Palmeiras quer identificar homofóbicos e vai entrar com representação contra Claus
Clube alviverde questiona informações colocadas na súmula do árbitro
O Palmeiras se manifestou, nesta segunda-feira (19), sobre a representação do São Paulo na CBF. O clube tricolor quer uma punição por conta de gritos homofóbicos ocorridos ainda no primeiro tempo do Choque-Rei do último domingo (18), vencido pelo Verdão por 2 a 1.
A Trivela, que estava no estádio, atesta que por alguns segundos, no primeiro tempo, o famigerado canto “pra cima delas“, de teor homofóbico, foi entoado por torcedores que estavam no lado norte do estádio. O grito foi rapidamente abafado por torcedores também do lado norte e de outras partes do Allianz Parque.
Além do cântico, o São Paulo entregou à CBF um vídeo no qual um torcedor específico diz “mais uma bicha morta” no lance da queda que resultou na fratura da clavícula de Patryck Lanza. O estádio, vale frisar, aplaudiu, consternado, a saída do jogador do gramado em uma ambulância.
— A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia toda e qualquer forma de discriminação e tomará as providências cabíveis para identificar, responsabilizar e punir indivíduos e grupos que se manifestaram de forma homofóbica no clássico realizado ontem no Allianz Parque. Nascemos das diferenças, lutamos contra a intolerância para seguir existindo e não aceitamos condutas preconceituosas em nossa casa — disse o clube, em comunicado.
Palmeiras vai protestar contra atuação de Raphael Claus
O Palmeiras também vai dar seguimento ao Choque-Rei nos corredores do STJD. O clube vai entrar com uma representação contra o juiz da partida, Raphael Claus. O clube quer que Claus explique no tribunal alguns pontos que colocou na súmula. Tais como:
Como foi que ele concluiu que toda a confusão pós-jogo foi causada por provocações dos gandulas aos atletas do São Paulo? Ele viu o ato propriamente ou se baseou nos relatos dos jogadores do São Paulo? Diante disso, qual a responsabilidade dos atletas pelo ocorrido?
Arbitragem levou quase três horas para preencher súmula após confusões no Choque-Rei https://t.co/cmiQoMFztS via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) August 19, 2024
O clube também quer saber, já que o árbitro se baseou em imagens gravadas para escrever o documento, processo que levou mais de três horas, por que Claus não relatou na súmula a agressão do atleta Sabino, do São Paulo, ao colaborador Fernando Galuppo, funcionário da comunicação do Palmeiras.
Fontes ouvidas pela Trivela também garantem que o diretor Anderson Barros não disse que que Claus “é tendencioso” contra a comissão técnica do Palmeiras, mas sim que estava agindo de modo tendencioso.
Assim como afirma que o auxiliar João Martins, expulso, não afirmou que “a arbitragem aqui é uma vergonha”, como relatado na súmula pelo juiz.