Dependência de Neymar e mais: Por que o Santos precisa urgentemente contratar um psicólogo
Cléber Xavier já pediu a contratação de um profissional para ajudar o elenco com as questões emocionais
O experiente Alexandre Mattos está em vias de ser anunciado como novo executivo de futebol do Santos. A tendência, inclusive, é de que ele seja anunciado ainda no início desta semana. E, entre as diversas tarefas que Mattos terá pela frente, uma se faz necessária há mais de um ano: a contratação de um profissional da psicologia. E por diferentes motivos.
Alexandre Mattos veio até o centro do Campo com uma bandeira do Cruzeiro fazer uma espécie de “despedida” do clube. Estava muito emocionado. pic.twitter.com/Df8pTEbCzH
— André Hernan (@andrehernan) June 2, 2025
Um deles que, em termos coletivos, chama a atenção é sobre a presença e ausência de Neymar nos jogos. À priori, é até compreensível os atletas se sentirem mais seguros nas partidas em que têm Neymar ao lado do complicado Campeonato Brasileiro.
Afinal, além de ser a liderança técnica do elenco, o camisa 10 é o ídolo da maioria dos seus companheiros de time atualmente.
Ocorre que nos confrontos em que Neymar é ausência ou deixa os jogos, como aconteceu neste domingo (1º), na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, quando foi infantilmente expulso, o equilíbrio emocional da equipe é claramente afetado.
A influência emocional de Neymar sobre os companheiros
No duelo contra os cariocas, em que Neymar foi titular e permaneceu em campo até os 31 minutos do segundo tempo — recebeu o segundo amarelo por desviar uma bola com a mão –, o Santos era superior ao adversário e nada sofria defensivamente. Gabriel Brazão era um mero espectador do confronto.
A partir da expulsão do craque, ainda que se leve em consideração o fato de o Botafogo ficar com um jogador a mais, o Santos, que também tem problemas físicos, sucumbiu.
O time se desorganizou, errou passes, tomadas de decisões e isso foi percebido pelos comandados de Renato Paiva, que, com algumas substituições, passaram a se lançar mais ao ataque e chegaram ao gol da vitória, aos 41 minutos do segundo tempo.
Já abalado pela expulsão de Neymar, o Santos viu o gol do Botafogo acabar com qualquer pouca lucidez que algum jogador poderia ter individualmente. O time aceitou que estava derrotado.
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Neymar transforma o Santos positivamente
A influência emocional que Neymar provoca no elenco santista também é perceptível quando ele entra no decorrer dos compromissos. Contra o CRB, em Alagoas, por exemplo, pela Copa do Brasil, o Peixe foi eliminado, mas a postura do time se modificou positivamente só em razão da sua presença no segundo tempo.
Na ocasião, o Santos criou oportunidades, não soube aproveitá-las e acabou derrotado nos pênaltis.
Santos se desestabiliza quando se vê em desvantagem
Um outro fator emocional que precisa de ajustes envolve a desvantagem no placar. Na atual temporada, o Santos venceu uma única partida de virada: contra o São Paulo, em fevereiro, na Vila Belmiro, ainda pelo Campeonato Paulista.
No mais, quando viu os adversários abrirem o placar, o Peixe só conseguiu evitar a derrota em duas oportunidades: diante da Ponte Preta, em Campinas, também pelo Estadual, e contra o Bahia, na Vila, pelo Brasileirão.
Sabedor da importância desse tipo profissional, o técnico Cléber Xavier, assim que chegou ao clube, manifestou o interesse de ver um psicólogo à disposição no CT Rei Pelé.
— A importância é grande, já conversei com o Pedro sobre isso. O futebol, em qualquer situação e nos grandes clubes, precisa ter esse departamento para atletas e comissão, ainda mais nesse momento de pressão. Nesse momento difícil, mas também nos momentos bons, o atleta sofre pressão. É importante ter um profissional dessa área — disse o treinador.
A partir disso, o Santos iniciou uma busca no mercado, mas, até o momento, não viabilizou a chegada de qualquer profissional da área.
A Trivela apurou que o Peixe até tinha encaminhado a contratação de uma psicologa, mas, em razão de algumas mudanças internas do clube, a profissional desistiu do acerto. A tendência é que o alvinegro recomece a busca no mercado por outro psicologo.
O Alvinegro não conta com psicólogos desde a saída de Juliane Fechio, que foi desligada do clube em janeiro de 2024, um dia antes da reapresentação para a pré-temporada daquele ano.
