Nem sintético, nem natural: relembre o gramado aquático de Itaperuna
Imagens da segunda divisão do Campeonato Carioca viralizaram em 2011

Foi um dia corrido para o jornalismo esportivo: de uma hora pra outra, todos tivemos que virar especialistas em jardinagem e manutenção de gramados. Para ser justo, o debate a respeito da utilização de gramados sintéticos no Campeonato Brasileiro existe há algum tempo – mais do que suficiente para nos inteirarmos a respeito dos argumentos dos dois lados.
Em minha modestíssima opinião, o debate acabou sequestrado pelo clubismo. As redes sociais deixaram há muito de serem um ambiente fértil para discussões honestas e o que sobra, em maioria, é ruído.
Como é de praxe em polêmicas do tipo, não me interesso muito por entrar de cabeça no debate. Nessa coluna, você dificilmente verá algo assim. Gosto, sim, de usar elas como gancho para falar de alguma coisa totalmente colateral.
Itaperuna já teve seu “gramado aquático”
É o caso do vídeo que capturou minha atenção, e que me foi enviado pelo internauta Bruno Padilha. São as imagens incríveis de um Itaperuna x Aperibeense, pela segunda divisão do Campeonato Carioca 2011.
O gramado do estádio Jair Siqueira Bittencourt claramente não tinha condições de jogo, então precisamos agradecer ao árbitro Carlos Rafhael Sampaio Torres pela resiliência.
Alegando que não havia outra data para a disputa do confronto, o trio de arbitragem mandou a partida seguir seu curso natural. O jogo terminou 1×0 para o Itaperuna, com gol marcado por Anderson Cebolinha.
A condição do gramado não foi registrada na súmula da partida, como revelam os jornais da época.
É uma pena que nem Itaperuna nem Aperibeense tenham conseguido terminar aquela competição. O Itaperuna abandonou o torneio, e o Aperibeense foi excluído por dívidas.