá-la? A base das Sereias, por exemplo, sempre foi referência, mas passa por uma fase de poucos investimentos. Cuidar das Sereinhas também será uma prioridade?
O Santos vai voltar a revelar talentos, coisa que hoje não tem acontecido, pois a atual gestão tem contratado garotos formados em outros clubes, que já chegam com vícios e ainda deixam o prêmio do clube formador atrelado

O tema SAF divide muitas opiniões entre os torcedores do Santos. Está nos planos transformar o clube em SAF?
Sim, mas um modelo de Clube Empresa desenvolvido exclusivamente para o Santos, uma das duas maiores marcas do esporte mundial. A outra marca é, sem dúvida, Pelé, que pertence a uma empresa norte-americana, mas faremos de tudo para trazer o Rei de volta a sua casa, que é o Santos.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
Botão Voltar ao topo