Como Rafael Paiva explicou as mudanças táticas do Vasco após classificação na Copa do Brasil
Apesar de atuação ruim, vitória sobre o Atlético-GO indicou que o técnico Rafael Paiva tem buscado soluções para o time do Vasco
A vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, na última terça-feira (7), em São Januário, garantiu o clube carioca nas quartas de final da Copa do Brasil. Apesar da atuação ruim, a partida indicou que o técnico Rafael Paiva segue buscando soluções para tentar fazer o time oscilar menos do que vem acontecendo nas últimas partidas.
Pelo segundo jogo seguido, Rafael Paiva escalou o time do Vasco com três volantes de origem. Em campo, o time passou de um 4-2-3-1, que o técnico utilizou no começo desta sua segunda passagem como técnico do time principal, para um 4-3-2-1.
Os dois esquemas podem ser considerados variações do tradicional 4-3-3, mas indicam que Rafael Paiva ainda segue em busca da melhor forma do time do Vasco atuar.
Depois da partida contra o Atlético-GO, Rafael Paiva explicou esta mudança tática do time do Vasco e a busca por fazer o time diminuir as oscilações dentro das partidas.
– A gente está tentando buscar a melhor maneira de a gente controlar o jogo. Acho que a gente tem oscilado. A gente foi bem no 4-2-3-1, depois a gente sofreu alguns jogos. Tentamos controlar, colocando mais jogadores dentro. Conseguimos, principalmente contra o Red Bull, mas não conseguimos manter até o final. É a busca incessante para tentar encontrar a melhor forma de jogar o jogo. A gente gostaria de iniciar do minuto 1 ao 90 jogando muito bem, mas ainda não conseguimos encontrar isso, principalmente nos últimos jogos – afirmou Rafael Paiva.
– [estamos tentando] Através de jogadores, de organização, de estrutura, tentar buscar esse jogo, e a gente vai em busca de jogar bem do início ao fim. É o que mais almejamos, e sabemos que, jogando bem, vamos estar cada vez mais próximo das vitórias. Estamos oportunizando vários jogadores porque sabemos que nesse segundo turno do brasileiro, agora temos as quartas de final da Copa do Brasil, vai exigir que a gente tenha mais jogadores preparados para esse nível de jogo – completou o treinador do Vasco.
Paiva minimiza escalação de três volantes
Ainda sobre a mudança tática feita no time do Vasco, Paiva fez questão de ressaltar que a escalação de três volantes não significa, na prática, um time mais recuado – como, de fato, não foi o que se viu em campo em São Januário na última terça-feira.
Durante parte do jogo, ainda que com erros técnicos e, por vezes, de posicionamento, foi possível ver Hugo Moura e Mateus Carvalho participando da criação de jogadas do Vasco.
– Para mim, a quantidade de volantes ou atacantes não condiciona a tua equipe a defender ou atacar. Acho que é muito em cima de como a estrutura é organizada e como funciona para você chegar na área com mais jogadores. Acho que depende da quantidade de atacantes que você coloca, às vezes você pode entrar num 4-2-4 com quatro atacantes e não chutar uma bola no jogo. Depende muito de como você controla o jogo. Com os três volantes a gente está tentando controlar o jogo com apoio de bola e para chegar com mais jogadores – disse Rafael Paiva.
– Mas, como eu já disse, estamos tentando buscar a forma ideal de jogar. O jogador tem que cumprir função, eu não sou preso à posição que ele é, mas à função que ele exerce. A hora que ele tem que defender, ele saber defender, a hora que tem que atacar, ele saber atacar, pisar na área, fazer ultrapassagem. Futebol é muito mais em cima de função do que de posição. Ter os três volantes não quer dizer que a gente vai defender ou estar numa postura defensiva, pelo contrário, a gente quer sempre atacar, sempre buscar o gol – completou Paiva.
⏱️ 52’ | 2T
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O VASCO DA GAMA VENCE POR 1 A 0 COM GOL DE LUCAS PITON E ESTÁ CLASSIFICADO PARA A PRÓXIMA FASE DA COPA DO BRASIL! #VASxAGO 1️⃣-0️⃣#CopaDoBrasil2024 #VascoDaGama pic.twitter.com/jUgYNZ5VT6
— Vasco da Gama (@VascodaGama) August 7, 2024
Mudanças durante o segundo tempo
Apesar do Atlético-GO ter criado poucas chances claras de gol em São Januário, o Vasco deixou a partida da última terça-feira terminar de forma tensa e dramática, com o time goiano chegando no contra-ataque e alçando bolas na área vascaína.
Parte desta atuação ruim do Vasco, principalmente na metade final do segundo tempo, se deu pela queda física do time. Mas também pelas substituições feitas por Rafael Paiva. Depois da partida, o técnico explicou as mudanças.
– A gente está desgastado, temos tentado mesclar alguns jogadores. No jogo passado, do Red Bull Bragantino, essa foi a ideia para tentar ter alguns jogadores mais inteiros, mas mesmo assim a gente carrega uma sequência de jogos pesada. Já temos um jogo contra o Fluminense no final de semana. Fizemos as trocas quando acho que a gente já estava sofrendo um pouco – disse Paiva.
– A ideia era tentar dar um pouco de gás, de tentar controlar a bola. Não conseguimos ficar com a bola. As trocas não surtiram efeito. Acho que o Atlético pressionou muito, e foi um jogo que eles conseguiram chegar muito perto do nosso gol e a hora que a gente tinha oportunidade de jogar ou de contra-atacar, não tivemos a qualidade necessária ali pra fazer o gol – finalizou o treinador.