Palmeirenses deixam campo agredidos, e São Paulo reclama de provocações e ‘torcida’
Confusão generalizada teve trocação entre atletas e funcionários machucados
Dois funcionários do Palmeiras saíram do campo do Allianz Parque agredidos, na confusão generalizada que tomou conta do campo após Palmeiras 2 x 1 São Paulo deste domingo (18).
Fernando Galuppo, historiador e funcionário do departamento de comunicação, tomou um soco do zagueiro Sabino, do São Paulo, ainda no túnel de acesso aos vestiários.
Já Eduardo Silva, gerente de marketing, recebeu um soco na confusão, de algum membro da delegação do São Paulo que ele não conseguiu identificar. A Trivela pôde ver que Eduardo estava com um hematoma na altura do baixo abdômen.
Comemoração de gandula começou a confusão
O jogo mal havia acabado quando as atenções se voltaram para a lateral próxima aos bancos, quase na linha de fundo, mais para o lado do gol norte.
Segundo relatos dos palmeirenses, Rafinha, do São Paulo, batia boca com um gandula do Palmeiras, que comemorara a vitória alviverde em frente ao banco de reservas do São Paulo. Houve discussão durante toda a partida, dizem os alviverdes.
São-paulinos ouvidos pela reportagem atestaram que a provocação do gandula, ao término do jogo, foi em cima de Ferreira e Wellington. De qualquer forma, a ação do gandula é tida por todos como o princípio de uma confusão generalizada.
Richard Ríos e funcionários da comunicação, que iam levar os jogadores para as entrevistas no gramado, protegeram o gandula. Rapidamente, havia uma dezena de seguranças do Palmeiras, e outra dezena de são-paulinos, no meio da confusão.
Na sequência, houve uma série de empurrões de parte a parte. Funcionários do Palmeiras e do São Paulo, alheios aos trabalhos de campo, entraram na confusão. Diretor de Futebol alviverde, Anderson Barros, também estava no bolo.
Pedidos de desculpas e queixas tricolores sobre ‘torcedores'
Na troca de empurrões, que teve a agressão de Sabino a Galuppo, um repórter cinematográfico da TV Globo se envolveu em uma discussão com Eduardo, que tentava evitar que o cinegrafista seguisse filmando a briga. Mais tarde, a Trivela viu o pedido de desculpas de Eduardo à equipe da emissora.
O relato de integrantes da delegação do São Paulo é de que o Palmeiras tem profissionais que se comportam como “torcedores” à beira do campo.
A Trivela ouviu que o historiador Fernando Galuppo teria provocado os jogadores são-paulinos com gritos de “Desce pianinho, vocês perderam”.
Além disso, há reclamações do lado são-paulino de que alguns seguranças do Palmeiras empurraram os jogadores do São Paulo, em vez de apenas tentar conter os ânimos.
O que era confusão dentro de campo virou uma trocação de golpes dos dois lados no túnel de acesso ao vestiário. No empurra-empurra, Zé Rafael pegou Rodrigo Nestor pelo pescoço e foi acertado por um soco do meia são-paulino. Mais tarde, Nestor estava com uma marca na região.
Palmeiras se cala e não concede entrevistas, Lucas fala
Depois de quase uma hora sem aparecer com jogadores para a zona mista e as entrevistas coletivas, o Palmeiras soltou um comunicado dizendo que não haveria atendimento à imprensa.
Em função das tristes cenas ocorridas após o jogo, potencializadas por mais uma arbitragem desastrosa, e para evitar que o clima de hostilidade iniciado dentro de campo se estenda para fora das quatro linhas, a direção do Palmeiras decidiu que seu treinador e seus atletas não… pic.twitter.com/FlSa0IHTLY
— SE Palmeiras (@Palmeiras) August 18, 2024
Na entrevista coletiva, o auxiliar do suspenso Luis Zubeldia, Maxi Cuberas, evitou o tema. Duas vezes indagado, ele simplesmente ignorou o assunto briga. Já o são-paulino Lucas, que passou pela zona mista, falou apenas superficialmente.
— Eu estava dentro do campo só vendo a muvuca para lá e para cá. Não sei dizer o que aconteceu. Mas todo mundo ali acabou batendo, acabou apanhando também. Muvuca, confusão é assim. Não sei dizer se alguém específico apanhou ou bateu. As imagens estão aí para quem tiver que analisar vai analisar. Não quero falar da confusão. Não vi como começou, só estava esperando acalmar para entrar para o vestiário.