‘Associam com o Tchê Tchê, mas não’: Diniz revela real motivo para fracasso no São Paulo
Técnico diz que viveu momento "meio mágico" pelo clube em 2020, mas afirma que não foi rusga com o volante que causou derrocada da equipe

Fernando Diniz rodou por Cruzeiro, Santos e Vasco, fez história e foi campeão da Libertadores pelo Fluminense e ainda teve uma breve passagem pela seleção brasileira nos quatro anos desde que deixou o São Paulo, em fevereiro de 2021.
E mesmo com tudo isso, o treinador não consegue esquecer o período de um ano e quatro meses pelo Tricolor. Até hoje, o técnico lembra de sua passagem pelo clube como um de seus melhores trabalhos da carreira.
Em entrevista ao portal “ge”, Diniz afirmou que o São Paulo viveu um momento “meio mágico” sob o seu comando na disputa do Campeonato Brasileiro de 2020.
À época, o Tricolor empilhava resultados expressivos e chegou a liderar com folga a competição, antes de ser desbancado pelo Inter e depois pelo Flamengo, que acabou campeão.
— Eu posso falar que teve três ou quatro meses no São Paulo, em 2020. É importante demais ganhar, porque senão não consolida nem no imaginário das pessoas, nem para você. Eu sou um cara apaixonado por vencer. No São Paulo, faltou consolidar. Mas teve três ou quatro meses que foram brilhantes, mesmo. Em termos de trabalho, foi um momento meio mágico — Fernando Diniz.
O técnico ainda lembrou que no período de quase um ano e meio no cargo, o clube mal fez contratações. Pelo contrário: perdeu jogadores e apostou nas categorias de base.
A lamentação para Fernando Diniz é que faltou um título para coroar o trabalho de uma equipe que, segundo ele, era “diferente”.
— Você vê que esse São Paulo era um time que não tinha ninguém que driblava, jogava com Sara e Igor Gomes nas pontas, Brenner e Luciano, tinha também Daniel Alves, Luan, às vezes o Tchê Tchê. Ficou repetindo muitas vezes essa formação, e os caras jogavam praticamente com um ou dois toques na bola o tempo todo e muito movimento. Era um time diferente, fazia muito gol e tomava pouco. É um trabalho diferente, que eu também tenho um carinho, mas não consolidou. Se consolida, talvez a gente estivesse falando de uma história diferente — recorda Diniz.
"O trabalho de campo foi muito bom"
Técnico admitiu que acumular os cargos no Fluminense e na Seleção ficou longe de ser o ideal, mas defendeu sua atuação no comando da Amarelinhahttps://t.co/HAHIdChv4A
— Trivela (@trivela) April 25, 2025
Tchê Tchê? Diniz explica real motivo para fracasso
O trabalho de Diniz pelo São Paulo ficou marcado por uma rusga que o treinador teve com Tchê Tchê. À época, microfones na beira do campo captaram o treinador chamando o volante de “perninha” e “mascaradinho”, frases que viralizaram nas redes sociais.
Para muitos, ali foi a derrocada do trabalho do treinador. Mas o técnico aponta a troca de gestão em meio à temporada como o principal fator para a queda de rendimento da equipe.
— As pessoas às vezes associam alguma coisa com o incidente do Tchê Tchê, mas não foi isso. Isso foi uma coisa que no outro dia estava tudo ok. Como time, a gente já tinha resolvido essa questão. Eu acho que essa questão da mudança da direção naquele momento foi uma coisa que pesou, mas não foi só isso. O time perdeu confiança e depois não é que foi caindo, estava assim (para cima) e foi assim (para baixo). Eu não consigo explicar. Do jeito que estava, tinha uma pinta muito grande que o time nem precisa muito mais da interferência do treinador. E naquele momento ali teve uma quebra e uma oscilação para baixo, muito forte — Diniz.

Vale lembrar que o Brasileirão de 2020 só encerrou no início de 2021, por conta da paralisação no futebol devido à pandemia do novo coronavírus.
Assim, o presidente Julio Casares assumiu a gestão do clube no lugar de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em meio à disputa do Campeonato Brasileiro, em janeiro de 2021. Um mês mais tarde, Diniz era desligado do cargo.
— Eu sempre falo disso quando tenho oportunidade: a troca de gestão. Aquele São Paulo era um trabalho de muitas mãos, de ambiente muito positivo, de pessoas ali envolvidas no processo de lidar com o jogador, que acabaram favorecendo que as coisas acontecessem da maneira que acontecia no campo. Era um momento de transição que eu acho que teve um impacto grande. É difícil você não colocar isso na equação. E não é por conta das pessoas, é por causa do momento de transição. Isso foi uma coisa que impactou o time, foi uma coisa meio instantânea, no momento da transição o time degringolou — conta Diniz.
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