Copa do Brasil

Entenda por que jogo do Fluminense pode parar em estádio criticado pelo Atlético-MG

CBF vetou local indicado pelo Águia de Marabá, e clube paraense já entrou no STJD para tentar mudar local da partida válida pela Copa do Brasil

A partida entre Águia de Marabá e Fluminense, pela primeira fase da Copa do Brasil, pode acabar em um imbróglio nos tribunais esportivos. E, além disso, pode ter como sede um estádio que foi muito criticado recentemente.

Na próxima quarta-feira (26), o Águia recebe o Fluminense na estreia pela Copa do Brasil. O clube do Pará tinha o desejo de mandar a partida no Rosenão, em Parauapebas, cidade que fica a 170 quilômetros de Marabá. O Estádio Zinho de Oliveira, em Marabá, onde o Águia manda as suas partidas, não tem a capacidade mínima exigida pela CBF.

No entanto, a CBF vetou o Estádio Rosenão para a partida entre Águia de Marabá e Fluminense. A justificativa seria uma suposta iluminação precária do estádio. A partida está marcada para às 19h30 (horário de Brasília) e terá transmissão televisiva.

Além de vetar o Rosenão, a CBF já indicou o Mangueirão, em Belém, como palco da partida da próxima semana. A decisão, é claro, não agradou o Águia de Marabá.

Em contato com a reportagem da Trivela, o presidente do Águia de Marabá, Sebastião Ferreirinha, confirmou que o clube já entrou no STJD com uma medida para manter a partida no Rosenão. O estádio passou por melhorias nas últimas semanas justamente para receber o duelo entre Águia e Fluminense e o clube paraense entende que o estádio está apto a receber partidas noturnas.

Águia tem outra opção para a partida com o Fluminense

Caso não seja possível realizar a partida no Rosenão, o Águia ainda é contra a realização do duelo no Mangueirão. O plano B do clube paraense é levar a partida contra o Fluminense para o Estádio João Ribeiro, em Tocantinópolis, no Tocantins.

Tocantinópolis fica a 260 quilômetros de Marabá. Enquanto isso, a distância da cidade do Águia para Belém é de quase 500 km.

O Estádio João Ribeiro foi palco da partida entre Tocantinópolis e Atlético-MG, na última terça-feira, pela primeira fase da Copa do Brasil. O Galo venceu a partida, mas o técnico Cuca criticou as condições do estádio e a logística para chegar ao local.

— Condições muito adversas. Não adianta ficar enumerando as condições. Você viajar 4h30 depois do almoço para jogar, entrar num calor desse, num gramado assim. (…) Coisas jogadas (no gramado), banheiro sem água, vamos viajar mais de 4h sem tomar banho — disse Cuca em coletiva após a partida.

Além da falta de água, o vestiário do Atlético-MG também sofreu uma queda de energia durante o intervalo da partida. O atacante Rony também criticou o gramado do estádio.

— É muito difícil até de explicar. Com todo respeito, peço desculpas à equipe adversária, mas não tem condições de jogar em um campo desse. Com todo respeito. Infelizmente não dá para jogar com a bola no chão — criticou Rony.

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O que diz o regulamento da CBF?

Além dos laudos de segurança da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, a CBF tem três exigências para o local das partidas da primeira fase da Copa do Brasil.

  • 1ª e 2ª Fases: os estádios deverão ter capacidade mínima de 4.000 (quatro mil) espectadores sentados, com gramados atendendo aos padrões pré-estabelecidos pela CBF e sistema de iluminação adequado para partidas noturnas e transmissões.
Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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