Brasileirão Série A

Vasco: reunião na próxima semana pode definir a liberação do público em São Januário

Nesta quarta, Vasco apresentou proposta de TAC para ter público em São Januário e espera uma definição em nova reunião na próxima semana

Em passos lentos, o Vasco segue avançando na tentativa de liberar a presença de público em São Januário. Nesta quinta-feira, o clube teve uma reunião com o Procurador Geral de Justiça, Luciano Mattos, e apresentou uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). O encontro aconteceu durante a tarde, na sede do Ministério Público do Rio de Janeiro. Agora, uma nova reunião deve ser marcada para a próxima semana.

O Vasco apresentou uma série de medidas que já tomou e pretende tomar para melhorar a estrutura e a segurança de São Januário, como o aumento no número de catracas, implementação do acesso com biometria e reconhecimento facial e aumento na quantidade de câmeras dentro do estádio.

Além do Procurador Geral de Justiça, Luciano Mattos, também participaram da reunião, como representantes do Vasco, o presidente Jorge Salgado, o vice-presidente geral Carlos Roberto Osório, a CFO da Vasco SAF, Kátia dos Santos, e a diretora jurídica da SAF, Gisele Cabrera, além de outros advogados do clube.

Com o clássico com o Fluminense, no dia 16 de setembro, já marcado para o Nilton Santos, o Vasco espera conseguir a liberação do público em São Januário para a partida contra o Coritiba, no dia 21 de setembro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Procurador explica próximos passos para liberação de São Januário

Depois da reunião desta quarta-feira, o Procurador Geral de Justiça, Luciano Mattos, falou sobre o encontro e o que falta para o acerto do TAC. De acordo com Mattos, outros órgão públicos devem ser ouvidos. Quando o TAC for assinado, o processo que interdita São Januário será extinto.

– Hoje foi a primeira reunião, estamos conhecendo o processo, o Vasco apresentou algumas iniciativas. É importante aprofundar a análise e, antes de tomar a decisão, ouvir os órgãos públicos envolvidos. A questão da segurança nos estádios é objeto da nossa preocupação há muito tempo. Em relação a São Januário, o objeto são os fundamentos da ação, e o que a gente avalia é quais medidas devem ser adotadas de acordo com o pedido contido na ação. As principais são as medidas internas de segurança, como reconhecimento facial, maior monitoramento dentro e no entorno, medidas que possam contribuir com a operação da Polícia Militar e demais órgãos – disse Luciano Mattos ao “GE”.

Além do Procurador, o advogado do Vasco, Marcelo Figueira, também comentou sobre as medidas que o clube tem tomado para conseguir a liberação de São Januário.

– A entrada dos torcedores através de um sistema de reconhecimento facial é obrigação de todos os clubes brasileiros implementar até 2025 nas arenas. O Vasco já está fazendo isso e, até o fim do ano que vem, a ideia é conseguir colocar todo o acesso ao estádio através do sistema de reconhecimento facial. Acoplado às catracas tem um sistema tecnológico, que depende de tempo para ser implementado. A proposta é implementar esse sistema em fases até atingir o estádio inteiro no prazo estabelecido pelo Ministério Público. A gente está confiante (que o jogo contra o Coritiba será com torcida), mas não podemos garantir – afirmou Figueira.

Vasco há 76 dias está sem receber público em São Januário  (Foto: Gabriel Rodrigues/Trivela)

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Entenda as punições sofridas pelo Vasco

Desde a confusão na partida contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, no fim de junho, o Vasco vem sofrendo com punições esportivas e pela justiça comum. O Vasco foi punido pelo STJD com quatro jogos sem público – já cumpridos. Além disso, com uma decisão polêmica e baseada num relato preconceituoso de um juiz, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro interditou inicialmente o Estádio de São Januário para receber qualquer tipo de evento esportivo. Em seguida, a Justiça liberou o local para receber jogos, mas sem público. O clube recorreu e estava confiante de que conseguiria a liberação, mas, na última quinta, o TJ manteve a interdição para o público. Assim, São Januário já está fechado para o público há 76 dias.

Após a manutenção da proibição de público em São Januário, o Vasco aumentou a mobilização e lançou um manifesto criticando a decisão e pedindo a liberação do estádio. Além disso, no último domingo, durante a partida contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, milhares de torcedores do Vasco se reuniram em São Januário para acompanhar a partida e se manifestarem pela liberação da Colina para a torcida. Em seguida, o clube também recebeu o importante apoio da Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que se posicionou pela liberação do estádio.

Foto de Gabriel Rodrigues

Gabriel RodriguesSetorista

Jornalista formado pela UFF e com passagens, como repórter e editor, pelo LANCE!, Esporte News Mundo e Jogada10. Já trabalhou na cobertura de duas finais de Libertadores in loco. Na Trivela, é setorista do Vasco e do Botafogo.
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