Brasil

Lições que a demissão de Caixinha deixa para o próximo técnico do Santos

Em busca de um técnico, Peixe será comandado interinamente pelo auxiliar César Sampaio

A passagem do técnico Pedro Caixinha pelo Santos chegou ao fim nesta segunda-feira (14). Ao todo, o treinador português permaneceu no cargo por 102 dias, mas não resistiu aos resultados ruins, além da pobreza tática e técnica apresentada pelo Peixe nesses quatro primeiros meses da temporada.

A partir de agora, a diretoria alvinegra analisa o mercado em busca de um substituto, que chegará ao CT Rei Pelé com a missão de corrigir alguns problemas que Caixinha não foi capaz de enxergar e ou solucionar.

E para ajudar o próximo comandante do Santos, a Trivela traz aqui pontos que precisam ser ajustados com urgência na equipe.

Gols sofridos e pavor de bolas aéreas

Para tirar o Santos da vexatória antepenúltima colocação do Campeonato Brasileiro, a primeira medida do sucessor de Caixinha é fazer a equipe parar de tomar gols. E isso acontecerá naturalmente a partir do momento em que o sistema defensivo souber se comportar diante das bolas alçadas na sua área.

Ao longo dos 17 jogos oficiais da temporada, o Santos sofreu 21 gols, sendo 13 deles de bolas aéreas.

Por mais que o discurso nas justificativas de Caixinha fosse bonito, o português não soube encontrar o posicionamento ideal para que a defesa do Santos resolvesse essa deficiência.

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Excessiva confiança em Guilherme

Guilherme na estreia do Santos
Melhor jogador do Santos em 2024, Guilherme não tem demonstrado o mesmo nível em 2025 (Foto: Flickr/SantosFC)

Ainda que o atacante Guilherme tenha feito uma boa Série B, no ano passado, e tenha sido o artilheiro do Campeonato Paulista, com 10 gols marcados, o momento do camisa 11 não é bom.

Apesar de o atleta ser um dos líderes do elenco, o próximo técnico do Santos precisa entender que isso não pode dar a ele (e ninguém) lugar cativo na equipe titular.

Guilherme é bom jogador, fez bons jogos desde que foi contratado, mas não é um extraclasse a ponto de estar em campo a todo momento de todos jogos do Santos no ano.

A fase do atacante, aliás, pede um período de descanso para que ele mesmo possa ir recuperando a confiança.

Santos é dependente de individualidades

Pelo fato de Caixinha não ter conseguido dar um padrão de jogo ao time, o Santos é uma equipe completamente previsível e dependente das individualidades dos seus principais atletas.

No Paulistão o Peixe viveu das bolas paradas de Neymar, dos dribles de Soteldo e dos gols feitos por Guilherme.

Isso, porém, não tem sido suficiente dentro do Brasileirão. E por diferentes motivos.

Assim, o sucessor de Caixinha terá que encontrar maneiras de implantar um padrão de jogo e amenizar consideravelmente a dependência das individualidades.

Para não se ver perdido no meio do campeonato

Por fim, mesmo se tratando da principal estrela do Brasileirão, Neymar, em razão da gravidade da lesão sofrida no joelho, em 2023, ainda deve vir a ser poupado com certa regularidade pelo Santos para não sofrer com novas contusões graves.

Diante disso, o próximo treinador deve ter em mente que a utilização de Neymar não será tão intensa como muitos imaginam. Principalmente porque, neste momento, o camisa 10 tem contrato vigente apenas até o dia 30 de junho deste ano. Ou seja, por mais dois meses e meio.

É inegável que o desejo e o trabalho da diretoria do Santos é para prorrogar esse vínculo e manter o craque até a próxima Copa do Mundo.

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Mas o risco de Neymar deixar o clube na próxima janela de transferências, que abre no meio do ano, ainda existe.

Portanto, também é importante o futuro técnico pensar, desde já, na construção de um time sem o talento do astro para não se ver perdido quando o campeonato estiver na metade e caminhando para a reta final e decisiva.

Foto de Bruno Lima

Bruno LimaSetorista

Jornalista pela UniSantos com passagem pelo Jornal A Tribuna de Santos. Já trabalhou na cobertura de jogos da Libertadores e das Eliminatórias Sul-Americanas no Brasil e no Exterior. Na Trivela, é setorista do Santos.
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