Menos trocas, mais repetição: como Lúcio Flávio deve comandar o Botafogo até o fim do Brasileiro

Na reta final do Campeonato Brasileiro, o Botafogo, enfim, deve voltar a ter uma sequência com um time titular mais estabelecido. Depois do período com Bruno Lage, que fazia muitas trocas na equipe, Lúcio Flávio, novo técnico do clube, já indicou que vai apostar mais na repetição dos onze iniciais do que em possíveis trocas ou mudanças táticas. Assim, em meio a disputa do título do Brasileirão, o torcedor alvinegro vai poder decorar o time que tenta fazer o Botafogo voltar a levantar a taça da competição depois de 28 anos.

Mesmo antes de Bruno Lage, o também português Luís Castro já era adepto do do rodízio no time titular do Botafogo. Principalmente do meio para a frente do time. Mas, com Lage, estas mudanças de um jogo para outro se intensificaram. Ele chegou a usar doze escalações diferentes em seus doze primeiros jogos no comando do time, seja por lesão, suspensão, opção ou para poupar jogadores.

Uma destas trocas, aliás, foi a gota d'água para o fim da passagem de Bruno Lage no Botafogo. Contra o Goiás, no começo de outubro, o português optou por Diego Costa no lugar do artilheiro Tiquinho Soares. A escolha não agradou a torcida e, principalmente, os próprios jogadores, que reclamaram com a direção do clube sobre a situação, o que acabou decretando a saída de Bruno Lage.

Agora, com Lúcio Flávio, o Botafogo aposta no “menos é mais”. Assim, o técnico já deixou claro, inclusive publicamente, que vai priorizar a repetição do time titular, fazendo mudanças apenas por suspensões ou questões físicas.

É verdade que, por enquanto, foram apenas três jogos com Lúcio Flávio no comando do Botafogo. Mas, por enquanto, o novo técnico só mexeu no time titular devido a suspensão de jogadores. Contra o América-MG, na última semana, ele não contou com Marçal e Tchê Tchê. No jogo seguinte, contra o Athletico, os dois já voltaram ao time.

Lúcio Flávio explica opção por repetição do time no Botafogo

Depois da sequência do empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, no último domingo, no Nilton Santos, Lúcio Flávio comentou sobre a escolha pela repetição do time titular. Para ele, o Botafogo já encontrou uma forma de jogar. E, além disso, a sequência dos onze iniciais dá mais segurança ao jogadores.

— Repetição da equipe é você perceber que encontrou uma forma, um modelo. E dá, principalmente, segurança aos jogadores e confiança para que eles possam trabalhar em cima daquilo que cada um tem em termos de qualidade e características. Vocês acompanham desde o início sabem que essa equipe foi uma equipe que no primeiro turno quebrou muitos números em relação a própria competição. E são jogadores que sentem confortáveis da forma como eles trabalham – afirmou Lúcio Flávio, em coletiva, antes de completar.

— A gente procurou só dar sequência de uma situação que eles já tinham conhecimento um do outro, de estrutura que eles acabaram até mesmo criando em relação a uma performance. E, automaticamente, quando você consegue repetir a escalação, quando tem a ausência de um ou outro jogador, acaba facilitando a entrada de outro jogador que já sabe como a equipe acaba atuando e jogando – disse Lúcio Flávio.

Se depender de Lúcio Flávio e, caso não haja nenhum problema médico com os jogadores ao longo da semana, o Botafogo já tem um time titular para encarar o Cuiabá, no próximo domingo (28), no Nilton Santos. Como não tem jogadores suspensos, o líder de Brasileirão deve repetir a escalação da última partida, com o “onze ideal” do Botafogo na competição.

Confira as escalações utilizadas por Lúcio Flávio no Botafogo

• Botafogo 2 x 0 Fluminense
  Lucas Perri; Di Plácido, Cuesta, Adryelson e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Victor Sá, Júnior Santos e Tiquinho Soares.
• América-MG 1 x 2 Botafogo (Marçal e Tchê Tchê suspensos)
  Lucas Perri; Di Plácido, Cuesta, Adryelson e Hugo; Marlon Freitas, Gabriel Pires e Eduardo; Victor Sá, Júnior Santos e Tiquinho Soares.
• Botafogo 1 x 1 Athletico-PR
  Lucas Perri; Di Plácido, Cuesta, Adryelson e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Victor Sá, Júnior Santos e Tiquinho Soares.