Reunião com prefeitura e negociação com Caixa: Flamengo dá passos por estádio próprio
Landim e companhia se reuniram com Eduardo Paes para discutir maneiras de viabilizar o projeto do novo estádio do Flamengo

Mais um capítulo da novela “estádio do Flamengo” está em andamento. O Rubro-Negro se reuniu com representantes da Prefeitura do Rio, incluindo o prefeito Eduardo Paes, para discutir maneiras de viabilizar a compra do terreno do Gasômetro, que pertence à Caixa Econômica Federal. Entre os temas, o potencial construtivo da sede social do clube, na Gávea, foi a principal pauta.
A informação foi publicada inicialmente pelo ge e confirmada pela Trivela, que foi ainda mais fundo sobre a questão do potencial construtivo da Gávea.
Saiba tudo sobre a reunião
- Flamengo e Prefeitura discutiram o potencial construtivo da Gávea, para reduzir o preço do Terreno do Gasômetro, na última quinta-feira (11)
- A Prefeitura apoia o Flamengo no projeto do estádio
- Eduardo Paes e Pedro Paulo representaram a Prefeitura
- Rodolfo Landim, Rodrigo Dunshee e Marcos Bodin representaram o Flamengo
- Ambas as partes saíram otimistas da reunião

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O que é potencial construtivo?
O conceito de potencial construtivo, segundo a prefeitura, diz até onde se pode construir em um terreno, diante da zona em que ele está localizado. Ele está sendo usado como uma moeda de troca, pois confere ao proprietário a possibilidade de oferecê-lo a compradores, sejam eles públicos ou privados. Neste caso, o Flamengo está buscando um acordo com Caixa e Prefeitura pela Gávea, a fim de obter o Gasômetro de maneira mais barata.
“A Transferência do Direito de Construir (TDC) é o instrumento urbanístico que confere ao proprietário de um lote a possibilidade de utilizar seu potencial construtivo em outro lote, vendê-lo a outro proprietário ou doá-lo ao poder público”, diz a norma da Prefeitura.
Essa opção pode destravar de vez as negociações entre Flamengo e Caixa Econômica. Com a Transferência do Direito de Construir (TDC), os investidores do Fundo Imobiliário Porto Maravilha poderiam utilizar a Gávea para diminuir o prejuízo que tiveram com o terreno do Gasômetro, abrindo um leque de possibilidades para outros investimentos. É uma situação em que os dois ganhariam.
A Prefeitura, claro, se interessou por isso. O projeto de revitalização da área do Gasômetro também fez com que Eduardo Paes e companhia crescessem o olho na oportunidade imposta pelo Flamengo. Por enquanto, ainda há uma divergência de valores entre clube e Caixa: enquanto o Rubro-Negro quer pagar R$ 2,8 mil por metro quadrado, o banco estatal deseja R$ 4,5 mil. Com os nomes citados na jogada, contudo, a tendência é destravar.
Projetos mais concretos no horizonte
A Trivela já havia noticiado que o Flamengo se movimentava pelo projeto do estádio, tendo inclusive algumas datas-base para a construção, mas as páginas (ou maquetes) ainda não foram apresentadas de maneira oficial. A reunião, segundo Pedro Paulo, deputado federal aliado de Eduardo Paes, foi muito mais para dar um norte na união entre clube e Prefeitura. Todos os passos, e tomadas de decisão, serão feitos em conjunto.
— A gente não viu o projeto no papel, foi uma conversa. O que se combinou é que a partir desse encontro a gente vai fazer agora reuniões técnicas entre o time do Flamengo junto com a Prefeitura. E aí, a partir desse entendimento, mandar para a Câmara Municipal um projeto de lei com esse objetivo de transferir o potencial construtivo. Acho que ficou esse dever de casa para nós: iniciar as reuniões de trabalho técnicas. Isso pode significar um distrito ali voltado ao futebol. E eu acredito que, com o estádio como âncora, a gente pode fazer desse limão uma limonada. Uma área ali que seja voltada para bares, restaurantes, hotelaria, com toda essa vocação e essa lógica de se explorar o futebol — disse, em entrevista ao ge.