Brasileirão Série A

Palmeiras tem Zé Rafael livre contra o Vasco, mas volante será julgado novamente

Volante levou quatro jogos de suspensão após confusão no Choque-Rei

O volante Zé Rafael conseguiu efeito suspensivo no STJD nesta quinta-feira (19). Desse modo, o camisa 8 do Palmeiras está livre para enfrentar o Vasco no domingo (22), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro

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Suspenso por quatro partidas, Zé Rafael cumpriu um jogo de suspensão contra o Criciúma, como estratégia para obtenção de redução da pena de quatro jogos que lhe foi imposta.

O volante foi suspenso após se envolver na confusão ocorrida após o apito final de Palmeiras 2 x 1 São Paulo, de 18 de agosto, no Allianz Parque.

A pena não foi suspensa. Zé será novamente julgado pelo STJD para tentar se livrar das três partidas que ainda terá de cumprir da sentença inicial. 

Na temporada 2024, Zé Rafael foi titular em 10 dos 13 jogos de Brasileirão que esteve à disposição do técnico Abel Ferreira. Somando todas as competições, o meia tem uma média de quase 70 minutos por jogo em campo.

Como a suspensão aconteceu

Após o fim da partida, Zé Rafael e Rodrigo Nestor, do São Paulo, trocaram socos no túnel de acesso aos vestiários. A confusão foi capturada pelas câmeras e revisada pelo árbitro Raphael Claus através do VAR, e ambos foram expulsos nos vestiários.

 

Publicado por @diego_iwata
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A 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o caso e puniu Zé Rafael e Nestor com quatro jogos de suspensão, com base no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de conduta violenta.

A briga também envolveu membros das comissões técnicas e até gandulas. Além de Zé Rafael e Nestor, o zagueiro Sabino, do São Paulo, foi punido com cinco jogos de suspensão por agredir um funcionário do Palmeiras durante o tumulto.

A pena maior foi de Sabino, que deu um soco em Fernando Galuppo, profissional do Departamento de Comunicação e historiador do Palmeiras. O zagueiro pegou cinco jogos de suspensão. Zé Rafael e Nestor pegaram quatro jogos de gancho cada.

O diretor palmeirense Anderson Barros foi suspenso por 15 dias e multado em R$ 2 mil. O atacante Luciano, expulso na partida, também foi julgado, mas não pegou pena adicional ao jogo de suspensão, já cumprido. Já João Martins recebeu multa de R$ 2 mil e suspensão de três jogos.

O Palmeiras também foi multado por conta dos objetos arremessados no gramado, por torcedores não-identificados pelo clube, o que agravou a pena.

O Alviverde também foi punido devido a cantos homofóbicos da torcida, que cantou “pra cima delas”, em provocação ao time tricolor.

O São Paulo foi punido com uma multa de R$ 10 mil, conforme o Artigo 257, por “rixa em campo”, penalidade aplicada aos dois clubes. No total, as multas ao clube alviverde totalizaram R$ 59 mil.

As penas para o Palmeiras foram as seguintes:

– Objetos arremessados (Art. 213, inciso III): multa de R$ 15 mil.
– Rixa em campo (Art. 257): multa de R$ 10 mil para o Palmeiras e R$ 10 mil para o São Paulo.
– Cânticos homofóbicos (Art. 243-G): multa de R$ 20 mil ao Palmeiras.

Anderson Barros e João Martins interpelaram Raphael Claus

Conforme a súmula do árbitro Raphael Claus, João Martins disse:

— Tem que apitar para os dois lados, seu critério é uma vergonha, a arbitragem aqui é uma vergonha.

Ainda segundo Claus, as palavras de Barros foram:

— Claus, qual é o seu problema com a nossa comissão técnica? Se você tem um problema, é melhor não apitar mais. Você é tendencioso.

Presente no julgamento, Anderson Barros pediu desculpas e explicou que suas críticas ao árbitro Raphael Claus foram feitas de maneira inadequada, e pediu uma punição justa.

Os gandulas Leonardo Davide Ribeiro e Marcel Rodrigues Teixeira também foram julgados pelo Artigo 258, por comemorarem o resultado na frente do banco de reservas do São Paulo.

A dupla foi suspensa por 60 dias e o Palmeiras recebeu outra multa de R$ 10 mil. O relator achou que a comemoração dos gandulas foi o estopim para a confusão.

Foto de Diego Iwata Lima

Diego Iwata LimaSetorista

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, Diego cursou também psicologia, além de extensões em cinema, economia e marketing. Iniciou sua carreira na Gazeta Mercantil, em 2000, depois passou a comandar parte do departamento de comunicação da Warner Bros, no Brasil, em 2003. Passou por Diário de S. Paulo, Folha de S. Paulo, ESPN, UOL e agências de comunicação. Cobriu as Copas de 2010, 2014 e 2018, além do Super Bowl 50. Está na Trivela desde 2023.
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