Palmeiras chega a veredicto sobre time e comissão em provável pior temporada de Abel
Longe da decisão de Libertadores, Palmeiras caminha para encerrar ano sem conquistas
Em algum momento, o Palmeiras voltaria a terminar uma temporada sem um título expressivo, algo que não acontecia desde 2020. E tudo indica que isso pode acontecer neste ano.
Frente o investimento do clube e a exigência da torcida, o Campeonato Paulista, conquistado em abril, não aplaca a decepção que se anuncia, com a provável perda do Campeonato Brasileiro.
Tal resultado se somaria às eliminações nas oitavas das copas Libertadores e do Brasil para perfazer a pior temporada do clube com Abel Ferreira no comando.
Desde 2020, o Palmeiras chegou pelo menos à semifinal da Libertadores, tendo sido campeão em 20 e 21. Em 20, conquistou também a Copa do Brasil. Ganhou ainda o Brasileiro em 22 e 23, além dos últimos três Campeonatos Paulistas.
Por que maioria das entradas de Dudu em campo aconteceram com o Palmeiras perdendo? https://t.co/1nctFXhqZY via @trivela
— Diego Iwata Lima (@DiegoMarada) November 5, 2024
Avaliação no Palmeiras é de que maus resultados não têm vilão
Contudo, no Palmeiras não existe um entendimento de terra arrasada ou de necessidade de uma grande guinada. A avaliação é que a diretoria e a comissão técnica tomaram mais decisões corretas do que erradas.
O planejamento para o próximo ano não mudará drasticamente por conta da iminente perda do título. O elenco tem apenas a renovação de Marcelo Lomba pendente. E o ritmo previsto de contratações não vai mudar.
A Trivela apurou que o Palmeiras tem planos de investir aproximadamente R$ 200 milhões para reforçar o time. Valor próximo aos R$ 192 milhões gastos em 2024.
Palmeiras foi vítima do sorteio e de acúmulo de lesões
Na avaliação interna, as eliminações nas copas Libertadores e do Brasil aconteceram tão cedo principalmente por conta de infelicidade nos dois sorteios.
O stress simultâneo por encarar precocemente Botafogo e Flamengo, que formam com Palmeiras e Atlético-MG o grupo dos quatro melhores times do país, foi muito considerável.
Aliado a isso, está o fato de o Palmeiras ter passado com seu ano com contusões de alguns de seus principais atletas em momentos cruciais.
Estêvão, por exemplo, jogou apenas um dos quatro jogos que decidiram a sorte do Alviverde nas copas — o jogo de volta contra o Botafogo na Libertadores. Além dele, Piquerez, Gustavo Gómez, Murilo, Mayke e Marcos Rocha perderam jogos relevantes ao longo da temporada.
Palmeiras precisa de combinação de resultados e retomada do ânimo
Seis pontos atrás do Botafogo, o Alviverde precisaria não apenas de uma combinação muito improvável de resultados negativos do líder para reverter tal quadro e levantar troféu do Nacional.
Acima de tudo, o Palmeiras teria de recuperar um ânimo que se mostrou destruído após a derrota para o Corinthians (0 a 2) para vencer todos os jogos faltantes, incluindo o Botafogo, e torcer por outro tropeço da equipe de John Textor.
O problema é que o psicológico do Palmeiras parece estar abalado. O clima no saguão da Neo Química Arena depois do Dérbi era desolador. Jogadores passaram calados e cabisbaixos pela zona mista.
Exceto por Weverton, que foi escalado para falar com os jornalistas, e Dudu, que fez alguns acenos, toda delegação evitou fazer contato visual com os presentes.
Se o Palmeiras vencer todos seus jogos, pode até perder para o Botafogo, desde que os cariocas percam duas vezes, numa tabela que tem Cuiabá, Atlético-MG, Vitória, Internacional e São Paulo.
A final da Copa Libertadores contra o Galo, no próximo dia 30, pode trazer algum efeito para o Alvinegro. Ao menos é para isso que o Palmeiras torce.